Venha sobre nós, Senhor, a vossa Paz…
A paz de todos os sonhos, de uma Humanidade melhor e que vive à vossa procura… a paz do entendimento entre todos, da grande e diversa família humana… a paz da vossa bênção, neste início de mais um ano…
Sintamo-nos vossos filhos, ó Pai de Amor, porque o somos em vosso Filho feito Homem, aquele que nasce de uma mulher, Maria, que também recebemos como Mãe…
E nessa Mãe admirável, mulher de fé e de esperança, que escolhestes desde toda a eternidade, encontremos o exemplo de quem guarda os mistérios da salvação em seu coração e os vai meditando continuamente… Encontremos o exemplo de quem arrisca acreditar sempre, para que Deus se faça presente em nós… Encontremos o «sim» generoso que abre a vida para que Deus aí possa nascer e ficar… Encontremos a resposta de humildade e coragem dos filhos que dizem com toda a verdade. «Abbá! Pai!»…
Porque, por Maria, no seu Filho nascido, Jesus, também nós somos herdeiros da eternidade…
Que o Senhor, o Deus – Menino, a todos abençoe...
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Sinais da Palavra Natal do Senhor
Que em toda a terra brote a alegria de saber que Deus está no meio de nós, que, segundo as promessas e tudo o que fora anunciado, um Menino nasceu para nós, o Emanuel, o Deus connosco…
Que em cada coração haja júbilo e paz, porque nasce o Príncipe da Paz, o Prometido…
Porque Deus nos vem falar agora da forma mais bela; «falou-nos por seu Filho», como nos diz a epístola aos Hebreus; fala-nos na simplicidade e humildade de uma criança que nasce para todos, que brilha em todos os corações…
Porque «o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigénito, cheio de graça e verdade»… Porque recebemos esse «Verbo» de Amor, esse Filho que nos vem dar a conhecer o Pai, não apenas em cada Igreja e em cada casa, em cada presépio, mas no coração de cada um de nós, onde Ele tem de nascer, de verdade…
Que a Luz de Deus, essa Luz de Paz e Amor que nasce, possa iluminar na alegria esta Humanidade à procura…
Que o Senhor, o Deus – Menino, a todos abençoe...
Que em cada coração haja júbilo e paz, porque nasce o Príncipe da Paz, o Prometido…
Porque Deus nos vem falar agora da forma mais bela; «falou-nos por seu Filho», como nos diz a epístola aos Hebreus; fala-nos na simplicidade e humildade de uma criança que nasce para todos, que brilha em todos os corações…
Porque «o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigénito, cheio de graça e verdade»… Porque recebemos esse «Verbo» de Amor, esse Filho que nos vem dar a conhecer o Pai, não apenas em cada Igreja e em cada casa, em cada presépio, mas no coração de cada um de nós, onde Ele tem de nascer, de verdade…
Que a Luz de Deus, essa Luz de Paz e Amor que nasce, possa iluminar na alegria esta Humanidade à procura…
Que o Senhor, o Deus – Menino, a todos abençoe...
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Sinais da Palavra B Advento IV
A promessa de Deus cumpre-se em Seu Filho, Jesus Cristo, da descendência de David, mas, acima de tudo, a verdadeira e grande união entre Deus e o Homem…
Porque, como lembrava São Paulo aos romanos, é para nós, homens, «a revelação do mistério encoberto desde os tempos eternos mas agora manifestado e dado a conhecer a todos os povos»… E somos nós que devemos aceitar e viver essa boa notícia, essa certeza do cumprimento da nossa salvação, no próprio Deus que vem até nós, que vem viver a nossa Humanidade, para nos salvar…
Mas, aceitar e viver essa Boa Nova ao jeito de Maria, a cheia de graça…
Ao olhar para o episódio da Anunciação do Anjo, saibamos descobrir, além das palavras do Anjo, palavras de saudação que tantas vezes repetimos na nossa oração, a atitude corajosa de uma jovem que, ainda que com as suas dúvidas e os seus receios, aceita a grande missão que lhe é confiada: acolher o Salvador, dando-O a toda a Humanidade…
E que o «faça-se em mim segundo a tua palavra» de Maria seja também o reflexo da nossa atitude, de crentes que aguardam Jesus Cristo, o Salvador, e dizem com toda a verdade: «vem, Senhor», abrindo o coração a essa mesma vinda…
Afinal, mais do que no palácio que o rei David queria construir para a Arca da Aliança, a exemplo de Maria, a Nova Arca da Aliança, é no nosso coração que Deus quer vir morar…
Que o Senhor a todos abençoe...
Porque, como lembrava São Paulo aos romanos, é para nós, homens, «a revelação do mistério encoberto desde os tempos eternos mas agora manifestado e dado a conhecer a todos os povos»… E somos nós que devemos aceitar e viver essa boa notícia, essa certeza do cumprimento da nossa salvação, no próprio Deus que vem até nós, que vem viver a nossa Humanidade, para nos salvar…
Mas, aceitar e viver essa Boa Nova ao jeito de Maria, a cheia de graça…
Ao olhar para o episódio da Anunciação do Anjo, saibamos descobrir, além das palavras do Anjo, palavras de saudação que tantas vezes repetimos na nossa oração, a atitude corajosa de uma jovem que, ainda que com as suas dúvidas e os seus receios, aceita a grande missão que lhe é confiada: acolher o Salvador, dando-O a toda a Humanidade…
E que o «faça-se em mim segundo a tua palavra» de Maria seja também o reflexo da nossa atitude, de crentes que aguardam Jesus Cristo, o Salvador, e dizem com toda a verdade: «vem, Senhor», abrindo o coração a essa mesma vinda…
Afinal, mais do que no palácio que o rei David queria construir para a Arca da Aliança, a exemplo de Maria, a Nova Arca da Aliança, é no nosso coração que Deus quer vir morar…
Que o Senhor a todos abençoe...
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Sinais da Palavra B Advento III
Estamos pouco habituados ao conceito desta fidelidade de quem cumpre sempre o que promete. Naturalmente, parecemos desconfiar das promessas, como se elas tivessem em si já a certeza de incumprimento, pelos hábitos criados.
São Paulo lembra-nos precisamente o contrário, ao dizer: «É fiel Aquele que vos chama e cumprirá as suas promessas». Porque Deus cumpre, convidando-nos a responder com a fidelidade da nossa própria vida. Assim, como nos lembra o Apóstolo «vivei sempre alegres, orai sem cessar, dai graças em todas as circunstâncias»…
Também o profeta Isaías nos convidava a sentir esta alegria em Deus, a exultar e a rejubilar no Senhor, mas também a anunciar a todos essa mesma alegria, a comunicar essa boa nova que está nos nossos corações, a dar ânimo aos atribulados, a profetizar a redenção e a verdadeira liberdade… Porque sentirmos em Deus esta alegria, é deixarmos que a nossa vida seja terreno fértil onde «Deus fará brotar a justiça e o louvor»…
E, a exemplo de João Baptista, deixemos que Cristo, a verdadeira luz que vem até nós, se reflicta na nossa vida, dando testemunho, para que todos acreditem.
Afinal, é Ele, Jesus Cristo, a nossa verdadeira alegria, a Boa nova a anunciar…
Que o Senhor a todos abençoe...
São Paulo lembra-nos precisamente o contrário, ao dizer: «É fiel Aquele que vos chama e cumprirá as suas promessas». Porque Deus cumpre, convidando-nos a responder com a fidelidade da nossa própria vida. Assim, como nos lembra o Apóstolo «vivei sempre alegres, orai sem cessar, dai graças em todas as circunstâncias»…
Também o profeta Isaías nos convidava a sentir esta alegria em Deus, a exultar e a rejubilar no Senhor, mas também a anunciar a todos essa mesma alegria, a comunicar essa boa nova que está nos nossos corações, a dar ânimo aos atribulados, a profetizar a redenção e a verdadeira liberdade… Porque sentirmos em Deus esta alegria, é deixarmos que a nossa vida seja terreno fértil onde «Deus fará brotar a justiça e o louvor»…
E, a exemplo de João Baptista, deixemos que Cristo, a verdadeira luz que vem até nós, se reflicta na nossa vida, dando testemunho, para que todos acreditem.
Afinal, é Ele, Jesus Cristo, a nossa verdadeira alegria, a Boa nova a anunciar…
Que o Senhor a todos abençoe...
Sinais da Palavra Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria
Olhar para Maria, a Imaculada, é olhar para «a porta» que Deus prepara e escolhe para entrar na nossa Humanidade; é reconhecer na Mãe de Deus a nossa própria Mãe imaculada, sem pecado e a sua mancha, para nos recordar constantemente qual a nossa meta…
Como lembra o prefácio desta solenidade: «Vós a preservastes de toda a mancha do pecado original, para que enriquecida com a plenitude da vossa graça, fosse a digna Mãe do vosso Filho», mas também a primeira imagem da Igreja triunfante, «sem mancha e sem ruga, resplandecente de beleza e santidade».
E logo desde o princípio, desde a queda do Homem no pecado, Deus promete esta mesma realidade e será da descendência desta mulher admirável, sem pecado, que esmaga a cabeça da antiga serpente, que surgirá a vitória e a maravilha da Salvação…
E é na humildade desta mulher imaculada, Mãe e padroeira, que responde com toda a verdade da sua vida à Anunciação do Anjo: «eis a escrava do Senhor: faça-se em mim segundo a tua palavra», que mais brilha este amor predilecto de Deus que a escolhe desde toda a eternidade, mas que nos escolhe também a nós, convidando-nos a ser filhos de Maria, a Imaculada, a Cheia de Graça…
Que o Senhor a todos abençoe...
Como lembra o prefácio desta solenidade: «Vós a preservastes de toda a mancha do pecado original, para que enriquecida com a plenitude da vossa graça, fosse a digna Mãe do vosso Filho», mas também a primeira imagem da Igreja triunfante, «sem mancha e sem ruga, resplandecente de beleza e santidade».
E logo desde o princípio, desde a queda do Homem no pecado, Deus promete esta mesma realidade e será da descendência desta mulher admirável, sem pecado, que esmaga a cabeça da antiga serpente, que surgirá a vitória e a maravilha da Salvação…
E é na humildade desta mulher imaculada, Mãe e padroeira, que responde com toda a verdade da sua vida à Anunciação do Anjo: «eis a escrava do Senhor: faça-se em mim segundo a tua palavra», que mais brilha este amor predilecto de Deus que a escolhe desde toda a eternidade, mas que nos escolhe também a nós, convidando-nos a ser filhos de Maria, a Imaculada, a Cheia de Graça…
Que o Senhor a todos abençoe...
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Sinais da Palavra B Advento II
«Um dia diante do Senhor é como mil anos e mil anos como um dia», lembrava São Pedro. E numa forma de viver em que o tempo nos parece fugir constantemente, em que o dia-a-dia se sucede numa velocidade incrível, pensar que o tempo é em si próprio tão relativo, e que devemos procurar alcançar a eternidade em momentos tão efémeros e fugitivos…
Mas, o próprio São Pedro lembrava: «nós esperamos, segundo a promessa do Senhor, os novos céus e a nova terra, onde habitará a justiça». E perante tão grande esperança, perante esta promessa que de certeza se cumprirá, devemos reaprender a esperar, a dar valor à vida e a aproveitar cada momento para procurar, em Cristo, a eternidade…
Afinal, como lembrava Isaías, Deus fala aos nossos corações e consola-nos com palavras de perdão, anunciando-nos a vinda de Seu Filho que, «como um pastor», «conduzirá as ovelhas ao seu descanso»…
Então, cheios dessa mesma esperança, sejamos também nós como João Baptista «a voz que clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas’». Anunciemos a todos que esperamos o Senhor que vem e ajudemos este mundo a acolhê-l’O de verdade…
Que o Senhor a todos abençoe...
Mas, o próprio São Pedro lembrava: «nós esperamos, segundo a promessa do Senhor, os novos céus e a nova terra, onde habitará a justiça». E perante tão grande esperança, perante esta promessa que de certeza se cumprirá, devemos reaprender a esperar, a dar valor à vida e a aproveitar cada momento para procurar, em Cristo, a eternidade…
Afinal, como lembrava Isaías, Deus fala aos nossos corações e consola-nos com palavras de perdão, anunciando-nos a vinda de Seu Filho que, «como um pastor», «conduzirá as ovelhas ao seu descanso»…
Então, cheios dessa mesma esperança, sejamos também nós como João Baptista «a voz que clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas’». Anunciemos a todos que esperamos o Senhor que vem e ajudemos este mundo a acolhê-l’O de verdade…
Que o Senhor a todos abençoe...
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Sinais da Palavra B Advento I
Estarmos atentos e vigilantes, porque estamos à espera… Porque o Advento nos convida a este mesmo estado de quem espera a vinda do Senhor, de quem a pede como o profeta Isaías na primeira leitura, ao dizer: «oh, se rasgásseis os céus e descêsseis!»…
Porque queremos preparar-nos para essa mesma vinda e este é o tempo próprio para nos prepararmos. Porque é Advento, tempo de espera e de esperança…
Mas, prepararmo-nos é reconhecer também que tantas vezes nos afastámos, caímos pelo pecado. O profeta faz a pergunta: «porque nos deixais, Senhor, desviar dos nossos caminhos e endurecer o nosso coração, para que não Vos tema?», pergunta a que respondemos com essa mesma liberdade, dom do amor de Deus, mas que tantas vezes usamos apenas para o mal. Então pedimos, com verdade: «Senhor nosso Deus, fazei-nos voltar, mostrai-nos o vosso rosto e seremos salvos»…
Neste tempo de espera, aceitemos o conselho do Senhor Jesus, que nos diz: «acautelai-vos e vigiai, porque não sabeis quando chegará o momento». Vivamos portanto essa firmeza de quem O espera, de quem aguarda essa vinda gloriosa que nos fará entrar na plenitude do amor. É o que nos diz S. Paulo: «Ele vos tornará firmes até ao fim, para que sejais irrepreensíveis no dia de Nosso Senhor Jesus Cristo»…
Que o Senhor a todos abençoe...
Porque queremos preparar-nos para essa mesma vinda e este é o tempo próprio para nos prepararmos. Porque é Advento, tempo de espera e de esperança…
Mas, prepararmo-nos é reconhecer também que tantas vezes nos afastámos, caímos pelo pecado. O profeta faz a pergunta: «porque nos deixais, Senhor, desviar dos nossos caminhos e endurecer o nosso coração, para que não Vos tema?», pergunta a que respondemos com essa mesma liberdade, dom do amor de Deus, mas que tantas vezes usamos apenas para o mal. Então pedimos, com verdade: «Senhor nosso Deus, fazei-nos voltar, mostrai-nos o vosso rosto e seremos salvos»…
Neste tempo de espera, aceitemos o conselho do Senhor Jesus, que nos diz: «acautelai-vos e vigiai, porque não sabeis quando chegará o momento». Vivamos portanto essa firmeza de quem O espera, de quem aguarda essa vinda gloriosa que nos fará entrar na plenitude do amor. É o que nos diz S. Paulo: «Ele vos tornará firmes até ao fim, para que sejais irrepreensíveis no dia de Nosso Senhor Jesus Cristo»…
Que o Senhor a todos abençoe...
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 34 – Cristo Rei
Porque, afinal, será por aquilo que fizemos em prol dos outros, por mais pequeno que seja, que um dia seremos julgados…
Porque, afinal, amar o próximo, o irmão, até nas mais pequenas coisas que lhe fizermos, conscientes da verdade que nos lembra Jesus, «quantas vezes o fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes», é ter a certeza de um caminho correcto para entrar nesse reino celeste, de sermos súbditos do amor para toda a eternidade…
Porque, afinal, sentimo-nos o rebanho do Senhor, protegido e amado, cuidado por este Senhor que olha por cada um de nós, como lembrava o profeta Ezequiel: «hei-de procurar a que anda perdida e reconduzir a que anda tresmalhada. Tratarei a que estiver ferida, darei vigor à que andar enfraquecida e velarei pela gorda e vigorosa»…
Porque, afinal, em Cristo também nós ressuscitaremos e seremos entregues com o Seu reino ao Pai, como lembrava S. Paulo. Porque «é necessário que Ele reine» e que nós o deixemos ser Rei e Senhor, centro da nossa vida neste mundo, para n’Ele alcançarmos a vida sem fim…
Porque, afinal, acreditamos e esperamos um «reino eterno e universal, reino de verdade e de vida, reino de santidade e de graça, reino de justiça, de amor e de paz»… Basta acolher e viver este Rei, Cristo Jesus…
Que o Senhor a todos abençoe...
Porque, afinal, amar o próximo, o irmão, até nas mais pequenas coisas que lhe fizermos, conscientes da verdade que nos lembra Jesus, «quantas vezes o fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes», é ter a certeza de um caminho correcto para entrar nesse reino celeste, de sermos súbditos do amor para toda a eternidade…
Porque, afinal, sentimo-nos o rebanho do Senhor, protegido e amado, cuidado por este Senhor que olha por cada um de nós, como lembrava o profeta Ezequiel: «hei-de procurar a que anda perdida e reconduzir a que anda tresmalhada. Tratarei a que estiver ferida, darei vigor à que andar enfraquecida e velarei pela gorda e vigorosa»…
Porque, afinal, em Cristo também nós ressuscitaremos e seremos entregues com o Seu reino ao Pai, como lembrava S. Paulo. Porque «é necessário que Ele reine» e que nós o deixemos ser Rei e Senhor, centro da nossa vida neste mundo, para n’Ele alcançarmos a vida sem fim…
Porque, afinal, acreditamos e esperamos um «reino eterno e universal, reino de verdade e de vida, reino de santidade e de graça, reino de justiça, de amor e de paz»… Basta acolher e viver este Rei, Cristo Jesus…
Que o Senhor a todos abençoe...
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 33
Recebemos, não para enterrar e não deixar crescer, mas para fazer render, para multiplicar, para dar uso ao recebido…
Uma vida que é enterrada e fechada em si mesma, com medo de se perder, não pode render, porque acaba por não ser vivida… É como aquele objecto precioso, frágil, de que gostamos muito e por isso nem deixamos ninguém tocar… acaba por ficar sempre guardado, em exposição, mas sem poder ser tocado, sem ser usado, para que não se parta ou estrague, mas sem uso algum…
Algumas vidas acabam, elas próprias, por ser assim… tão valiosas, que na sua intocabilidade acabam por não ser tocadas, usadas, vividas… E quando se entregarem, nada renderam, como o escondido «talento na terra»…
E, tal como aquele servo da parábola, até pensamos que cumprimos: pelo menos não «perdemos» a vida como tantos; mas também não a arriscámos viver… e nada de novo podemos apresentar ao Senhor que no-la confiou…
E vamos deixando que a nossa fé, a nossa vida, escondidas, vão adormecendo em rotinas e hábitos, que já nos parecem tanto, mas que nada rendem. Esquecemos o alerta de São Paulo: «não durmamos como os outros, mas permaneçamos vigilantes e sóbrios».
Afinal, imersos na luz a que pertencemos, é tão mais fácil fazer a nossa vida render eternidade…
Que o Senhor a todos abençoe...
Uma vida que é enterrada e fechada em si mesma, com medo de se perder, não pode render, porque acaba por não ser vivida… É como aquele objecto precioso, frágil, de que gostamos muito e por isso nem deixamos ninguém tocar… acaba por ficar sempre guardado, em exposição, mas sem poder ser tocado, sem ser usado, para que não se parta ou estrague, mas sem uso algum…
Algumas vidas acabam, elas próprias, por ser assim… tão valiosas, que na sua intocabilidade acabam por não ser tocadas, usadas, vividas… E quando se entregarem, nada renderam, como o escondido «talento na terra»…
E, tal como aquele servo da parábola, até pensamos que cumprimos: pelo menos não «perdemos» a vida como tantos; mas também não a arriscámos viver… e nada de novo podemos apresentar ao Senhor que no-la confiou…
E vamos deixando que a nossa fé, a nossa vida, escondidas, vão adormecendo em rotinas e hábitos, que já nos parecem tanto, mas que nada rendem. Esquecemos o alerta de São Paulo: «não durmamos como os outros, mas permaneçamos vigilantes e sóbrios».
Afinal, imersos na luz a que pertencemos, é tão mais fácil fazer a nossa vida render eternidade…
Que o Senhor a todos abençoe...
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 32
O estar atentos e vigilantes não pode ser viver no medo constante de que a morte nos surpreenda…
Onde colocamos a nossa esperança cristã, aquela de que nos falava São Paulo, ao dizer: «se acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou, do mesmo modo, Deus levará com Jesus os que em Jesus tiverem morrido?» Tudo se perde perante o medo da morte?
O mesmo apóstolo convidava-nos à consolação, uns aos outros, com esta mesma esperança, de quem acolhe a Palavra da Vida e a procura viver na constância e no conforto de acreditar. De quem como as virgens prudentes do evangelho vai alimentando a candeia da sua fé para que esta não se apague e continue a brilhar sempre, ainda mais forte nos momentos difíceis da espera «pelo esposo» que vem para salvar…
Afinal, como no salmo, a nossa alma tem sede de Deus, deste Deus que vem ao nosso encontro, que Se nos dá a conhecer, como a Sabedoria da primeira leitura; mas é preciso procurá-la com atenção e atitude vigilante, com todo o coração…
E não deixar adormecer o nosso coração com tantas falsas e surrealistas promessas de felicidade que o mundo de hoje propõe, para que a luz da fé, acesa desde o nosso baptismo, se não apague como «as candeias» da insensatez…
Afinal, Deus é a única resposta de vida eterna! É o motivo pelo qual, também nós, ao longo de toda a vida, fomos ao seu encontro, para com Ele entrarmos na eternidade…
Que o Senhor a todos abençoe...
Onde colocamos a nossa esperança cristã, aquela de que nos falava São Paulo, ao dizer: «se acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou, do mesmo modo, Deus levará com Jesus os que em Jesus tiverem morrido?» Tudo se perde perante o medo da morte?
O mesmo apóstolo convidava-nos à consolação, uns aos outros, com esta mesma esperança, de quem acolhe a Palavra da Vida e a procura viver na constância e no conforto de acreditar. De quem como as virgens prudentes do evangelho vai alimentando a candeia da sua fé para que esta não se apague e continue a brilhar sempre, ainda mais forte nos momentos difíceis da espera «pelo esposo» que vem para salvar…
Afinal, como no salmo, a nossa alma tem sede de Deus, deste Deus que vem ao nosso encontro, que Se nos dá a conhecer, como a Sabedoria da primeira leitura; mas é preciso procurá-la com atenção e atitude vigilante, com todo o coração…
E não deixar adormecer o nosso coração com tantas falsas e surrealistas promessas de felicidade que o mundo de hoje propõe, para que a luz da fé, acesa desde o nosso baptismo, se não apague como «as candeias» da insensatez…
Afinal, Deus é a única resposta de vida eterna! É o motivo pelo qual, também nós, ao longo de toda a vida, fomos ao seu encontro, para com Ele entrarmos na eternidade…
Que o Senhor a todos abençoe...
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 31
Na sabedoria popular, cedo se consagrou a afirmação: «muito bem prega Frei Tomás; olhem ao que ele diz e não ao que ele faz»...
E, num contexto em que cada vez mais se dá importância às aparências, à imagem social que se transmite, ainda que não corresponda em nada à vivência concreta, em que a vida de «glamour» e o «socialmente correcto» ofuscam e distraem da vida em concreto, o parecer torna-se tão mais importante, tão mais uma necessidade que o «ser»...
E a crítica que Jesus faz aos fariseus e aos escribas no evangelho aplica-se mesmo à nossa sociedade de hoje e a tantos que parecem cristãos, porque até fazem o mínimo, «estando na missa» ao domingo e pouco mais...
Ou aplica-se também a tantos que se prendem a títulos, ao parecer mais importantes, a uma atitude de superioridade de quem gosta de ser visto, aplaudido e bem tratado. A tantos que na sua «grandeza» exagerada não compreendem o verdadeiro sentido da humildade e da entrega desinteressada... Como estão longe das palavras de São Paulo: «fizemo-nos pequenos no meio de vós»...
E é necessário combater a tendência a fazer acepção, a rodear-nos daqueles de quem gostamos, dos que nos interessam mais, mesmo que seja só pela amizade. A palavra e a entrega da nossa vida tem de ser para todos, como lembrava o profeta Malaquias: «não temos todos nós um só Pai?»...
Que o Senhor a todos abençoe...
E, num contexto em que cada vez mais se dá importância às aparências, à imagem social que se transmite, ainda que não corresponda em nada à vivência concreta, em que a vida de «glamour» e o «socialmente correcto» ofuscam e distraem da vida em concreto, o parecer torna-se tão mais importante, tão mais uma necessidade que o «ser»...
E a crítica que Jesus faz aos fariseus e aos escribas no evangelho aplica-se mesmo à nossa sociedade de hoje e a tantos que parecem cristãos, porque até fazem o mínimo, «estando na missa» ao domingo e pouco mais...
Ou aplica-se também a tantos que se prendem a títulos, ao parecer mais importantes, a uma atitude de superioridade de quem gosta de ser visto, aplaudido e bem tratado. A tantos que na sua «grandeza» exagerada não compreendem o verdadeiro sentido da humildade e da entrega desinteressada... Como estão longe das palavras de São Paulo: «fizemo-nos pequenos no meio de vós»...
E é necessário combater a tendência a fazer acepção, a rodear-nos daqueles de quem gostamos, dos que nos interessam mais, mesmo que seja só pela amizade. A palavra e a entrega da nossa vida tem de ser para todos, como lembrava o profeta Malaquias: «não temos todos nós um só Pai?»...
Que o Senhor a todos abençoe...
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 30
Muitos dirão que não passa de um belo ideal: «amarás o teu próximo como a ti mesmo»... Um belo sonho, um óptimo objectivo, mas tão pouco concretizável...
Outros, irão desculpar-se com a crescente baixa auto-estima: se não gostam de si mesmos, como poderão gostar dos outros, ajudá-los com o bem?
Alguns, irão utilizar o argumento da pouca rentabilidade: que benefício irão ganhar com o amor ao próximo? Quanto lhe pagarão por isso? E a ideia de um pagamento na eternidade não os convence. A serem pagos, que o sejam já... e o mundo parece «pagar» tão bem a desonestidade, a maldade e o passar por cima de tudo e de todos...
Logo desde o princípio, ao povo de Israel, eram apresentados no livro do Êxodo alguns conselhos a seguir neste amor ao próximo, lembrando mesmo que ainda que fosse justo, não se pode privar o pobre e o mais fraco da sua dignidade, recordando sempre como Deus, na sua misericórdia, protege sempre o mais desfavorecido, «a viúva e o orfão»...
Por isso, Jesus, no evangelho, recorda que logo a seguir ao amor a Deus «com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu espírito», vem o amor ao próximo, um amor que não é de «restos», conveniências e momentos, mas é um amor tão verdadeiro como o que nós próprios esperamos...
E que não pode ficar apenas nas palavras, em ideais, em projectos para «amanhã»... mas tem de ser vida concreta, real, verdadeira...
Que esse amor, como a fé dos Tessalonicenses que São Paulo exalta, se divulgue «em toda a parte», sendo verdadeiro testemunho cristão...
Que o Senhor a todos abençoe...
Outros, irão desculpar-se com a crescente baixa auto-estima: se não gostam de si mesmos, como poderão gostar dos outros, ajudá-los com o bem?
Alguns, irão utilizar o argumento da pouca rentabilidade: que benefício irão ganhar com o amor ao próximo? Quanto lhe pagarão por isso? E a ideia de um pagamento na eternidade não os convence. A serem pagos, que o sejam já... e o mundo parece «pagar» tão bem a desonestidade, a maldade e o passar por cima de tudo e de todos...
Logo desde o princípio, ao povo de Israel, eram apresentados no livro do Êxodo alguns conselhos a seguir neste amor ao próximo, lembrando mesmo que ainda que fosse justo, não se pode privar o pobre e o mais fraco da sua dignidade, recordando sempre como Deus, na sua misericórdia, protege sempre o mais desfavorecido, «a viúva e o orfão»...
Por isso, Jesus, no evangelho, recorda que logo a seguir ao amor a Deus «com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu espírito», vem o amor ao próximo, um amor que não é de «restos», conveniências e momentos, mas é um amor tão verdadeiro como o que nós próprios esperamos...
E que não pode ficar apenas nas palavras, em ideais, em projectos para «amanhã»... mas tem de ser vida concreta, real, verdadeira...
Que esse amor, como a fé dos Tessalonicenses que São Paulo exalta, se divulgue «em toda a parte», sendo verdadeiro testemunho cristão...
Que o Senhor a todos abençoe...
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 29
Como tantas vezes nos deixamos iludir pelos elogios deste mundo, pelas palavras enganadoras que parecem nos acariciar e conduzir à tentação de esquecer o que é verdadeiro e o real objectivo das nossas acções, da nossa caminhada...
Como há tantas intenções veladas, escondidas por detrás de uma maldade que, contudo, não podem afectar um coração recto, capaz de seguir a verdade, de se entregar totalmente a Deus, que nos esolhe, que nos protege na «actividade da nossa fé», no «esforço da vossa caridade» e na «firmeza da nossa esperança», como lembrava São Paulo.
Também a pergunta dos fariseus a Jesus escondia as suas verdadeiras intenções, mas a resposta não deixa lugar para dúvidas: «dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus». Porque a Deus devemos dar toda a nossa vida, enquanto que ao mundo damos as suas preocupações, que não nos devem prender...
Embora, como nos lembrava o profeta Isaías ao recordar que Deus escolhe Ciro, rei da Pérsia, para libertar o povo de Israel do exílio, Deus serve-se continuamente do mundo para nos mostrar o Seu Amor feito salvação. E é também no mundo, na vida do dia-a-dia, que lhe devemos mostrar o nosso amor, que lhe devemos dar a nossa própria vida, dando «a Deus o que é de Deus»...
Que o Senhor a todos abençoe...
Como há tantas intenções veladas, escondidas por detrás de uma maldade que, contudo, não podem afectar um coração recto, capaz de seguir a verdade, de se entregar totalmente a Deus, que nos esolhe, que nos protege na «actividade da nossa fé», no «esforço da vossa caridade» e na «firmeza da nossa esperança», como lembrava São Paulo.
Também a pergunta dos fariseus a Jesus escondia as suas verdadeiras intenções, mas a resposta não deixa lugar para dúvidas: «dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus». Porque a Deus devemos dar toda a nossa vida, enquanto que ao mundo damos as suas preocupações, que não nos devem prender...
Embora, como nos lembrava o profeta Isaías ao recordar que Deus escolhe Ciro, rei da Pérsia, para libertar o povo de Israel do exílio, Deus serve-se continuamente do mundo para nos mostrar o Seu Amor feito salvação. E é também no mundo, na vida do dia-a-dia, que lhe devemos mostrar o nosso amor, que lhe devemos dar a nossa própria vida, dando «a Deus o que é de Deus»...
Que o Senhor a todos abençoe...
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 28
Porque há algo tão mais importante...
Como São Paulo, saber viver «na pobreza» e «na abundância», em toda e qualquer situação de vida, com mais ou menos preocupações... Saber não perder o rumo da eternidade, seja em que circunstância for. Saber viver a vida do dia-a-dia olhando a vida plena, a vida eterna, onde nada faltará... Um pouco a imagem do banquete fausto e pleno que apresentava o profeta Isaías, em que «Deus enxugará as lágrimas de todas as faces e fará desaparecer da terra inteira o opróbrio que pesa sobre o seu povo»...
E somos convidados para esse mesmo banquete, para essa vida sem fim, pelo próprio Deus, em seu Filho Jesus Cristo... Mas, tantas vezes como os convidados da parábola do evangelho, arranjamos desculpas e a nossa vida fica presa a tantas coisas, impedindo-nos de aceitar esse mesmo convite, de participar nesse banquete eterno...
Quando afinal, nos é pedido tão pouco: baste que nos apresentemos com o «traje nupcial», aquele mesmo traje ou veste branca que recebemos no nosso baptismo...
Porque somos escolhidos, chamados e convidados por este mesmo Jesus que Se nos dá em banquete... Porque é n’Ele que tudo tem sentido e tudo devemos viver...
À maneira de São Paulo, também nós podemos concluir: «tudo posso n’Aquele que me conforta»...
Que o Senhor a todos abençoe...
Como São Paulo, saber viver «na pobreza» e «na abundância», em toda e qualquer situação de vida, com mais ou menos preocupações... Saber não perder o rumo da eternidade, seja em que circunstância for. Saber viver a vida do dia-a-dia olhando a vida plena, a vida eterna, onde nada faltará... Um pouco a imagem do banquete fausto e pleno que apresentava o profeta Isaías, em que «Deus enxugará as lágrimas de todas as faces e fará desaparecer da terra inteira o opróbrio que pesa sobre o seu povo»...
E somos convidados para esse mesmo banquete, para essa vida sem fim, pelo próprio Deus, em seu Filho Jesus Cristo... Mas, tantas vezes como os convidados da parábola do evangelho, arranjamos desculpas e a nossa vida fica presa a tantas coisas, impedindo-nos de aceitar esse mesmo convite, de participar nesse banquete eterno...
Quando afinal, nos é pedido tão pouco: baste que nos apresentemos com o «traje nupcial», aquele mesmo traje ou veste branca que recebemos no nosso baptismo...
Porque somos escolhidos, chamados e convidados por este mesmo Jesus que Se nos dá em banquete... Porque é n’Ele que tudo tem sentido e tudo devemos viver...
À maneira de São Paulo, também nós podemos concluir: «tudo posso n’Aquele que me conforta»...
Que o Senhor a todos abençoe...
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 27
A paz, a verdadeira paz interior, aquela que nos acalma e nos deixa mais tranquilos, capazes de olhar a vida com esperança, vem de Deus, diz-nos São Paulo. E o Apóstolo aconselha-nos mesmo a abrir o coração a essa paz, que nos guardará em Cristo Jesus...
Mas, uma paz que nos leva a produzir frutos, frutos verdadeiros de vida sem fim...
Porque, como vinha do Senhor que somos, aquela vinha cuidada e protegida de que falava o profeta Isaías, de cepas escolhidas e protegidas, não podemos continuar a produzir «agraços», mas a nossa vida tem de produzir frutos e frutos que permaneçam...
Mas, na parábola do evangelho, em que Jesus nos fala da vinha arrendada pelo proprietário aos vinhateiros que não lhe entregam o fruto, que nem respeitam os seus servos, nem o seu próprio filho, vemos não só a história da salvação, de Deus que envia os seus servos e o seu próprio Filho para que os homens Lhe entreguem os frutos da vida, mas também um convite de Deus:
Olhando para uma história em que o Homem se esquece tantas vezes da verdadeira produtividade de que a sua vida se deve revestir, saibamos nós ser esse «povo que produza os seus frutos» de que falava Jesus no final da parábola; saibamos entregar a Deus frutos verdadeiros de eternidade; saibamos ser não só terreno fértil onde a Palavra produz em abundância, mas trabalhadores incansáveis nessa vinha de Deus, que lhe entregam cada vez mais uma vida cheio de bons frutos, uma vida plena...
Que o Senhor a todos abençoe...
Mas, uma paz que nos leva a produzir frutos, frutos verdadeiros de vida sem fim...
Porque, como vinha do Senhor que somos, aquela vinha cuidada e protegida de que falava o profeta Isaías, de cepas escolhidas e protegidas, não podemos continuar a produzir «agraços», mas a nossa vida tem de produzir frutos e frutos que permaneçam...
Mas, na parábola do evangelho, em que Jesus nos fala da vinha arrendada pelo proprietário aos vinhateiros que não lhe entregam o fruto, que nem respeitam os seus servos, nem o seu próprio filho, vemos não só a história da salvação, de Deus que envia os seus servos e o seu próprio Filho para que os homens Lhe entreguem os frutos da vida, mas também um convite de Deus:
Olhando para uma história em que o Homem se esquece tantas vezes da verdadeira produtividade de que a sua vida se deve revestir, saibamos nós ser esse «povo que produza os seus frutos» de que falava Jesus no final da parábola; saibamos entregar a Deus frutos verdadeiros de eternidade; saibamos ser não só terreno fértil onde a Palavra produz em abundância, mas trabalhadores incansáveis nessa vinha de Deus, que lhe entregam cada vez mais uma vida cheio de bons frutos, uma vida plena...
Que o Senhor a todos abençoe...
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 26
Que melhor justiça que a de uma nova oportunidade, que a da possibilidade do arrependimento e do recomeço?
E também nós, como o povo de Israel no Antigo Testamento, dizemos «a maneira de proceder do Senhor não é justa», queixando-nos de uma salvação que é para todos, pensando que nós é que deviamos decidir quem a merece; recorrendo à imagem de um Deus vingativo, quando nos queremos queixar; ou de um Deus ausente, quando nos afastamos, pelo pecado...
E esquecemos que estamos sempre à espera de uma nova oportunidade, que na vida Deus nos vai dando sempre a possibilidade de recomeçar, de «praticar o direito e a justiça», como lembrava o profeta Ezequiel... E ainda que não estejamos à espera ou nem sempre a saibamos aproveitar, há sempre essa possibilidade de repensar e recomeçar sempre...
No evangelho, Jesus lembra-nos a força deste arrependimento na história dos dois filhos: o que diz sim, mas não o faz; e o que diz não, mas se arrepende e vai então trabalhar...
Mais do que ficarmos parados a pensar quantas vezes dissemos sim ou não, vivamos com a confiança de quem aceita essa nova oportunidade do perdão e, na vida, procura cumprir a vontade do Pai, tendo em nós «os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus», como lembrava São Paulo, começando pela humildade de quem se arrepende e recomeça...
Que o Senhor a todos abençoe...
E também nós, como o povo de Israel no Antigo Testamento, dizemos «a maneira de proceder do Senhor não é justa», queixando-nos de uma salvação que é para todos, pensando que nós é que deviamos decidir quem a merece; recorrendo à imagem de um Deus vingativo, quando nos queremos queixar; ou de um Deus ausente, quando nos afastamos, pelo pecado...
E esquecemos que estamos sempre à espera de uma nova oportunidade, que na vida Deus nos vai dando sempre a possibilidade de recomeçar, de «praticar o direito e a justiça», como lembrava o profeta Ezequiel... E ainda que não estejamos à espera ou nem sempre a saibamos aproveitar, há sempre essa possibilidade de repensar e recomeçar sempre...
No evangelho, Jesus lembra-nos a força deste arrependimento na história dos dois filhos: o que diz sim, mas não o faz; e o que diz não, mas se arrepende e vai então trabalhar...
Mais do que ficarmos parados a pensar quantas vezes dissemos sim ou não, vivamos com a confiança de quem aceita essa nova oportunidade do perdão e, na vida, procura cumprir a vontade do Pai, tendo em nós «os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus», como lembrava São Paulo, começando pela humildade de quem se arrepende e recomeça...
Que o Senhor a todos abençoe...
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 25
Continuando a imagem da total união e pertença a Cristo, São Paulo eleva a fasquia à sua própria experiência, ao testemunho da sua vida, ao escrever aos Filipenses: «para mim, viver é Cristo»...
Não é viver como, ou à maneira de... Não é contentar-se com pouco, nem lembrar de vez em quando os princípios do evangelho... É aceitar de tal modo este pertencer a Cristo, que Ele próprio se torna a nossa vida...
Já o profeta Isaías convidava a sentir esta proximidade de Deus, que está perto de quantos O invocam, ao dizer: «Procurai o Senhor, enquanto se pode encontrar, invocai-O enquanto está perto». Uma proximidade de perdão para os que se convertem e O procuram de todo o coração...
E o Senhor que nos convida a ir trabalhar para a sua vinha, mas que não quer que ninguém passe sem fazer nada. Por isso, renova continuamente o seu convite, ao longo do dia e da vida, prometendo dar-nos «o que for justo» como salário...
Um salário que não se rege pelas justas leis do trabalho e remuneração do mundo humano, mas pela vontade de Deus de que todos se salvem, quer aceitem trabalhar nesta vinha logo no princípio da vida, quer lá mais para o fim... desde que o faça de todo o coração e com todo o afinco...
Desde que não se recuse o convite e se fique a ver a vida passar, «sentados na praça»...
Que o Senhor a todos abençoe...
Não é viver como, ou à maneira de... Não é contentar-se com pouco, nem lembrar de vez em quando os princípios do evangelho... É aceitar de tal modo este pertencer a Cristo, que Ele próprio se torna a nossa vida...
Já o profeta Isaías convidava a sentir esta proximidade de Deus, que está perto de quantos O invocam, ao dizer: «Procurai o Senhor, enquanto se pode encontrar, invocai-O enquanto está perto». Uma proximidade de perdão para os que se convertem e O procuram de todo o coração...
E o Senhor que nos convida a ir trabalhar para a sua vinha, mas que não quer que ninguém passe sem fazer nada. Por isso, renova continuamente o seu convite, ao longo do dia e da vida, prometendo dar-nos «o que for justo» como salário...
Um salário que não se rege pelas justas leis do trabalho e remuneração do mundo humano, mas pela vontade de Deus de que todos se salvem, quer aceitem trabalhar nesta vinha logo no princípio da vida, quer lá mais para o fim... desde que o faça de todo o coração e com todo o afinco...
Desde que não se recuse o convite e se fique a ver a vida passar, «sentados na praça»...
Que o Senhor a todos abençoe...
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 24
Confunde-nos sempre a ideia de que vivemos não apenas para nós próprios, mas também para os outros... E confunde-nos, porque vem mudar tantas das nossas ideias, das birras quando não alcançamos o que queremos, dos nossos egoísmos e prioridades... E deixamos de olhar apenas para «o nosso umbigo»...
E como estamos longe de entender e viver o que nos diz São Paulo: «se vivemos, vivemos para o Senhor e se morremos, morremos para o Senhor. Portanto, quer vivamos quer morramos, pertencemos ao Senhor». Como tantos entendem isto como uma perda de liberdade, como um viver iludido...
E até chegamos a «criar» um Deus vingativo e cruel, à nossa imagem, porque se é assim que pensamos e agimos, é isso também que esperamos de Deus. Contudo, continuamos a rezar: «perdoai-nos... assim como nós perdoamos»...
Mas, o salmo vem lembrar-nos que Deus é clemente e compassivo, como já o livro de Ben-Sirá aconselhava o perdão, em vez da vingança e do rancor. Porque como pode o homem esperar perdão, se não o sabe dar? E dizia-nos: «não tem compaixão do seu semelhante e pede perdão para os seus próprios pecados?».
Em vez de termos avançado perante as sete vezes de perdão propostas por Pedro, talvez tenhamos voltado à lei do «olho por olho», tão incapazes de perdoar que nos consumimos em ódios e vinganças. E parecemos cada vez mais aquele servo da história de Jesus, que pede perdão para tanto, sendo incapaz de perdoar tão pouco...
Aprendamos a perdoar «de todo o coração»...
Que o Senhor a todos abençoe...
E como estamos longe de entender e viver o que nos diz São Paulo: «se vivemos, vivemos para o Senhor e se morremos, morremos para o Senhor. Portanto, quer vivamos quer morramos, pertencemos ao Senhor». Como tantos entendem isto como uma perda de liberdade, como um viver iludido...
E até chegamos a «criar» um Deus vingativo e cruel, à nossa imagem, porque se é assim que pensamos e agimos, é isso também que esperamos de Deus. Contudo, continuamos a rezar: «perdoai-nos... assim como nós perdoamos»...
Mas, o salmo vem lembrar-nos que Deus é clemente e compassivo, como já o livro de Ben-Sirá aconselhava o perdão, em vez da vingança e do rancor. Porque como pode o homem esperar perdão, se não o sabe dar? E dizia-nos: «não tem compaixão do seu semelhante e pede perdão para os seus próprios pecados?».
Em vez de termos avançado perante as sete vezes de perdão propostas por Pedro, talvez tenhamos voltado à lei do «olho por olho», tão incapazes de perdoar que nos consumimos em ódios e vinganças. E parecemos cada vez mais aquele servo da história de Jesus, que pede perdão para tanto, sendo incapaz de perdoar tão pouco...
Aprendamos a perdoar «de todo o coração»...
Que o Senhor a todos abençoe...
sábado, 3 de setembro de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 23
Ser sentinela atenta, nos nossos dias... Mas, uma sentinela atenta não apenas à sua vida, mas também ao mundo que o rodeia. Com a consciência de uma responsabilidade que não fica fechada até em si próprio, mas que se faz sentir também sobre os irmãos, sobre o chamá-los ao caminho correcto, se necessário, que passa pelo corrigir a desresponsabilização moral que se expande por toda a parte...
Porque, quando se afirma que cada um vive como quer e ninguém tem nada que ver com isso, O Senhor vem lembrar pelo profeta Ezequiel: «e tu não falares ao ímpio para o afastar do seu caminho, o ímpio morrerá por causa da sua iniquidade, mas Eu pedir-te-ei contas da sua morte».
Porque, quando hoje cada um se afasta das suas próprias responsabilidades e ninguém pensa sequer em reparar ofensas feitas, não se importando com quem vai pisando e maltratando pelo caminho, Jesus vem lembrar que somos um conjunto, onde todos nos ligamos pela misericórdia e pelo perdão de que todos precisamos, já que todos erramos, mas todos, reconhecendo esses mesmos erros, nos sentimos ligados por Deus ao Seu Amor. E diz-nos: «onde estão dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles»...
Assim, cumpriremos a verdadeira caridade, como lembrava São Paulo, aquela que é o verdadeiro cumprimento da lei...
Por isso, não fechemos os nossos corações: à nossa própria vida... à dos irmãos... à voz do perdão e do Amor de Deus...
Que o Senhor a todos abençoe...
Porque, quando se afirma que cada um vive como quer e ninguém tem nada que ver com isso, O Senhor vem lembrar pelo profeta Ezequiel: «e tu não falares ao ímpio para o afastar do seu caminho, o ímpio morrerá por causa da sua iniquidade, mas Eu pedir-te-ei contas da sua morte».
Porque, quando hoje cada um se afasta das suas próprias responsabilidades e ninguém pensa sequer em reparar ofensas feitas, não se importando com quem vai pisando e maltratando pelo caminho, Jesus vem lembrar que somos um conjunto, onde todos nos ligamos pela misericórdia e pelo perdão de que todos precisamos, já que todos erramos, mas todos, reconhecendo esses mesmos erros, nos sentimos ligados por Deus ao Seu Amor. E diz-nos: «onde estão dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles»...
Assim, cumpriremos a verdadeira caridade, como lembrava São Paulo, aquela que é o verdadeiro cumprimento da lei...
Por isso, não fechemos os nossos corações: à nossa própria vida... à dos irmãos... à voz do perdão e do Amor de Deus...
Que o Senhor a todos abençoe...
sábado, 27 de agosto de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 22
Seguir-vos, Senhor, não é escolher os nossos próprios caminhos, procurar agradar a todos com palavras fáceis de ouvir, ser profeta ou apóstolo em benefício próprio...
Seguir-vos, Senhor, é procurar viver o desafio de São Paulo aos romanos: «peço-vos irmãos, pela misericórdia de Deus, que vos ofereçais a vós mesmos, como sacrifício vivo, santo, agradável a Deus, como culto espiritual». Sempre a renovar-nos, sempre a transformar o nosso interior para conhecer a vontade de Deus e colocá-la em prática...
Seguir-vos, Senhor, é tantas vezes contrariar a nossa própria vontade, pelo «fogo ardente» que há nos nossos corações e que não podemos conter, sendo profeta que clama, denuncia, acusa, mesmo que por isso seja perseguido... É dizer, com verdade, como Jeremias: «Vós me seduzistes, Senhor, e eu deixei-me seduzir; Vós me dominastes e vencestes»...
Seguir-vos, Senhor, é viver o vosso desafio do evangelho: «Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me»... Procurando encontrar a vida sem fim, a eternidade nesta total entrega, sem reservas e condições, mas aprendendo com Jesus a amar até ao fim, até à Cruz...
Seguir-vos é tão simplesmente encontrar em vós a água que sacia a nossa sede de vida, meu Deus...
Que o Senhor a todos abençoe...
Seguir-vos, Senhor, é procurar viver o desafio de São Paulo aos romanos: «peço-vos irmãos, pela misericórdia de Deus, que vos ofereçais a vós mesmos, como sacrifício vivo, santo, agradável a Deus, como culto espiritual». Sempre a renovar-nos, sempre a transformar o nosso interior para conhecer a vontade de Deus e colocá-la em prática...
Seguir-vos, Senhor, é tantas vezes contrariar a nossa própria vontade, pelo «fogo ardente» que há nos nossos corações e que não podemos conter, sendo profeta que clama, denuncia, acusa, mesmo que por isso seja perseguido... É dizer, com verdade, como Jeremias: «Vós me seduzistes, Senhor, e eu deixei-me seduzir; Vós me dominastes e vencestes»...
Seguir-vos, Senhor, é viver o vosso desafio do evangelho: «Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me»... Procurando encontrar a vida sem fim, a eternidade nesta total entrega, sem reservas e condições, mas aprendendo com Jesus a amar até ao fim, até à Cruz...
Seguir-vos é tão simplesmente encontrar em vós a água que sacia a nossa sede de vida, meu Deus...
Que o Senhor a todos abençoe...
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 21
Quando tudo corre bem na nossa vida, tão fácilmente nos enchemos de orgulho, nos sentimos bem connosco próprios, nos afirmamos a causa da nossa própria felicidade...
Mas, quando as coisas correm mal, rapidamente procuramos alguém a quem imputar a culpa, alguém a quem acusamos de tudo e mais alguma coisa... E Deus fica tantas vezes e tão rapidamente nesta lista de «culpados»...
Mas, ao contrário do que nós Lhe fazemos, Ele não nos abandona, nem nos momentos mais difíceis. É como a mãe carinhosa, que se gosta de ver o seu filho a brincar e a crescer, muito mais tempo passa junto dele, preocupada, de olhar fixo, quando ele está doente...
Deus, pela sua misericórdia, não nos abandona e espera de nós a atitude de quem acredita e de quem se dispõe a descobri-l’O cada vez mais, como Pedro, que responde à pergunta de Jesus «e vós, quem dizeis que Eu sou?», dizendo: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo»...
E faz-nos constantemente descobrir o Seu Amor, ainda que às vezes nos pareça incompreensível, como nos lembra São Paulo, na sua carta aos Romanos, ao dizer: «como são insondáveis os seus desígnios e incompreensíveis os seus caminhos!»...
Que o Senhor a todos abençoe...
Mas, quando as coisas correm mal, rapidamente procuramos alguém a quem imputar a culpa, alguém a quem acusamos de tudo e mais alguma coisa... E Deus fica tantas vezes e tão rapidamente nesta lista de «culpados»...
Mas, ao contrário do que nós Lhe fazemos, Ele não nos abandona, nem nos momentos mais difíceis. É como a mãe carinhosa, que se gosta de ver o seu filho a brincar e a crescer, muito mais tempo passa junto dele, preocupada, de olhar fixo, quando ele está doente...
Deus, pela sua misericórdia, não nos abandona e espera de nós a atitude de quem acredita e de quem se dispõe a descobri-l’O cada vez mais, como Pedro, que responde à pergunta de Jesus «e vós, quem dizeis que Eu sou?», dizendo: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo»...
E faz-nos constantemente descobrir o Seu Amor, ainda que às vezes nos pareça incompreensível, como nos lembra São Paulo, na sua carta aos Romanos, ao dizer: «como são insondáveis os seus desígnios e incompreensíveis os seus caminhos!»...
Que o Senhor a todos abençoe...
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 20
Um convite, um chamamento irrevogável, que não desiste, mesmo quando nós não damos resposta...
Mas, um chamamento que vem acompanhado de dons, também eles irrevogáveis, também eles à espera da nossa aceitação e vivência, porque Deus não desiste de cada um de nós, esperando sempre que procuremos a sua misericórdia, como lembrava São Paulo, na sua Carta aos Romanos.
E este convite que Deus faz é universal, aberto a todos os homens que, pela fé, o aceitem e queiram fazer parte deste número dos servidores de Deus, daqueles que O procuram de todo o coração, que acreditam de uma forma tão forte que não se deixam demover dessa mesma procura...
E, às vezes, é preciso insistir, como a mulher do evangelho. Não desistir, mesmo quando parece que não somos ouvidos. Argumentar, mesmo perante uma resposta que parece adversa...
E continuar a acreditar sempre... E lutar sempre por aquilo em que se acredita... E esperar, mesmo contra todas as esperanças...
E reconhecer que Jesus se compadece de nós, nos acompanha por cada um dos nossos caminhos...
Que o Senhor a todos abençoe...
Mas, um chamamento que vem acompanhado de dons, também eles irrevogáveis, também eles à espera da nossa aceitação e vivência, porque Deus não desiste de cada um de nós, esperando sempre que procuremos a sua misericórdia, como lembrava São Paulo, na sua Carta aos Romanos.
E este convite que Deus faz é universal, aberto a todos os homens que, pela fé, o aceitem e queiram fazer parte deste número dos servidores de Deus, daqueles que O procuram de todo o coração, que acreditam de uma forma tão forte que não se deixam demover dessa mesma procura...
E, às vezes, é preciso insistir, como a mulher do evangelho. Não desistir, mesmo quando parece que não somos ouvidos. Argumentar, mesmo perante uma resposta que parece adversa...
E continuar a acreditar sempre... E lutar sempre por aquilo em que se acredita... E esperar, mesmo contra todas as esperanças...
E reconhecer que Jesus se compadece de nós, nos acompanha por cada um dos nossos caminhos...
Que o Senhor a todos abençoe...
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 19
Quantas tempestades, quantos ventos contrários, não enfrentámos já... quantas vezes não nos sentimos também a «afundar», sem qualquer réstea de esperança, apenas ainda mais curvados pelo peso da dúvida e da descrença...
Afinal, continuamos à procura de Deus nos grandes momentos, naquilo que é demasiado extraordinário, no que espanta e nos derruba... Olhando para a profecia de Isaías, na primeira leitura, procuramos Deus nos ventos tempestuosos, nos terramotos e nos fogos desta vida... E esquecemos que Ele sempre está presente na nossa vida como brisa suave, que refresca e dá alento... E esquecemo-nos de sentir essa mesma brisa, essa mesma presença...
E, como Pedro, até nos assustamos com essa mesma presença, e sentimos a necessidade de provar que é mesmo Ele, Jesus, que vem até nós, para acalmar tempestades e acompanhar-nos a cada instante...
E quando precisamos de acreditar para nos mantermos «à superfície», para não nos afundarmos no pessimismo, começamos a duvidar e a deixar-nos engolir pelas águas revoltas que à nossa volta vão crescendo, perdendo rumos e forças na caminhada do dia-a-dia...
Mas, Jesus, estende-nos sempre a «mão» que não nos deixa afogar... E, acreditando, também nós sentimos a sua força que não nos deixa «ir ao fundo», mas nos faz regressar ao barco que é a Igreja, que segue o seu rumo para a eternidade...
E também hoje Ele nos diz: «Tende confiança. Sou eu. Não temais»...
Que o Senhor a todos abençoe...
Afinal, continuamos à procura de Deus nos grandes momentos, naquilo que é demasiado extraordinário, no que espanta e nos derruba... Olhando para a profecia de Isaías, na primeira leitura, procuramos Deus nos ventos tempestuosos, nos terramotos e nos fogos desta vida... E esquecemos que Ele sempre está presente na nossa vida como brisa suave, que refresca e dá alento... E esquecemo-nos de sentir essa mesma brisa, essa mesma presença...
E, como Pedro, até nos assustamos com essa mesma presença, e sentimos a necessidade de provar que é mesmo Ele, Jesus, que vem até nós, para acalmar tempestades e acompanhar-nos a cada instante...
E quando precisamos de acreditar para nos mantermos «à superfície», para não nos afundarmos no pessimismo, começamos a duvidar e a deixar-nos engolir pelas águas revoltas que à nossa volta vão crescendo, perdendo rumos e forças na caminhada do dia-a-dia...
Mas, Jesus, estende-nos sempre a «mão» que não nos deixa afogar... E, acreditando, também nós sentimos a sua força que não nos deixa «ir ao fundo», mas nos faz regressar ao barco que é a Igreja, que segue o seu rumo para a eternidade...
E também hoje Ele nos diz: «Tende confiança. Sou eu. Não temais»...
Que o Senhor a todos abençoe...
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 18
Afinal, o que nos poderá separar de algo que se torna a essência da nossa própria vida? O que nos separará do bater do nosso próprio coração, não apenas aqui, mas um bater que ecoa já na e para a eternidade?
Afinal, S. Paulo perguntava-se isso mesmo: «quem poderá separar-nos do amor de Cristo?»... Apenas nós o poderemos afastar, recusar, não o aceitar... e mesmo assim ele continuará lá, como oferta para a nossa vida, como proximidade que apenas temos de aceitar...
E este amor é tão mais valioso do que todos os bens materiais que este mundo possa oferecer e que tanto nos preocupam... E já o profeta Isaías o lembrava, ao perguntar: «porque gastais o vosso dinheiro naquilo que não alimenta e o vosso trabalho naquilo que não sacia?»...
E, às multidões que O seguem, Jesus oferece não apenas o pão que se multiplica milagrosamente, dos parcos cinco pães e dois peixes que os discípulos possuiam, mas um Pão que alimenta e sacia, que é Ele mesmo, uma Palavra que dá vida e que todos escutavam maravilhados...
E a ordem dada aos discípulos é renovada também hoje: «dai-lhes vós de comer». Para que façamos da Eucaristia esse degustar da Palavra anunciada e o saciar-nos do Alimento de Vida Eterna, que è o próprio Jesus que nos congrega, hoje não em multidão anónima, mas em comunidade cristã...
Que o Senhor a todos abençoe...
Afinal, S. Paulo perguntava-se isso mesmo: «quem poderá separar-nos do amor de Cristo?»... Apenas nós o poderemos afastar, recusar, não o aceitar... e mesmo assim ele continuará lá, como oferta para a nossa vida, como proximidade que apenas temos de aceitar...
E este amor é tão mais valioso do que todos os bens materiais que este mundo possa oferecer e que tanto nos preocupam... E já o profeta Isaías o lembrava, ao perguntar: «porque gastais o vosso dinheiro naquilo que não alimenta e o vosso trabalho naquilo que não sacia?»...
E, às multidões que O seguem, Jesus oferece não apenas o pão que se multiplica milagrosamente, dos parcos cinco pães e dois peixes que os discípulos possuiam, mas um Pão que alimenta e sacia, que é Ele mesmo, uma Palavra que dá vida e que todos escutavam maravilhados...
E a ordem dada aos discípulos é renovada também hoje: «dai-lhes vós de comer». Para que façamos da Eucaristia esse degustar da Palavra anunciada e o saciar-nos do Alimento de Vida Eterna, que è o próprio Jesus que nos congrega, hoje não em multidão anónima, mas em comunidade cristã...
Que o Senhor a todos abençoe...
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 17
Olhar a sabedoria como um tesouro, a capacidade de discernir e saber bem escolher como uma dádiva...
Sentir que se encontrou o tesouro escondido no campo e há que fazer tudo para o poder encontrar, para o sentir como nosso...
Descobrir a mais bela pérola, mas não ficar apenas à distância, a olhar sempre de longe, até ao ponto de se duvidar da sua existência e se desistir, contentando-se com pedras que até parecem brilhar mais, mas não são essa pérola de valor incalculável, que é preciso sentir como nossa, tomar nas mãos, que é o Reino dos Céus...
Sentir que um dia seremos um dos peixes apanhados na rede, mas que tudo fizemos para ser dos bons peixes, daqueles que serão guardados para a eternidade...
Até porque, como diz S. Paulo, «Deus concorre em tudo para o bem daqueles que O amam, dos que são chamados, segundo o seu desígnio»... Não segundo as nossas vontades e caprichos, mas segundo o designio deste Deus que ama e chama...
Aprendamos então, como Salomão, a pedir a verdadeira sabedoria de coração, a que sabe julgar com justiça, a de quem escolhe Deus por meta e por herança...
E procuremos esse tesouro bem dentro de nós, vivendo-o... e essa pérola magnífica da fé, cuidando-a... e encontremos esse reino dos Céus que escolhemos, acreditando...
Que o Senhor a todos abençoe...
Sentir que se encontrou o tesouro escondido no campo e há que fazer tudo para o poder encontrar, para o sentir como nosso...
Descobrir a mais bela pérola, mas não ficar apenas à distância, a olhar sempre de longe, até ao ponto de se duvidar da sua existência e se desistir, contentando-se com pedras que até parecem brilhar mais, mas não são essa pérola de valor incalculável, que é preciso sentir como nossa, tomar nas mãos, que é o Reino dos Céus...
Sentir que um dia seremos um dos peixes apanhados na rede, mas que tudo fizemos para ser dos bons peixes, daqueles que serão guardados para a eternidade...
Até porque, como diz S. Paulo, «Deus concorre em tudo para o bem daqueles que O amam, dos que são chamados, segundo o seu desígnio»... Não segundo as nossas vontades e caprichos, mas segundo o designio deste Deus que ama e chama...
Aprendamos então, como Salomão, a pedir a verdadeira sabedoria de coração, a que sabe julgar com justiça, a de quem escolhe Deus por meta e por herança...
E procuremos esse tesouro bem dentro de nós, vivendo-o... e essa pérola magnífica da fé, cuidando-a... e encontremos esse reino dos Céus que escolhemos, acreditando...
Que o Senhor a todos abençoe...
sábado, 16 de julho de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 16
Num mundo que mostra a sua grandeza pela força e pela guerra, em que os ricos mostram pelas posses que dominam e espezinham os outros, em que a vingança e o ódio são sinais de poder, vir o livro da sabedoria dizer: «Mas Vós, o Senhor da força, julgais com bondade e governais-nos com muita indulgência»... parece uma grande contradição...
Um Deus tão longe da imagem que d’Ele foi criada, de um tirano que põe e dispõe, que castiga com doenças e calamidades, que «brinca» com a vida humana, pelo «jogo» da morte? Perante os rumores de um Deus assim, inventado pelo mundo actual, onde encaixar com verdade o que dizemos como refrão do salmo: «Senhor, sois um Deus clemente e compassivo», convidados a sentir e a deixar crescer em nós esse mesmo perdão, esse amor que se faz sempre uma nova oportunidade?
E Deus, como o senhor da parábola do evangelho, deixa crescer sempre em conjunto no trigo e o joio, o bem e o mal, semeando em nós o bem, esperando pacientemente que ele frutifique, sem no entanto arrancar o mal que se vai infiltrando, deixando sempre que na nossa liberdade façamos a melhor escolha, a das colheitas abundantes...
E, se a semente que Ele lança em nós é boa, não a deixemos estragar, deixando a fé adormecer em nós...
Que o Senhor a todos abençoe...
Um Deus tão longe da imagem que d’Ele foi criada, de um tirano que põe e dispõe, que castiga com doenças e calamidades, que «brinca» com a vida humana, pelo «jogo» da morte? Perante os rumores de um Deus assim, inventado pelo mundo actual, onde encaixar com verdade o que dizemos como refrão do salmo: «Senhor, sois um Deus clemente e compassivo», convidados a sentir e a deixar crescer em nós esse mesmo perdão, esse amor que se faz sempre uma nova oportunidade?
E Deus, como o senhor da parábola do evangelho, deixa crescer sempre em conjunto no trigo e o joio, o bem e o mal, semeando em nós o bem, esperando pacientemente que ele frutifique, sem no entanto arrancar o mal que se vai infiltrando, deixando sempre que na nossa liberdade façamos a melhor escolha, a das colheitas abundantes...
E, se a semente que Ele lança em nós é boa, não a deixemos estragar, deixando a fé adormecer em nós...
Que o Senhor a todos abençoe...
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 15
E como cuidamos nós o acolher desta Palavra, que vem de Deus e como Ele nos diz, «não volta sem ter cumprido a minha vontade, sem ter realizado a sua missão»?
Nessa imagem magnífica e de fácil compreensão, já que o próprio Jesus a explica, para que não restem dúvidas, vejamos e analisemos a nossa própria vida, o nosso próprio «terreno» para acolher esta Palavra feita semente.
E certamente, se nos perguntarem, todos nós seremos «boa terra», bem preparados e prontos a produzir frutos, «ora cem, ora sessenta, ora trinta por um»...
Mas, não é só a nossa vontade de ser boa terra... É a forma como acolhemos, mas também como deixamos que esta Palavra produza frutos em nós... E a forma como vamos cuidando e multiplicando esses frutos, como deixamos que eles aconteçam na nossa vida...
Lembremos os exemplos dos terrenos pedregosos e cheios de espinhos, que acolhem a Palavra, mas não a deixam criar raízes ou crescer livres das preocupações e outros interesses que a abafam... Não deixam de acolher, como nós em tantas celebrações, mas rapidamente a esquecem e abafam...
E, sabemos que todo o esforço agora feito não será em vão. Como lembrava São Paulo: «eu penso que os sofrimentos do tempo presente não têm comparação com a glória que se há-de manifestar em nós»... Mas, essa glória começa a transformar-nos desde já...
Como diz Jesus, no evangelho: «quem tem ouvidos, oiça»...
Que o Senhor a todos abençoe...
Nessa imagem magnífica e de fácil compreensão, já que o próprio Jesus a explica, para que não restem dúvidas, vejamos e analisemos a nossa própria vida, o nosso próprio «terreno» para acolher esta Palavra feita semente.
E certamente, se nos perguntarem, todos nós seremos «boa terra», bem preparados e prontos a produzir frutos, «ora cem, ora sessenta, ora trinta por um»...
Mas, não é só a nossa vontade de ser boa terra... É a forma como acolhemos, mas também como deixamos que esta Palavra produza frutos em nós... E a forma como vamos cuidando e multiplicando esses frutos, como deixamos que eles aconteçam na nossa vida...
Lembremos os exemplos dos terrenos pedregosos e cheios de espinhos, que acolhem a Palavra, mas não a deixam criar raízes ou crescer livres das preocupações e outros interesses que a abafam... Não deixam de acolher, como nós em tantas celebrações, mas rapidamente a esquecem e abafam...
E, sabemos que todo o esforço agora feito não será em vão. Como lembrava São Paulo: «eu penso que os sofrimentos do tempo presente não têm comparação com a glória que se há-de manifestar em nós»... Mas, essa glória começa a transformar-nos desde já...
Como diz Jesus, no evangelho: «quem tem ouvidos, oiça»...
Que o Senhor a todos abençoe...
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 14
Eis que vem ao teu encontro, não com a força de tempestades ameaçadoras, nem com a violência de guerras inúteis, não com a ameaça de quem castiga ou te controla continuamente, nem com a arrogância de quem se impõe a qualquer preço...
Eis que vem ao teu encontro, na humildade de quem se faz palavra de salvação e de esperança, de quem te convida à verdadeira alegria que brota da vida e ao louvor de quem se deixa envolver pelo próprio Deus...
Eis que vem ao teu encontro e te diz: «Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração»...
Eis que vem para nos dar a conhecer o Pai, como Filho Unigènito que é. Vem para nos convidar a segui-Lo, na humildade de um discípulo que se dispõe a aprender e a seguir, e não na arrogância de quem pensa já tudo saber ou apenas se quer seguir a si próprio e às suas ideias, à sua forma de ver o mundo...
E, como lembrava São Paulo aos Romanos, nós, aqueles em quem habita o Espírito de Deus, não vivamos como «devedores à carne», como se ela fosse a única realidade em que acreditamos e pomos a nossa esperança, mas vivamos segundo esse Espírito de esperança e de vida, fazendo «morrer as obras da carne» para alcançarmos a vida eterna...
Que o Senhor a todos abençoe...
Eis que vem ao teu encontro, na humildade de quem se faz palavra de salvação e de esperança, de quem te convida à verdadeira alegria que brota da vida e ao louvor de quem se deixa envolver pelo próprio Deus...
Eis que vem ao teu encontro e te diz: «Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração»...
Eis que vem para nos dar a conhecer o Pai, como Filho Unigènito que é. Vem para nos convidar a segui-Lo, na humildade de um discípulo que se dispõe a aprender e a seguir, e não na arrogância de quem pensa já tudo saber ou apenas se quer seguir a si próprio e às suas ideias, à sua forma de ver o mundo...
E, como lembrava São Paulo aos Romanos, nós, aqueles em quem habita o Espírito de Deus, não vivamos como «devedores à carne», como se ela fosse a única realidade em que acreditamos e pomos a nossa esperança, mas vivamos segundo esse Espírito de esperança e de vida, fazendo «morrer as obras da carne» para alcançarmos a vida eterna...
Que o Senhor a todos abençoe...
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 13
Acolher na nossa vida a profecia... Acolher esta abertura não apenas ao que é desta vida, ao que é deste mundo, mas acolher a Deus, acolhendo Jesus Cristo, acolhendo a vida nova que Ele nos traz, aceitando, sem olhar para trás ou sem ficar preso ao que é, ainda que cheio de sentimento e de sentido, deste mundo e passageiro, a Cruz como caminho para seguir o Senhor Jesus até à vida sem fim...
E a recompensa de acolher com generosidade, preparando tudo para que possa habitar no meio de nós, este Deus que vem e que passa, não é outra senão o ganhar a vida sem fim, encontrando a eternidade...
E como é grande a misericórdia deste Deus que acolhemos; como a sua misericórdia nos preenche plenamente...
Por isso, como nos lembra São Paulo, sabemos que «se morremos com Cristo, acreditamos que também com Ele viveremos»...
E procuremos essa vida nova, livre do pecado e da morte, acolhendo essa novidade que é Cristo Jesus, vivendo com Ele e deixando-O viver em nós, para que n’Ele possamos viver para sempre...
Que o Senhor a todos abençoe...
E a recompensa de acolher com generosidade, preparando tudo para que possa habitar no meio de nós, este Deus que vem e que passa, não é outra senão o ganhar a vida sem fim, encontrando a eternidade...
E como é grande a misericórdia deste Deus que acolhemos; como a sua misericórdia nos preenche plenamente...
Por isso, como nos lembra São Paulo, sabemos que «se morremos com Cristo, acreditamos que também com Ele viveremos»...
E procuremos essa vida nova, livre do pecado e da morte, acolhendo essa novidade que é Cristo Jesus, vivendo com Ele e deixando-O viver em nós, para que n’Ele possamos viver para sempre...
Que o Senhor a todos abençoe...
Sinais da Palavra A Corpo e Sangue de Cristo
Um alimento que é promessa de eternidade...
E não um alimento qualquer, mas Alguém que diz: «Eu sou o pão vivo descido do Céu», um pão que do céu vem ser alimento para todos, vem fortalecer e unir a todos, vem ser «verdadeira comida» e «verdadeira bebida»...
Um alimento, «pão dos anjos» agora dado aos homens, que nos vem lembrar como nos saciamos do que vem de Deus, deste «pão que desceu dos céus» e que dá em Si mesmo a vida aos que O comungam e nos lembra o que dizia Moisés no discurso ao povo, no livro do Deuteronómio: «o homem não vive só de pão, mas de toda a palavra que sai da boca do Senhor».
Então, que cada cristão saiba agradecer verdadeiramente este ser convidado para algo tão singular: «a comunhão com o Sangue de Cristo», «a comunhão com o Corpo de Cristo», como lembrava São Paulo, participando dessa unidade única de todos nós «que formamos um só corpo, porque participamos do único pão».
E o saibamos procurar de coração aberto, participando plenamente nessa mesa de eternidade, nesse banquete singular em que quem recebe o Corpo e o Sangue de Cristo «tem a vida eterna»...
Que o Senhor a todos abençoe...
E não um alimento qualquer, mas Alguém que diz: «Eu sou o pão vivo descido do Céu», um pão que do céu vem ser alimento para todos, vem fortalecer e unir a todos, vem ser «verdadeira comida» e «verdadeira bebida»...
Um alimento, «pão dos anjos» agora dado aos homens, que nos vem lembrar como nos saciamos do que vem de Deus, deste «pão que desceu dos céus» e que dá em Si mesmo a vida aos que O comungam e nos lembra o que dizia Moisés no discurso ao povo, no livro do Deuteronómio: «o homem não vive só de pão, mas de toda a palavra que sai da boca do Senhor».
Então, que cada cristão saiba agradecer verdadeiramente este ser convidado para algo tão singular: «a comunhão com o Sangue de Cristo», «a comunhão com o Corpo de Cristo», como lembrava São Paulo, participando dessa unidade única de todos nós «que formamos um só corpo, porque participamos do único pão».
E o saibamos procurar de coração aberto, participando plenamente nessa mesa de eternidade, nesse banquete singular em que quem recebe o Corpo e o Sangue de Cristo «tem a vida eterna»...
Que o Senhor a todos abençoe...
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Sinais da Palavra A Santíssima Trindade
«Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito...»
E qual a resposta deste mundo a este amor do Pai, que nos envia o Filho para nos salvar, e juntos nos enviam o Espírito Santo que conduz e nos fala constantemente de uma presença amiga de Deus, que caminha connosco?
O desafio é o de acreditar e, desta forma, unir-se ao Pai, pelo Filho que é enviado, na acção de um mesmo Espírito Santo...
E renovar constantemente o pedido de Moisés, sabendo que é essa a própria vontade do Altíssimo: «se encontrei, Senhor, aceitação a vossos olhos, digne-Se o Senhor caminhar no meio de nós»...
E abrir o coração a essa presença de Deus Uno e Trino, uma presença que não é estranha, mas desejo de plenitude e eternidade em nós, deixando que Ele seja tudo em todos, verdade anunciada e vivida continuamente...
E, como irmãos em Deus, acolher os conselhos que São Paulo, na sua segunda carta aos Coríntios, nos deixa: «Sede alegres, trabalhai pela vossa perfeição, animai-vos uns aos outros, tende os mesmos sentimentos, vivei em paz»...
Porque a nossa reunião em assembleia que reza e crê num só coração, e em Igreja peregrina da eternidade, não pode estar fundamentada senão na «graça e paz de Nosso Senhor Jesus Cristo, no «amor do Pai» e na «comunhão do Espírito Santo» que estão connosco...
Que o Senhor a todos abençoe...
E qual a resposta deste mundo a este amor do Pai, que nos envia o Filho para nos salvar, e juntos nos enviam o Espírito Santo que conduz e nos fala constantemente de uma presença amiga de Deus, que caminha connosco?
O desafio é o de acreditar e, desta forma, unir-se ao Pai, pelo Filho que é enviado, na acção de um mesmo Espírito Santo...
E renovar constantemente o pedido de Moisés, sabendo que é essa a própria vontade do Altíssimo: «se encontrei, Senhor, aceitação a vossos olhos, digne-Se o Senhor caminhar no meio de nós»...
E abrir o coração a essa presença de Deus Uno e Trino, uma presença que não é estranha, mas desejo de plenitude e eternidade em nós, deixando que Ele seja tudo em todos, verdade anunciada e vivida continuamente...
E, como irmãos em Deus, acolher os conselhos que São Paulo, na sua segunda carta aos Coríntios, nos deixa: «Sede alegres, trabalhai pela vossa perfeição, animai-vos uns aos outros, tende os mesmos sentimentos, vivei em paz»...
Porque a nossa reunião em assembleia que reza e crê num só coração, e em Igreja peregrina da eternidade, não pode estar fundamentada senão na «graça e paz de Nosso Senhor Jesus Cristo, no «amor do Pai» e na «comunhão do Espírito Santo» que estão connosco...
Que o Senhor a todos abençoe...
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Sinais da Palavra A Pentecostes
Apesar dos medos humanos, Deus vem vencer a nossa resistência, vem abrir as nossas «portas fechadas», vem despertar em nós a urgência do anunciar, do partir em missão...
Essa força do Amor de Deus, esse Espírito que vem do alto, hoje, como na manhã de Pentecostes, vem dar sentido à nossa oração, que não pode continuar fechada, seja nas casas, seja nos corações, mas tem de sair para testemunhar e anunciar Jesus Cristo, falando de uma forma que o mundo de hoje também entenda, em que todos se sintam convidados a escutar e a alegrar-se com esta novidade maravilhosa que sobre nós desce...
E que o Espírito nos traga de novo a paz, a paz de Deus que Jesus confia aos discípulos, que faz vencer os medos e nos transforma em apóstolos dos nossos tempos, chamados a levar aos outros essa paz e o perdão que reconcilia, que faz sair dos muros em que fechámos os nossos corações e as nossas vidas e nos envia, cheios de confiança...
Afinal, somos muitos, diversos e diferentes, mas animados por um mesmo Espírito que em todos trabalha e nos faz «constituirmos um só Corpo», como lembrava São Paulo...
E que o pedido que fazemos: «Mandai, Senhor, o vosso Espírito e renovai a terra», seja sentido, deixando que a primeira renovação seja nos nossos corações...
Aleluia! Alegremo-nos em Cristo vivo e presente no meio de nós...
Essa força do Amor de Deus, esse Espírito que vem do alto, hoje, como na manhã de Pentecostes, vem dar sentido à nossa oração, que não pode continuar fechada, seja nas casas, seja nos corações, mas tem de sair para testemunhar e anunciar Jesus Cristo, falando de uma forma que o mundo de hoje também entenda, em que todos se sintam convidados a escutar e a alegrar-se com esta novidade maravilhosa que sobre nós desce...
E que o Espírito nos traga de novo a paz, a paz de Deus que Jesus confia aos discípulos, que faz vencer os medos e nos transforma em apóstolos dos nossos tempos, chamados a levar aos outros essa paz e o perdão que reconcilia, que faz sair dos muros em que fechámos os nossos corações e as nossas vidas e nos envia, cheios de confiança...
Afinal, somos muitos, diversos e diferentes, mas animados por um mesmo Espírito que em todos trabalha e nos faz «constituirmos um só Corpo», como lembrava São Paulo...
E que o pedido que fazemos: «Mandai, Senhor, o vosso Espírito e renovai a terra», seja sentido, deixando que a primeira renovação seja nos nossos corações...
Aleluia! Alegremo-nos em Cristo vivo e presente no meio de nós...
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Sinais da Palavra A Ascensão do Senhor
«Porque estais a olhar para o Céu?»...
Jesus, a nossa esperança, sobe aos céus, mas desde logo fica a promessa feita a uma Igreja que O segue, aos seus discípulos para que não se deixem perder ou arrefecer o seu entusiasmo: «Esse Jesus (...) virá do mesmo modo que O vistes ir para o Céu».
E, em vez de ficarmos parados, em atitude de quem deixa passar o tempo, toda uma vida, a olhar apenas para o Céu, à espera sem saber bem de quê, também a nós o Senhor envia como aos Onze, no evangelho: «Ide e ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a cumprir tudo o que vos mandei».
E assim, deixando que Cristo que sobe aos Céus, seja a «Cabeça de toda a Igreja, que é o seu Corpo» e nos chame continuamente a também nós subirmos aos Céus, ao longo de toda a vida, ou seja, a vivermos já a caminho dessa eternidade onde Ele se encontra, será tão diferente a nossa esperança, a nossa vida...
E sentimos o que Ele nos diz: «Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos»...
Aleluia! Alegremo-nos em Cristo vivo e presente no meio de nós...
Jesus, a nossa esperança, sobe aos céus, mas desde logo fica a promessa feita a uma Igreja que O segue, aos seus discípulos para que não se deixem perder ou arrefecer o seu entusiasmo: «Esse Jesus (...) virá do mesmo modo que O vistes ir para o Céu».
E, em vez de ficarmos parados, em atitude de quem deixa passar o tempo, toda uma vida, a olhar apenas para o Céu, à espera sem saber bem de quê, também a nós o Senhor envia como aos Onze, no evangelho: «Ide e ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a cumprir tudo o que vos mandei».
E assim, deixando que Cristo que sobe aos Céus, seja a «Cabeça de toda a Igreja, que é o seu Corpo» e nos chame continuamente a também nós subirmos aos Céus, ao longo de toda a vida, ou seja, a vivermos já a caminho dessa eternidade onde Ele se encontra, será tão diferente a nossa esperança, a nossa vida...
E sentimos o que Ele nos diz: «Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos»...
Aleluia! Alegremo-nos em Cristo vivo e presente no meio de nós...
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Sinais da Palavra A Domingo de Páscoa 6
Continuar a ver o que os olhos não vêem, sentir a presença de Alguém que parte, mas diz, na sua partida: «daqui a pouco o mundo já não Me verá, mas vós ver-Me-eis, porque Eu vivo e vós vivereis»...
E ver, pela fé e uma esperança inabalável, este Jesus vivo e presente no meio de nós... E deixar que esta presença, que sentimos e anunciamos, transforme o mundo, o nosso mundo, porque cumprimos os seus mandamentos, apenas porque O amamos e continuamos no mundo a Sua obra de salvação...
Porque hoje, como após a acção de Filipe na Samaria, também nós recebemos a vinda do Espírito Santo, que nos confirma na fé, e nos une numa única e só Igreja, acabando com as divisões e cismas. Porque o Espírito Paráclito, promessa de Jesus aos seus discípulos, ainda hoje «habita convosco e está em vós»...
E que melhor forma de mostrarmos ao mundo essa mesma presença do Senhor ressuscitado em nossos corações do que aceitando os seus mandamentos e cumprindo-os, fazendo da nossa vida «conservando uma boa consciência», como lembrava São Pedro, o melhor anúncio do Evangelho, missionários nas nossas comunidades, «prontos sempre a responder, a quem quer que seja, sobre a razão da vossa esperança»...
Aleluia! Alegremo-nos em Cristo vivo e presente no meio de nós...
E ver, pela fé e uma esperança inabalável, este Jesus vivo e presente no meio de nós... E deixar que esta presença, que sentimos e anunciamos, transforme o mundo, o nosso mundo, porque cumprimos os seus mandamentos, apenas porque O amamos e continuamos no mundo a Sua obra de salvação...
Porque hoje, como após a acção de Filipe na Samaria, também nós recebemos a vinda do Espírito Santo, que nos confirma na fé, e nos une numa única e só Igreja, acabando com as divisões e cismas. Porque o Espírito Paráclito, promessa de Jesus aos seus discípulos, ainda hoje «habita convosco e está em vós»...
E que melhor forma de mostrarmos ao mundo essa mesma presença do Senhor ressuscitado em nossos corações do que aceitando os seus mandamentos e cumprindo-os, fazendo da nossa vida «conservando uma boa consciência», como lembrava São Pedro, o melhor anúncio do Evangelho, missionários nas nossas comunidades, «prontos sempre a responder, a quem quer que seja, sobre a razão da vossa esperança»...
Aleluia! Alegremo-nos em Cristo vivo e presente no meio de nós...
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Sinais da Palavra A Domingo de Páscoa 5
Não deixar que o nosso coração se perturbe...
No meio de inseguranças, medos, incertezas e dificuldades, manter viva a nossa esperança, a nossa paz interior fundamentada em Cristo Jesus, Ele que é o «caminho, a verdade e a vida»...
Ele que nos faz descobrir o rosto do Pai, a nós, os seus discípulos, que, tal como os Apóstolos e os sete diáconos escolhidos, temos a missão de fazer crescer e fortificar esta Igreja, feita de «pedras vivas», destinada «a oferecer sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo», como nos lembrava o Apóstolo Pedro na sua epístola.
Não deixar que o nosso coração se perturbe, porque aceitamos o desafio que Jesus lembrava a Filipe, de O conhecermos cada vez mais, vivendo unidos a Ele, para que possamos descobrir também o Pai e o seu Amor e para que façamos as suas obras, ou como rezamos habitualmente, ainda que de forma distraída, «seja feita a vossa vontade»...
Aleluia! Alegremo-nos em Cristo vivo e presente no meio de nós...
No meio de inseguranças, medos, incertezas e dificuldades, manter viva a nossa esperança, a nossa paz interior fundamentada em Cristo Jesus, Ele que é o «caminho, a verdade e a vida»...
Ele que nos faz descobrir o rosto do Pai, a nós, os seus discípulos, que, tal como os Apóstolos e os sete diáconos escolhidos, temos a missão de fazer crescer e fortificar esta Igreja, feita de «pedras vivas», destinada «a oferecer sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo», como nos lembrava o Apóstolo Pedro na sua epístola.
Não deixar que o nosso coração se perturbe, porque aceitamos o desafio que Jesus lembrava a Filipe, de O conhecermos cada vez mais, vivendo unidos a Ele, para que possamos descobrir também o Pai e o seu Amor e para que façamos as suas obras, ou como rezamos habitualmente, ainda que de forma distraída, «seja feita a vossa vontade»...
Aleluia! Alegremo-nos em Cristo vivo e presente no meio de nós...
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Sinais da Palavra A Domingo de Páscoa 4
Conheceremos nós a voz do Pastor? Para O podermos seguir, quando Ele nos chama, a cada um pelo seu nome, e nos faz sair dos nossos medos e inseguranças para a certeza de uma fé, que nos faz viver em plenitude?
E, para quando um dia, esse mesmo Bom Pastor, que caminha à nossa frente, nos fizer entrar pela porta para a eternidade, saberemos segui-Lo sem medo e sem ficar presos a este mundo e a esta vida passageira?
São Pedro, na sua epístola, lembra-nos que nós, ovelhas desgarradas, voltámos agora para «o pastor e guarda» das nossas almas. Mas, quando nos habituamos a outras vozes, mais fáceis e sedutoras, vamos esquecendo o chamamento do verdadeiro Pastor, Jesus Cristo, e tornamo-nos presas fáceis para «o ladrão», que «não vem senão para roubar, matar e destruir», como lembrava o Senhor no evangelho.
Aprendamos a reconhecer a voz de Jesus, o Bom Pastor que vem conduzir e salvar a todos nós que, pelo Baptismo e pelo Espírito Santo, aprendemos a ouvir «o apelo do Senhor nosso Deus», como nos lembrava os Actos dos Apóstolos.
E por Cristo, que nos diz: «Eu sou a porta», aprendamos a entrar na eternidade...
Aleluia! Alegremo-nos em Cristo vivo e presente no meio de nós...
E, para quando um dia, esse mesmo Bom Pastor, que caminha à nossa frente, nos fizer entrar pela porta para a eternidade, saberemos segui-Lo sem medo e sem ficar presos a este mundo e a esta vida passageira?
São Pedro, na sua epístola, lembra-nos que nós, ovelhas desgarradas, voltámos agora para «o pastor e guarda» das nossas almas. Mas, quando nos habituamos a outras vozes, mais fáceis e sedutoras, vamos esquecendo o chamamento do verdadeiro Pastor, Jesus Cristo, e tornamo-nos presas fáceis para «o ladrão», que «não vem senão para roubar, matar e destruir», como lembrava o Senhor no evangelho.
Aprendamos a reconhecer a voz de Jesus, o Bom Pastor que vem conduzir e salvar a todos nós que, pelo Baptismo e pelo Espírito Santo, aprendemos a ouvir «o apelo do Senhor nosso Deus», como nos lembrava os Actos dos Apóstolos.
E por Cristo, que nos diz: «Eu sou a porta», aprendamos a entrar na eternidade...
Aleluia! Alegremo-nos em Cristo vivo e presente no meio de nós...
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Sinais da Palavra A Domingo de Páscoa 3
«Não ardia cá dentro o nosso coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?»
E não deve continuar a arder o nosso coração, ao lermos e escutarmos estas mesmas escrituras, esta mesma palavra de Deus, que se faz presente em nossos corações, no caminho que é a nossa vida, em que Jesus é nosso companheiro de jornada, ainda que tantas vezes não o reconheçamos, nem sintamos a sua presença consoladora?
Porque o Senhor ressuscitado vem caminhar connosco, mesmo quando, como os discípulos de Emaús, caminhamos desanimados e sem entender a nossa esperança. E vem-nos fazer ver, fazer descobri-l’O presente, reconhecê-l’O em cada Eucaristia, no partir do pão...
E o próprio Jesus vivo e glorioso vem explicar-nos o imenso valor da vida, vivida em união conSigo, na alegria do «sangue precioso de Cristo, Cordeiro sem defeito e sem mancha», pelo qual fomos resgatados, como lembrava a epístola de São Pedro.
E uma vida que recebemos, pela salvação em Cristo Jesus, que não pode terminar na morte e na corrupção do túmulo, mas «nos caminhos da vida», uma vida para sempre...
Aleluia! Alegremo-nos em Cristo vivo e presente no meio de nós...
E não deve continuar a arder o nosso coração, ao lermos e escutarmos estas mesmas escrituras, esta mesma palavra de Deus, que se faz presente em nossos corações, no caminho que é a nossa vida, em que Jesus é nosso companheiro de jornada, ainda que tantas vezes não o reconheçamos, nem sintamos a sua presença consoladora?
Porque o Senhor ressuscitado vem caminhar connosco, mesmo quando, como os discípulos de Emaús, caminhamos desanimados e sem entender a nossa esperança. E vem-nos fazer ver, fazer descobri-l’O presente, reconhecê-l’O em cada Eucaristia, no partir do pão...
E o próprio Jesus vivo e glorioso vem explicar-nos o imenso valor da vida, vivida em união conSigo, na alegria do «sangue precioso de Cristo, Cordeiro sem defeito e sem mancha», pelo qual fomos resgatados, como lembrava a epístola de São Pedro.
E uma vida que recebemos, pela salvação em Cristo Jesus, que não pode terminar na morte e na corrupção do túmulo, mas «nos caminhos da vida», uma vida para sempre...
Aleluia! Alegremo-nos em Cristo vivo e presente no meio de nós...
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Sinais da Palavra Na beatificação de João Paulo II
«Não tenhais medo! Abri as portas a Cristo!».
Palavras de um homem, vindo de uma Igreja perseguida e silenciada na Polónia, habituado também ele a manter a esperança mesmo no meio das grandes dificuldades... Palavras de Karol Wojtyla, eleito Papa João Paulo II, a 22 de Outubro de 1978, iniciando o seu longo e marcante pontificado...
Um Papa que não ficou confinado ao Vaticano, à espera dos seus fiéis, mas comprendeu a necessidade de tempos em que o Pastor, à imagem do que Jesus lembra no evangelho, vai ao encontro do rebanho, vai anunciar um Jesus próximo, vivo e presente no meio até das comunidades mais afastadas...
Um Papa que soube levar a todos uma palavra especial: aos jovens, a do empenho e da missão de testemunhar; aos países de leste, de onde era oriundo, a do estímulo e a da esperança; às outras religiões, a de paz e de ecumenismo; aos doentes e que sofrem, a do seu próprio exemplo na doença e na dor; a uma sociedade incapaz de perdoar e conviver, a de um Papa que não tem medo de pedir perdão...
E que nos diz: «Que o Evangelho seja o grande critério que guia as opções e os rumos da vossa vida!»...
Palavras de um homem, vindo de uma Igreja perseguida e silenciada na Polónia, habituado também ele a manter a esperança mesmo no meio das grandes dificuldades... Palavras de Karol Wojtyla, eleito Papa João Paulo II, a 22 de Outubro de 1978, iniciando o seu longo e marcante pontificado...
Um Papa que não ficou confinado ao Vaticano, à espera dos seus fiéis, mas comprendeu a necessidade de tempos em que o Pastor, à imagem do que Jesus lembra no evangelho, vai ao encontro do rebanho, vai anunciar um Jesus próximo, vivo e presente no meio até das comunidades mais afastadas...
Um Papa que soube levar a todos uma palavra especial: aos jovens, a do empenho e da missão de testemunhar; aos países de leste, de onde era oriundo, a do estímulo e a da esperança; às outras religiões, a de paz e de ecumenismo; aos doentes e que sofrem, a do seu próprio exemplo na doença e na dor; a uma sociedade incapaz de perdoar e conviver, a de um Papa que não tem medo de pedir perdão...
E que nos diz: «Que o Evangelho seja o grande critério que guia as opções e os rumos da vossa vida!»...
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Sinais da Palavra A Domingo de Páscoa 2
Jesus disse-lhes: «A paz esteja convosco»...
Também nós recebemos a paz do Senhor ressuscitado, do Cristo vivo que vem para dissipar os nossos medos, que vem fortalecer a nossa fé e convidar-nos a descobrir que é Ele essa presença invísivel de serenidade e alegria...
Mas, como é importante que a nossa fé seja renovada, encontre nova força na ressurreição do Senhor, afinal, na nossa própria passagem da morte à vida, da nossa própria vitória sobre a morte em Cristo Jesus. E não sejamos incrédulos, sempre à procura de provas que possamos tocar e sentir, quando as mais verdadeiras estão mesmo à nossa frente, como o próprio Senhor que nos diz: «não sejas incrédulo, mas crente»...
Um crente que, como nos lembra São Pedro, faz parte de uma Igreja onde «sem O terdes visto, vós O amais; sem O ver ainda, acreditais n’Ele»... Uma Igreja que não tem medo de viver a sua alegria, numa esperança inabalável...
Mas, uma Igreja que tem tanto para aprender com a comunidade primitiva de que nos fala os Actos dos Apóstolos. Na participação plena e consciente na Eucaristia e na formação cristã, quando diz: «eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à comunhão fraterna, à fracção do pão e às orações». Na verdadeira caridade e no sentido de serem verdadeiras famílias, ao afirmar: «viviam unidos e tinham tudo em comum»...
E como em Cristo vivo e no meio de nós tem mais sentido chamarmo-nos «irmãos»...
Aleluia! Alegremo-nos em Cristo vivo e presente no meio de nós...
Também nós recebemos a paz do Senhor ressuscitado, do Cristo vivo que vem para dissipar os nossos medos, que vem fortalecer a nossa fé e convidar-nos a descobrir que é Ele essa presença invísivel de serenidade e alegria...
Mas, como é importante que a nossa fé seja renovada, encontre nova força na ressurreição do Senhor, afinal, na nossa própria passagem da morte à vida, da nossa própria vitória sobre a morte em Cristo Jesus. E não sejamos incrédulos, sempre à procura de provas que possamos tocar e sentir, quando as mais verdadeiras estão mesmo à nossa frente, como o próprio Senhor que nos diz: «não sejas incrédulo, mas crente»...
Um crente que, como nos lembra São Pedro, faz parte de uma Igreja onde «sem O terdes visto, vós O amais; sem O ver ainda, acreditais n’Ele»... Uma Igreja que não tem medo de viver a sua alegria, numa esperança inabalável...
Mas, uma Igreja que tem tanto para aprender com a comunidade primitiva de que nos fala os Actos dos Apóstolos. Na participação plena e consciente na Eucaristia e na formação cristã, quando diz: «eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à comunhão fraterna, à fracção do pão e às orações». Na verdadeira caridade e no sentido de serem verdadeiras famílias, ao afirmar: «viviam unidos e tinham tudo em comum»...
E como em Cristo vivo e no meio de nós tem mais sentido chamarmo-nos «irmãos»...
Aleluia! Alegremo-nos em Cristo vivo e presente no meio de nós...
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Sinais da Palavra A Domingo de Páscoa
São Pedro, num discurso inflamado, dizia: «Vós sabeis o que aconteceu...».
E sabemos. E o mundo de hoje precisa de ser recordado que se é Páscoa é porque Jesus ressuscitou! E que a Páscoa é mais do que uma oportunidade de férias, uma reunião das famílias, um voltar às terras de origem, os folares que se dão aos afilhados, ou o som das campainhas que acompanham os compassos que quase sem tempo percorrem as ruas das aldeias...
Porque a Páscoa é esse terceiro dia em que Jesus ressuscita, em que os discípulos, como Pedro e o discípulo amado que correm para o sepulcro, o descobrem vazio e sentem renascer a esperança e a alegria. Porque a Páscoa é essa passagem da morte à Vida, que em Cristo é também a nossa passagem...
E, por isso, olhamos e esperamos também nós essa esperança de eternidade, essa promessa feita realidade de vida sem fim...
E, por isso, o Apóstolo Paulo convida-nos: «se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto»...E como é alta a nossa atitude de quem espera e acredita. E como é eterna essa alegria de saber que somos salvos e que caminhamos para a vida eterna... E como enraizados em Cristo viveremos com verdade a Páscoa...
Aleluia! Alegremo-nos em Cristo vivo e presente no meio de nós...
E sabemos. E o mundo de hoje precisa de ser recordado que se é Páscoa é porque Jesus ressuscitou! E que a Páscoa é mais do que uma oportunidade de férias, uma reunião das famílias, um voltar às terras de origem, os folares que se dão aos afilhados, ou o som das campainhas que acompanham os compassos que quase sem tempo percorrem as ruas das aldeias...
Porque a Páscoa é esse terceiro dia em que Jesus ressuscita, em que os discípulos, como Pedro e o discípulo amado que correm para o sepulcro, o descobrem vazio e sentem renascer a esperança e a alegria. Porque a Páscoa é essa passagem da morte à Vida, que em Cristo é também a nossa passagem...
E, por isso, olhamos e esperamos também nós essa esperança de eternidade, essa promessa feita realidade de vida sem fim...
E, por isso, o Apóstolo Paulo convida-nos: «se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto»...E como é alta a nossa atitude de quem espera e acredita. E como é eterna essa alegria de saber que somos salvos e que caminhamos para a vida eterna... E como enraizados em Cristo viveremos com verdade a Páscoa...
Aleluia! Alegremo-nos em Cristo vivo e presente no meio de nós...
Sinais da Palavra A Vigília Pascal
Nas trevas do desânimo e do cansaço em que vivemos tantas vezes, deixemos que seja a luz de Cristo, luz cheia de esperança e de vida, a iluminar os corações nesta noite em que a Vida vence a morte, em que o sepulcro fica vazio, em que Cristo ressuscita e nos dá a certeza de unidos a Ele também nós um dia ressuscitarmos...
Porque esta é a noite da Luz e da Alegria! Porque esta é a noite da vitória da Vida sobre a morte! Porque esta é a noite de uma Igreja reunida para cantar louvores ao seu Senhor, vivo e presente em todos os corações!
E, desde o princípio da criação do mundo, tudo se encaminha para este momento em que Deus vem reconduzir a Si uma humanidade perdida em si mesma, mas agora libertada, como o povo de Israel do Egipto, e agora é levada para a eternidade. E hoje, o povo não atravessa o mar vermelho, como recordado no livro do Êxodo, mas atravessa a própria morte, em Cristo, a caminho da vida renascida, do espírito que faz reviver, profetizados por Ezequiel.
E São Paulo, escrevendo aos Romanos, vem-nos lembrar como tem um fundamento superior a alegria que hoje inunda a terra: «assim como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova».
E aceitemos o convite do Anjo do Senhor de que nos fala o evangelho de Mateus: «ide depressa dizer aos discípulos: ‘Ele ressuscitou dos mortos’»...
Aleluia! Alegremo-nos em Cristo vivo e presente no meio de nós...
Porque esta é a noite da Luz e da Alegria! Porque esta é a noite da vitória da Vida sobre a morte! Porque esta é a noite de uma Igreja reunida para cantar louvores ao seu Senhor, vivo e presente em todos os corações!
E, desde o princípio da criação do mundo, tudo se encaminha para este momento em que Deus vem reconduzir a Si uma humanidade perdida em si mesma, mas agora libertada, como o povo de Israel do Egipto, e agora é levada para a eternidade. E hoje, o povo não atravessa o mar vermelho, como recordado no livro do Êxodo, mas atravessa a própria morte, em Cristo, a caminho da vida renascida, do espírito que faz reviver, profetizados por Ezequiel.
E São Paulo, escrevendo aos Romanos, vem-nos lembrar como tem um fundamento superior a alegria que hoje inunda a terra: «assim como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova».
E aceitemos o convite do Anjo do Senhor de que nos fala o evangelho de Mateus: «ide depressa dizer aos discípulos: ‘Ele ressuscitou dos mortos’»...
Aleluia! Alegremo-nos em Cristo vivo e presente no meio de nós...
terça-feira, 12 de abril de 2011
Sinais da Palavra Sexta-feira Santa
São belas e significativas as imagens de Cristo na Cruz, de um servo sofredor, que nos apresenta o livro de Isaías: «Ele suportou as nossas enfermidades e tomou sobre si as nossas dores»; «pelas suas chagas fomos curados»; «Maltratado, humilhou-se voluntariamente e não abriu a boca. «Como cordeiro levado ao matadouro, como ovelha muda ante aqueles que a tosquiam, ele não abriu a boca»...
Mas, as imagens de Isaías não pretendem impressionar, nem causar em nós uma piedade que nada mais traz. Pretendem lembrar-nos o valor desta mesma entrega, a força deste «servo» que Se oferece por todos nós, para que as suas feridas curem em nós as feridas do pecado, para que a sua morte vença a nossa própria morte. E mais do que ficarmos com pena diante da Cruz, as palavras do profeta devem provocar em nós o agradecimento e a verdadeira adoração de quem reconhece e aceita, em Cristo, a Salvação...
E como a Cruz, ainda hoje, é uma linguagem de difícil compreensão. Mas, como fala tão fortemente, como o «tudo está consumado», as últimas palavras de Jesus na Cruz, no evangelho de João, ressoam ainda hoje em todos os corações que procuram compreender o que diz a epístola aos Hebreus: «Apesar de ser Filho, aprendeu a obediência no sofrimento»...
E façamos nossas as palavras de quem se entrega, de quem diz: «Pai, em vossas mãos entrego o meu espírito»...
Que o silêncio e a força da Cruz nos levem à Salvação...
Mas, as imagens de Isaías não pretendem impressionar, nem causar em nós uma piedade que nada mais traz. Pretendem lembrar-nos o valor desta mesma entrega, a força deste «servo» que Se oferece por todos nós, para que as suas feridas curem em nós as feridas do pecado, para que a sua morte vença a nossa própria morte. E mais do que ficarmos com pena diante da Cruz, as palavras do profeta devem provocar em nós o agradecimento e a verdadeira adoração de quem reconhece e aceita, em Cristo, a Salvação...
E como a Cruz, ainda hoje, é uma linguagem de difícil compreensão. Mas, como fala tão fortemente, como o «tudo está consumado», as últimas palavras de Jesus na Cruz, no evangelho de João, ressoam ainda hoje em todos os corações que procuram compreender o que diz a epístola aos Hebreus: «Apesar de ser Filho, aprendeu a obediência no sofrimento»...
E façamos nossas as palavras de quem se entrega, de quem diz: «Pai, em vossas mãos entrego o meu espírito»...
Que o silêncio e a força da Cruz nos levem à Salvação...
Sinais da Palavra Quinta-feira Santa
Já não é mais a carne e o sangue dos cordeiros que o povo de Israel oferecia todos os anos, recordando a Páscoa Judaica, cumprindo o mandamento dado a Moisés e a Aarão. Já não é um sacrifício novo todos os anos, celebrado em memória dessa libertação do Egipto.
Mas, como lembra São Paulo, escrevendo à comunidade cristã de Corinto, é o que recebemos do Senhor Jesus que celebramos. E não apenas recordamos, mas celebramos verdadeiramente o que o Senhor realizou, «na noite em que ia ser entregue».
E, sempre que o fazemos, sempre que cumprimos o «fazei isto em memória de Mim», participamos também nós nessa entrega que Jesus faz de Si mesmo a todos os seus discípulos. E é o Seu Corpo e o Seu Sangue que agora recebemos, como memorial perene. E é o único e verdadeiro sacríficio, o da nova e eterna Aliança, do Cordeiro Pascal que celebramos. E, como nos lembra o Apóstolo, «todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciareis a morte do Senhor, até que Ele venha»...
E, porque Ele nos ama até ao fim, no decorrer dessa ceia memorável, deixou-nos o exemplo a seguir: o Mestre que se faz servo, que nos ensina a servir na humildade e na entrega total, de quem «lava os pés» aos seus irmãos, de quem ama como Ele nos ama...
Recebamos, também nós, esse Amor que se faz entrega no Seu Corpo e no Seu Sangue...
Mas, como lembra São Paulo, escrevendo à comunidade cristã de Corinto, é o que recebemos do Senhor Jesus que celebramos. E não apenas recordamos, mas celebramos verdadeiramente o que o Senhor realizou, «na noite em que ia ser entregue».
E, sempre que o fazemos, sempre que cumprimos o «fazei isto em memória de Mim», participamos também nós nessa entrega que Jesus faz de Si mesmo a todos os seus discípulos. E é o Seu Corpo e o Seu Sangue que agora recebemos, como memorial perene. E é o único e verdadeiro sacríficio, o da nova e eterna Aliança, do Cordeiro Pascal que celebramos. E, como nos lembra o Apóstolo, «todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciareis a morte do Senhor, até que Ele venha»...
E, porque Ele nos ama até ao fim, no decorrer dessa ceia memorável, deixou-nos o exemplo a seguir: o Mestre que se faz servo, que nos ensina a servir na humildade e na entrega total, de quem «lava os pés» aos seus irmãos, de quem ama como Ele nos ama...
Recebamos, também nós, esse Amor que se faz entrega no Seu Corpo e no Seu Sangue...
Sinais da Palavra A Domingo de Ramos
A obediência até à Cruz... São Paulo, na sua carta aos Filipenses, lembra que Jesus «aparecendo como homem, humilhou-Se ainda mais, obedecendo até à morte e morte de cruz». Uma obediência voluntária, porque é conscientemente e de livre vontade que Ele se oferece, morrendo na cruz, para a todos salvar... Uma obediência que vem resgatar todas as nossas desobediências, todos os nossos pecados, para que sejamos algo imensamente maior: filhos de Deus salvos pelo próprio Filho que se entrega em nossas mãos...
São Mateus, no relato da Paixão que faz no seu evangelho, salienta como em Jesus se cumpre tudo o que anteriormente fora anunciado e predito, no Antigo Testamento. E na Cruz, surge uma Nova Aliança, que não precisa de ser renovada nem se pode desfazer, e um novo povo, ao qual todos são chamados mediante a fé e a aceitação de Jesus como o verdadeiro Filho de Deus, como dirão o centurião e os soldados romanos.
E a multidão, que O acompanhava triunfalmente na entrada messiânica em Jerusalém, respondendo: «É Jesus, o profeta de Nazaré da Galileia», e O abandona no sofrimento e desconcerto da Cruz, é convidada a fazer esta caminhada de quem acredita no Filho de Deus que morre para nos salvar...
Com Cristo, caminhemos rumo à Páscoa...
São Mateus, no relato da Paixão que faz no seu evangelho, salienta como em Jesus se cumpre tudo o que anteriormente fora anunciado e predito, no Antigo Testamento. E na Cruz, surge uma Nova Aliança, que não precisa de ser renovada nem se pode desfazer, e um novo povo, ao qual todos são chamados mediante a fé e a aceitação de Jesus como o verdadeiro Filho de Deus, como dirão o centurião e os soldados romanos.
E a multidão, que O acompanhava triunfalmente na entrada messiânica em Jerusalém, respondendo: «É Jesus, o profeta de Nazaré da Galileia», e O abandona no sofrimento e desconcerto da Cruz, é convidada a fazer esta caminhada de quem acredita no Filho de Deus que morre para nos salvar...
Com Cristo, caminhemos rumo à Páscoa...
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Sinais da Palavra A Quaresma 5
Quando todos tomamos a morte como certa e a vamos sentindo mais próxima a cada dia, ao passar do tempo, só a nossa esperança na ressurreição e na vida sem fim nos pode confortar e encorajar...
Mas, a nossa esperança não é infundada, nem pode ser esquecida, em especial nos momentos em que somos confrontados com a morte dos que nos são mais próximos. E como nos confortam as lágrimas humanas de um Jesus emocionado com a morte do seu amigo Lázaro, com o sofrimento das suas irmãs Marta e Maria, que lhe repetem: «Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido»...
Mas, como devemos procurar o conforto das suas palavras, a certeza de vida que delas também nós poderemos retirar: «Eu sou a ressurreição e a vida”. Quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido viverá: e todo aquele que vive e acredita em Mim, nunca morrerá.»
Porque, como lembrava o apóstolo Paulo, «Ele também dará vida aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós». Esse mesmo espírito que Deus nos prometera na profecia de Ezequiel, ao dizer: «Infundirei em vós o meu espírito e revivereis».
Portanto, é para a Vida que caminhamos, não para a morte. Porque é Jesus, o Senhor da Vida, que, como a Lázaro, nos chama para a vida eterna e nos convida a viver nessa imensa esperança...
Com Cristo, caminhemos rumo à Páscoa...
Um desafio que nos deixa a palavra, esta semana: Reaprender a esperança e tomar atitudes de vida, não de morte. Refazer algo na nossa vida e lutar por aquilo em que acreditamos.
Mas, a nossa esperança não é infundada, nem pode ser esquecida, em especial nos momentos em que somos confrontados com a morte dos que nos são mais próximos. E como nos confortam as lágrimas humanas de um Jesus emocionado com a morte do seu amigo Lázaro, com o sofrimento das suas irmãs Marta e Maria, que lhe repetem: «Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido»...
Mas, como devemos procurar o conforto das suas palavras, a certeza de vida que delas também nós poderemos retirar: «Eu sou a ressurreição e a vida”. Quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido viverá: e todo aquele que vive e acredita em Mim, nunca morrerá.»
Porque, como lembrava o apóstolo Paulo, «Ele também dará vida aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós». Esse mesmo espírito que Deus nos prometera na profecia de Ezequiel, ao dizer: «Infundirei em vós o meu espírito e revivereis».
Portanto, é para a Vida que caminhamos, não para a morte. Porque é Jesus, o Senhor da Vida, que, como a Lázaro, nos chama para a vida eterna e nos convida a viver nessa imensa esperança...
Com Cristo, caminhemos rumo à Páscoa...
Um desafio que nos deixa a palavra, esta semana: Reaprender a esperança e tomar atitudes de vida, não de morte. Refazer algo na nossa vida e lutar por aquilo em que acreditamos.
quarta-feira, 30 de março de 2011
Sinais da Palavra A Quaresma 4
«Deus não vê como o homem; o homem olha às aparências, o Senhor vê o coração»...
Como é importante aprendermos a ver, curarmos as cegueiras de quem apenas vê o que parece de quem não procura olhar com os olhos do coração.
E como tanto mudaria, se primeiro mudasse a forma como olhamos, como procuramos ver as coisas e os outros, se o nosso olhar fosse diferente, mais limpo, mais purificado, mais cheio de luz...
É esse o desafio que encontramos nas palavras de São Paulo, que nos dizem: «vivei como filhos da luz», essa mesma luz que em nós brilha desde o dia do nosso Baptismo, aquela chama da fé acesa que não mais se pode apagar.
E foi essa mesma fé que Jesus quis acender no cego de nascença curado, depois de uma caminhada de descoberta que ele mesmo fez sobre Aquele que lhe tinha recuperado a vista, até dizer: «Se Ele não viesse de Deus, nada podia fazer».
Mas, esta caminhada de fé, esta descoberta da verdadeira Luz que permite ao homem ver de verdade, não fica completa sem o encontro pessoal e único com Jesus. Porque Ele nos vem ensinar a abrir os olhos e ver, com esperança e fé. Porque é na Luz, que é Ele mesmo, que conseguimos ver...
E, assim, vendo de verdade, poderemos também nós dizer: «Eu creio, Senhor»...
Com Cristo, caminhemos rumo à Páscoa...
Um desafio que nos deixa a palavra, esta semana: Aprender a ver com olhos de esperança. Purificar a forma como vemos o mundo e como o vamos mostrando aos outros
Como é importante aprendermos a ver, curarmos as cegueiras de quem apenas vê o que parece de quem não procura olhar com os olhos do coração.
E como tanto mudaria, se primeiro mudasse a forma como olhamos, como procuramos ver as coisas e os outros, se o nosso olhar fosse diferente, mais limpo, mais purificado, mais cheio de luz...
É esse o desafio que encontramos nas palavras de São Paulo, que nos dizem: «vivei como filhos da luz», essa mesma luz que em nós brilha desde o dia do nosso Baptismo, aquela chama da fé acesa que não mais se pode apagar.
E foi essa mesma fé que Jesus quis acender no cego de nascença curado, depois de uma caminhada de descoberta que ele mesmo fez sobre Aquele que lhe tinha recuperado a vista, até dizer: «Se Ele não viesse de Deus, nada podia fazer».
Mas, esta caminhada de fé, esta descoberta da verdadeira Luz que permite ao homem ver de verdade, não fica completa sem o encontro pessoal e único com Jesus. Porque Ele nos vem ensinar a abrir os olhos e ver, com esperança e fé. Porque é na Luz, que é Ele mesmo, que conseguimos ver...
E, assim, vendo de verdade, poderemos também nós dizer: «Eu creio, Senhor»...
Com Cristo, caminhemos rumo à Páscoa...
Um desafio que nos deixa a palavra, esta semana: Aprender a ver com olhos de esperança. Purificar a forma como vemos o mundo e como o vamos mostrando aos outros
quarta-feira, 23 de março de 2011
Sinais da Palavra A Quaresma 3
Afinal, que sede sentimos nós? O que procuramos com afinco e dedicação no nosso dia-a-dia?
Por vezes, como o povo de Israel, mesmo libertos, continuamos presos ao passado, ao que já vivemos, a falsas seguranças de tempos em que parecíamos ter tudo... E revoltamo-nos com facilidade. E reclamamos com um Deus que nos faz olhar em frente e aceitar o desafio de O seguir pelos caminhos de vida, não de passado. E fechamos o nosso coração, apesar de nele estar «a esperança que não engana», «o amor de Deus... derramado... pelo Espírito Santo que nos foi dado»...
E foi a sede desta água viva, deste saciar em Deus, desta esperança que não engana e faz procurar a eternidade, que Jesus fez descobrir à samaritana, àquela mulher a quem pede «dá-Me de beber», mas a quem dá muito mais, uma fé verdadeira, uma missão de anúncio junto dos seus, a certeza de ter descoberto o Messias.
E à samaritana, como a nós hoje, Jesus lembra que é «em espírito e verdade» que procuramos Deus, que n’Ele saciamos esta sede de plenitude e de vida que existe em nós e que, tal como os samaritanos alertados por aquela mulher, também nós devemos ir ao Seu encontro, ao encontro deste Cristo que sempre caminha ao nosso lado.
E no meio de tantas inquietações e de tantas «necessidades» a que vamos prendendo a nossa vida diária, poder dizer em verdade como Jesus: «o meu Alimento é fazer a vontade d’Aquele que me enviou e realizar a sua obra»...
Com Cristo, caminhemos rumo à Páscoa...
Um desafio que nos deixa a palavra, esta semana: reaprender a conversar, verdadeiramente, em sentido de encontro, primeiro com Deus e depois com os irmãos...
Por vezes, como o povo de Israel, mesmo libertos, continuamos presos ao passado, ao que já vivemos, a falsas seguranças de tempos em que parecíamos ter tudo... E revoltamo-nos com facilidade. E reclamamos com um Deus que nos faz olhar em frente e aceitar o desafio de O seguir pelos caminhos de vida, não de passado. E fechamos o nosso coração, apesar de nele estar «a esperança que não engana», «o amor de Deus... derramado... pelo Espírito Santo que nos foi dado»...
E foi a sede desta água viva, deste saciar em Deus, desta esperança que não engana e faz procurar a eternidade, que Jesus fez descobrir à samaritana, àquela mulher a quem pede «dá-Me de beber», mas a quem dá muito mais, uma fé verdadeira, uma missão de anúncio junto dos seus, a certeza de ter descoberto o Messias.
E à samaritana, como a nós hoje, Jesus lembra que é «em espírito e verdade» que procuramos Deus, que n’Ele saciamos esta sede de plenitude e de vida que existe em nós e que, tal como os samaritanos alertados por aquela mulher, também nós devemos ir ao Seu encontro, ao encontro deste Cristo que sempre caminha ao nosso lado.
E no meio de tantas inquietações e de tantas «necessidades» a que vamos prendendo a nossa vida diária, poder dizer em verdade como Jesus: «o meu Alimento é fazer a vontade d’Aquele que me enviou e realizar a sua obra»...
Com Cristo, caminhemos rumo à Páscoa...
Um desafio que nos deixa a palavra, esta semana: reaprender a conversar, verdadeiramente, em sentido de encontro, primeiro com Deus e depois com os irmãos...
quarta-feira, 16 de março de 2011
Sinais da Palavra A Quaresma 2
Para encontrar a luz, para sentir a presença reconfortante e apaziguadora de Jesus transfigurado, é necessário desinstalar-se, não ficar acomodado, mas partir tantas vezes sem saber para onde, como Abraão, ou estar preparado para subir ao monte, buscando o mais alto em nós, como Pedro, Tiago e João.
E sentir a esperança que nos vem desse rosto cheio de luz, cheio de vida sem fim, que Jesus nos mostra, nos dá a conhecer, até ao ponto de dizermos como Pedro: «Senhor, como é bom estarmos aqui!»...
E procurar cumprir o convite da voz do Pai, do meio da nuvem luminosa, o convite a escutar o Filho muito amado, a fazer da escuta da sua Palavra, força que nos é dada nas caminhadas da vida, alimento, como nos era lembrado na semana passada...
Mas, não podemos ficar no cimo do monte, nem ficar sempre a olhar para o rosto transfigurado de Cristo. Porque é necessário descer para a vida, para o caminho da Cruz, dando força e transfigurando o nosso próprio rosto e o daqueles que connosco caminham. Porque é necessário caminhar, com essa mesma luz e força no coração, mas caminhar pelas missões que nos são dadas na vida...
Ainda que para isso seja necessário, como lembrava São Paulo a Timóteo, sofrer «pelo Evangelho, apoiado na força de Deus». Mas um sofrer que se faz luz, porque Cristo «destruiu a morte e fez brilhar a vida e a imortalidade»...
Com Cristo, caminhemos rumo à Páscoa...
Um desafio que nos deixa a palavra, esta semana: mostrar um rosto transfigurado, mais sereno e confiante ao longo da semana...
E sentir a esperança que nos vem desse rosto cheio de luz, cheio de vida sem fim, que Jesus nos mostra, nos dá a conhecer, até ao ponto de dizermos como Pedro: «Senhor, como é bom estarmos aqui!»...
E procurar cumprir o convite da voz do Pai, do meio da nuvem luminosa, o convite a escutar o Filho muito amado, a fazer da escuta da sua Palavra, força que nos é dada nas caminhadas da vida, alimento, como nos era lembrado na semana passada...
Mas, não podemos ficar no cimo do monte, nem ficar sempre a olhar para o rosto transfigurado de Cristo. Porque é necessário descer para a vida, para o caminho da Cruz, dando força e transfigurando o nosso próprio rosto e o daqueles que connosco caminham. Porque é necessário caminhar, com essa mesma luz e força no coração, mas caminhar pelas missões que nos são dadas na vida...
Ainda que para isso seja necessário, como lembrava São Paulo a Timóteo, sofrer «pelo Evangelho, apoiado na força de Deus». Mas um sofrer que se faz luz, porque Cristo «destruiu a morte e fez brilhar a vida e a imortalidade»...
Com Cristo, caminhemos rumo à Páscoa...
Um desafio que nos deixa a palavra, esta semana: mostrar um rosto transfigurado, mais sereno e confiante ao longo da semana...
sexta-feira, 11 de março de 2011
Sinais da Palavra A Quaresma 1
Como é importante aceitar e viver a vinda do Filho de Deus, que se faz Homem, para que os homens se tornem filhos de Deus...
Por um só Homem, Jesus Cristo, como a ingratidão humana foi vencida, como o pecado foi perdoado, como a criação foi restabelecida na sua amizade com o Criador. Por um só... para todos e por todos. Um que Se oferece e dá a vida, para que todos regressem à vida...
E reconhecer que também hoje, tantas vezes, vence a tentação do pecado e, como Adão e Eva, nos sentimos nus e envergonhados perante as nossas próprias vidas... E «cobrir» esse pecado, não retira essa vergonha, essa sensação de falha e pequenez perante o imenso amor de nos sentirmos criados para tanto mais do que para a desobediência... E a verdade do dizer e sentir: «pecámos, Senhor, tende compaixão de nós».
Mas, para que sintamos que a tentação humana pode ser vencida, também Jesus, no evangelho, nos mostra que a nossa vida é tanto mais do que os «alimentos» deste mundo, nem só os do corpo, é tanto mais do que o estar à espera de «milagres» e espectáculos, em nosso benefício, é tanto mais do que o desejo de poder ou do que os «falsos deuses» que vamos criando e adorando...
Ao vencer as tentações, o Senhor diz-nos que também nós as podemos vencer, pela Palavra e pela força de Deus em nós. Basta acreditar, aceitar essa força e vivê-la...
Com Cristo, caminhemos rumo à Páscoa...
Um desafio que nos deixa a palavra, esta semana: descobrir também, em nós, as tentações que sentimos no dia-a-dia e procurar a forma de as vencer...
Por um só Homem, Jesus Cristo, como a ingratidão humana foi vencida, como o pecado foi perdoado, como a criação foi restabelecida na sua amizade com o Criador. Por um só... para todos e por todos. Um que Se oferece e dá a vida, para que todos regressem à vida...
E reconhecer que também hoje, tantas vezes, vence a tentação do pecado e, como Adão e Eva, nos sentimos nus e envergonhados perante as nossas próprias vidas... E «cobrir» esse pecado, não retira essa vergonha, essa sensação de falha e pequenez perante o imenso amor de nos sentirmos criados para tanto mais do que para a desobediência... E a verdade do dizer e sentir: «pecámos, Senhor, tende compaixão de nós».
Mas, para que sintamos que a tentação humana pode ser vencida, também Jesus, no evangelho, nos mostra que a nossa vida é tanto mais do que os «alimentos» deste mundo, nem só os do corpo, é tanto mais do que o estar à espera de «milagres» e espectáculos, em nosso benefício, é tanto mais do que o desejo de poder ou do que os «falsos deuses» que vamos criando e adorando...
Ao vencer as tentações, o Senhor diz-nos que também nós as podemos vencer, pela Palavra e pela força de Deus em nós. Basta acreditar, aceitar essa força e vivê-la...
Com Cristo, caminhemos rumo à Páscoa...
Um desafio que nos deixa a palavra, esta semana: descobrir também, em nós, as tentações que sentimos no dia-a-dia e procurar a forma de as vencer...
quarta-feira, 2 de março de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 9
Não basta conhecer, é preciso praticar...
Não basta dizer: «Senhor, Senhor», reconhecendo em Jesus a Salvação, mas é preciso segui-Lo, viver essa mesma salvação no dia-a-dia, construir a vida sobre alicerces fortes de quem olha e percorre o caminho da eternidade...
Essa mesma certeza nos é lembrada pelo Senhor Jesus no evangelho, na imagem das duas casas construídas, uma sobre a areia e outra sobre a rocha.
Porque o importante aqui é a tranquilidade e a segurança com que vamos fundamentando a nossa caminhada, sobre atitudes firmes e uma forma de viver baseada numa palavra que liberta, mas que fazemos nossa vida concreta.
E porque há um princípio que não se perde, uma linha condutora que não se deixa abater, mas que se faz caminho de bênção, nas palavras do Deuteronómio, podem vir todas as tempestades, todas as crises e incertezas, todas as dificuldades e contrariedades, que a vontade de seguir Jesus, de viver a novidade da Sua Palavra, de com Ele percorrer nesta vida o caminho de eternidade não se perderá, não cairá...
E a nossa vida permanecerá firme, não de uma firmeza oscilante e sempre em mudança deste mundo, ao sabor de ventos e marés, mas da força de uma mensagem, de uma salvação que não perde o seu vigor, porque Cristo é o nosso verdadeiro refúgio...
Que o Senhor a todos abençoe...
Não basta dizer: «Senhor, Senhor», reconhecendo em Jesus a Salvação, mas é preciso segui-Lo, viver essa mesma salvação no dia-a-dia, construir a vida sobre alicerces fortes de quem olha e percorre o caminho da eternidade...
Essa mesma certeza nos é lembrada pelo Senhor Jesus no evangelho, na imagem das duas casas construídas, uma sobre a areia e outra sobre a rocha.
Porque o importante aqui é a tranquilidade e a segurança com que vamos fundamentando a nossa caminhada, sobre atitudes firmes e uma forma de viver baseada numa palavra que liberta, mas que fazemos nossa vida concreta.
E porque há um princípio que não se perde, uma linha condutora que não se deixa abater, mas que se faz caminho de bênção, nas palavras do Deuteronómio, podem vir todas as tempestades, todas as crises e incertezas, todas as dificuldades e contrariedades, que a vontade de seguir Jesus, de viver a novidade da Sua Palavra, de com Ele percorrer nesta vida o caminho de eternidade não se perderá, não cairá...
E a nossa vida permanecerá firme, não de uma firmeza oscilante e sempre em mudança deste mundo, ao sabor de ventos e marés, mas da força de uma mensagem, de uma salvação que não perde o seu vigor, porque Cristo é o nosso verdadeiro refúgio...
Que o Senhor a todos abençoe...
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 8
Inquietos, sempre a correr de um lado para o outro, sempre preocupados com tantas coisas...
Como se o peso do próprio mundo estivesse sobre os nossos ombros... E o nosso valor se medisse pelo muito que vamos tendo, pelas coisas passageiras a que damos tanta importância, a que nos apraz chamar «nossas», quando nunca as possuímos verdadeiramente e tão rápido desaparecem...
E assim, tão ocupados e preocupados, esquecemo-nos tanto do que realmente importa... E mesmo assim, mesmo perante uma imagem que hoje é cada vez mais frequente de mães que «esquecem» os seus filhos, a promessa do Senhor, anunciada por Isaías, mantém-se: «Eu não te esquecerei»!
E, na pressa do servirmo-nos a nós próprios, na ânsia do ter sempre mais e melhor, esquecemos Aquele que nos ensina a servir, que nos veio ensinar a ser, à sua imagem, que nos dá tanto, mesmo quando nós não o notamos ou agradecemos sequer...
E é o próprio Jesus, que nos ensina a ter esta mesma atitude de desprendimento e abandono, quando nos diz, no evangelho: «procurai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais vos será dado por acréscimo»...
E, se a nossa vida tem um valor incalculável, algo a que nunca poderíamos colocar um preço, lembremos que também ela não nos pertence verdadeiramente e que um dia a entregaremos a Quem no-la deu inicialmente...
Somos, por isso, como lembra São Paulo, «administradores dos mistérios de Deus», a quem se pede «que sejam fiéis»...
Que o Senhor a todos abençoe...
Como se o peso do próprio mundo estivesse sobre os nossos ombros... E o nosso valor se medisse pelo muito que vamos tendo, pelas coisas passageiras a que damos tanta importância, a que nos apraz chamar «nossas», quando nunca as possuímos verdadeiramente e tão rápido desaparecem...
E assim, tão ocupados e preocupados, esquecemo-nos tanto do que realmente importa... E mesmo assim, mesmo perante uma imagem que hoje é cada vez mais frequente de mães que «esquecem» os seus filhos, a promessa do Senhor, anunciada por Isaías, mantém-se: «Eu não te esquecerei»!
E, na pressa do servirmo-nos a nós próprios, na ânsia do ter sempre mais e melhor, esquecemos Aquele que nos ensina a servir, que nos veio ensinar a ser, à sua imagem, que nos dá tanto, mesmo quando nós não o notamos ou agradecemos sequer...
E é o próprio Jesus, que nos ensina a ter esta mesma atitude de desprendimento e abandono, quando nos diz, no evangelho: «procurai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais vos será dado por acréscimo»...
E, se a nossa vida tem um valor incalculável, algo a que nunca poderíamos colocar um preço, lembremos que também ela não nos pertence verdadeiramente e que um dia a entregaremos a Quem no-la deu inicialmente...
Somos, por isso, como lembra São Paulo, «administradores dos mistérios de Deus», a quem se pede «que sejam fiéis»...
Que o Senhor a todos abençoe...
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 7
Como é difícil e exigente o desafio que o Senhor nos deixa. Como ele nos desinstala da nossa forma cómoda de ver o mundo, de pensar as nossas relações com os outros, apenas com aqueles de quem gostamos, de nos julgarmos o «centro» do nosso próprio mundo...
«Sede santos, porque Eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo», diz o livro do Levítico. E dá pistas concretas para essa santidade: «Não odiarás...não te vingarás, nem guardarás rancor... amarás o teu próximo como a ti mesmo.»
E o Senhor, no evangelho, levanta de tal modo a fasquia que para muitos cristãos as suas palavras continuam hoje a parecer impossíveis: o dar a outra face a quem bate, o dar o manto a quem nos quer tirar a túnica, o dar e emprestar sempre...
E ficamos presos a essa suposta «impossibilidade» e com ela nos desculpamos... E ouvimos e pensamos num perdão que é incapaz de esquecer e está sempre muito pronto para a vingança na primeira oportunidade que lhe surgir. E até nos aspectos mais sociais, damos na medida apenas do que recebemos...
E Jesus lembra que a perfeição, aquela que recebemos de Deus pelo Baptismo, vai além do dar a quem também nos dá, do amar apenas aqueles que nos amam, ou aqueles que nos é conveniente amar, do saudar apenas os irmãos e amigos...
Esta é a sabedoria de um mundo, onde cada vez mais, é cada um por si. Mas, São Paulo lembra que a sabedoria do mundo não é a nossa, a dos cristãos, a dos que querem imitar Jesus Cristo nessa nova e desmedida forma de amar. E diz-nos. «Tudo é vosso, mas vós sois de Cristo, e Cristo é de Deus».
Que o Senhor a todos abençoe...
«Sede santos, porque Eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo», diz o livro do Levítico. E dá pistas concretas para essa santidade: «Não odiarás...não te vingarás, nem guardarás rancor... amarás o teu próximo como a ti mesmo.»
E o Senhor, no evangelho, levanta de tal modo a fasquia que para muitos cristãos as suas palavras continuam hoje a parecer impossíveis: o dar a outra face a quem bate, o dar o manto a quem nos quer tirar a túnica, o dar e emprestar sempre...
E ficamos presos a essa suposta «impossibilidade» e com ela nos desculpamos... E ouvimos e pensamos num perdão que é incapaz de esquecer e está sempre muito pronto para a vingança na primeira oportunidade que lhe surgir. E até nos aspectos mais sociais, damos na medida apenas do que recebemos...
E Jesus lembra que a perfeição, aquela que recebemos de Deus pelo Baptismo, vai além do dar a quem também nos dá, do amar apenas aqueles que nos amam, ou aqueles que nos é conveniente amar, do saudar apenas os irmãos e amigos...
Esta é a sabedoria de um mundo, onde cada vez mais, é cada um por si. Mas, São Paulo lembra que a sabedoria do mundo não é a nossa, a dos cristãos, a dos que querem imitar Jesus Cristo nessa nova e desmedida forma de amar. E diz-nos. «Tudo é vosso, mas vós sois de Cristo, e Cristo é de Deus».
Que o Senhor a todos abençoe...
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 6
A nossa educação, a forma como vamos vivendo hoje, não é apenas resultado do que aprendemos outrora, do que nos disseram os nossos pais e os nossos avós aquando da nossa infância. Mas é também fruto do que nós próprios fomos descobrindo, das experiências e suas conclusões, de um avançar que é sempre preciso.
Jesus dizia no evangelho: «Ouvistes que foi dito aos antigos... eu porém digo-vos...» e fazia-nos sentir que não basta o não matar, mas é preciso também não ofender o irmão, a quem devemos perdoar as ofensas que nos faz (não apenas as que nós lhe fazemos); e convidava-nos a descobrir que não basta o não cometer adultério, mas é preciso olhar os outros com pureza e sem más intenções; a pensar que não basta não faltar ao juramento, mas que é melhor não jurar de todo e ter uma linguagem e postura de verdade...
E como nos impressiona aquela imagem que Ele nos propõe de deixarmos a oferta a Deus diante do altar para nos irmos reconciliar com o irmão que tem alguma coisa contra nós...
É todo este caminho de evolução no amor, na forma de viver com os irmãos e com Deus, que o Espírito Santo nos vai revelando, como lembrava São Paulo. Um caminho não intelectual, não apenas de sabedoria, mas real, que se faz vida concreta...
Até porque isso só depende da nossa vontade, como dizia o livro de Ben-Sirá: «ser fiel depende da tua vontade». Cabe-nos a nós, em cada dia, estender a mão para o fogo ou para a água, ou, de outra forma, para o bem ou para o mal...
Que o Senhor a todos abençoe...
Jesus dizia no evangelho: «Ouvistes que foi dito aos antigos... eu porém digo-vos...» e fazia-nos sentir que não basta o não matar, mas é preciso também não ofender o irmão, a quem devemos perdoar as ofensas que nos faz (não apenas as que nós lhe fazemos); e convidava-nos a descobrir que não basta o não cometer adultério, mas é preciso olhar os outros com pureza e sem más intenções; a pensar que não basta não faltar ao juramento, mas que é melhor não jurar de todo e ter uma linguagem e postura de verdade...
E como nos impressiona aquela imagem que Ele nos propõe de deixarmos a oferta a Deus diante do altar para nos irmos reconciliar com o irmão que tem alguma coisa contra nós...
É todo este caminho de evolução no amor, na forma de viver com os irmãos e com Deus, que o Espírito Santo nos vai revelando, como lembrava São Paulo. Um caminho não intelectual, não apenas de sabedoria, mas real, que se faz vida concreta...
Até porque isso só depende da nossa vontade, como dizia o livro de Ben-Sirá: «ser fiel depende da tua vontade». Cabe-nos a nós, em cada dia, estender a mão para o fogo ou para a água, ou, de outra forma, para o bem ou para o mal...
Que o Senhor a todos abençoe...
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 5
Afinal, somos convidados pelo Senhor a ser sal e a ser luz...
Mas, como ser sal, se vivemos a nossa vida na rotina do dia-a-dia, sem qualquer sabor para nós e para os outros, deixando-nos levar pelas correntes, sem escolhas, sem caminhos certos, sem um rumo?
Salgar a nossa vida, ou melhor, ser sal é espalhar a nossa volta o bom sabor de quem vive em Cristo e se deixa guiar por Ele, de quem testemunha esse imenso «sabor» que traz em si, partilhando-o...
E como ser luz, se não a deixamos brilhar em nós, se nos afastamos dela, se continuamos a preferir as certezas de trevas que não nos incomodam aparentemente, que nos deixam aquietados em falsas verdades e modos de vida incertos e sem compromissos, sem que a nada nos obriguem?
«Brilhe a vossa luz, diante dos homens, para que vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus», dizia o Senhor no evangelho. E Isaías dava-nos conselhos muito práticos para a pôr a brilhar: «reparte o teu pão com o faminto, dá pousada aos pobres sem abrigo, leva roupa ao que não tem que vestir e não voltes as costas ao teu semelhante»...
Afinal, como lembrava São Paulo, não é necessária uma grande inteligência humana para compreender tudo isto, basta a vontade de quem o quer seguir, deixando-se guiar pelo Espírito de Amor...
Que o Senhor a todos abençoe...
Mas, como ser sal, se vivemos a nossa vida na rotina do dia-a-dia, sem qualquer sabor para nós e para os outros, deixando-nos levar pelas correntes, sem escolhas, sem caminhos certos, sem um rumo?
Salgar a nossa vida, ou melhor, ser sal é espalhar a nossa volta o bom sabor de quem vive em Cristo e se deixa guiar por Ele, de quem testemunha esse imenso «sabor» que traz em si, partilhando-o...
E como ser luz, se não a deixamos brilhar em nós, se nos afastamos dela, se continuamos a preferir as certezas de trevas que não nos incomodam aparentemente, que nos deixam aquietados em falsas verdades e modos de vida incertos e sem compromissos, sem que a nada nos obriguem?
«Brilhe a vossa luz, diante dos homens, para que vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus», dizia o Senhor no evangelho. E Isaías dava-nos conselhos muito práticos para a pôr a brilhar: «reparte o teu pão com o faminto, dá pousada aos pobres sem abrigo, leva roupa ao que não tem que vestir e não voltes as costas ao teu semelhante»...
Afinal, como lembrava São Paulo, não é necessária uma grande inteligência humana para compreender tudo isto, basta a vontade de quem o quer seguir, deixando-se guiar pelo Espírito de Amor...
Que o Senhor a todos abençoe...
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 4
Espanta-nos a linguagem das Bem-aventuranças. Parece tão difícil imaginar os pobres, os humildes, os que choram, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os que promovem a paz, os que são perseguidos, como os bem-aventurados, os felizes...
Sim, porque também hoje, a grande promessa feita de tantas formas e feitios, a grande procura de uma humanidade perdida em caminhos tão diferentes é a da felicidade. O ser feliz, ainda que as formas de o propor ou alcançar sejam tão díspares do resultado pretendido. Ou que essas supostas «felicidades» sejam tão breves e passageiras...
Mas, ainda assim, o mundo de hoje não tem tempo para parar e pensar numa felicidade que não é para agora, que é para um futuro que nem se sabe bem se existirá. E ainda para mais uma felicidade que é dirigida para os mais fracos, para os menos inteligentes, para os mais esquecidos.
Como São Paulo lembrava, é para esses que Deus fala com predilecção. Porque a verdadeira glória não pode estar senão no Senhor. Porque são os mais humildes que Deus protege.
Então, sim, serão também esses que mais procuram e querem escutar essa voz de felicidade, de bem-aventuranças de um Deus que lhes fala e lhes promete um Reino dos Céus, que está já no meio de nós, nos seus corações abertos para o acolher.
E serão, desde já felizes, porque sabem o que procuram, porque acolhem esse Deus de Amor, porque a Boa Nova de um evangelho feito vida é para si...
Que o Senhor a todos abençoe...
Sim, porque também hoje, a grande promessa feita de tantas formas e feitios, a grande procura de uma humanidade perdida em caminhos tão diferentes é a da felicidade. O ser feliz, ainda que as formas de o propor ou alcançar sejam tão díspares do resultado pretendido. Ou que essas supostas «felicidades» sejam tão breves e passageiras...
Mas, ainda assim, o mundo de hoje não tem tempo para parar e pensar numa felicidade que não é para agora, que é para um futuro que nem se sabe bem se existirá. E ainda para mais uma felicidade que é dirigida para os mais fracos, para os menos inteligentes, para os mais esquecidos.
Como São Paulo lembrava, é para esses que Deus fala com predilecção. Porque a verdadeira glória não pode estar senão no Senhor. Porque são os mais humildes que Deus protege.
Então, sim, serão também esses que mais procuram e querem escutar essa voz de felicidade, de bem-aventuranças de um Deus que lhes fala e lhes promete um Reino dos Céus, que está já no meio de nós, nos seus corações abertos para o acolher.
E serão, desde já felizes, porque sabem o que procuram, porque acolhem esse Deus de Amor, porque a Boa Nova de um evangelho feito vida é para si...
Que o Senhor a todos abençoe...
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 3
Somos nós hoje, «o povo que vivia nas trevas» e que é convidado a descobrir em Cristo uma grande luz. Mas não uma luz qualquer, mas essa luz que vem libertar, que vem dar alento, que vem levantar da morte e da tristeza, que vem dar alegria...
Uma luz forte e intensa, que vem brilhar para todos os que a acolhem. Uma luz que se levanta, mas que também nos levanta a nós para Deus, Luz que é a própria presença de Deus no meio de nós.
Uma luz pessoal, para cada um de nós, como somos convidados a reflectir e a sentir no refrão do salmo, quando dizemos: «O Senhor é minha luz e minha salvação»...
Mas, uma luz, Jesus Cristo, que é também um convite constante à conversão, à mudança de vida, a um sentir mais próximo este mesmo Reino de Deus que Ele nos traz, como o Senhor Jesus pregava no evangelho, ao dizer: «Arrependei-vos, porque o Reino de Deus está próximo»...
E precisamos, também na Igreja de hoje, de acertar agulhas e acções. Não somos todos do mesmo Cristo? Não foi por todos nós que o Senhor entregou a sua vida, morrendo na Cruz para nos salvar? Não foi no mesmo Senhor Jesus que recebemos todos o Baptismo? Ouçamos São Paulo que nos diz: «que faleis todos a mesma linguagem e que não haja divisões entre vós».
Então, onde o Senhor quer unir, não criemos nós divisões...
Que o Senhor a todos abençoe...
Uma luz forte e intensa, que vem brilhar para todos os que a acolhem. Uma luz que se levanta, mas que também nos levanta a nós para Deus, Luz que é a própria presença de Deus no meio de nós.
Uma luz pessoal, para cada um de nós, como somos convidados a reflectir e a sentir no refrão do salmo, quando dizemos: «O Senhor é minha luz e minha salvação»...
Mas, uma luz, Jesus Cristo, que é também um convite constante à conversão, à mudança de vida, a um sentir mais próximo este mesmo Reino de Deus que Ele nos traz, como o Senhor Jesus pregava no evangelho, ao dizer: «Arrependei-vos, porque o Reino de Deus está próximo»...
E precisamos, também na Igreja de hoje, de acertar agulhas e acções. Não somos todos do mesmo Cristo? Não foi por todos nós que o Senhor entregou a sua vida, morrendo na Cruz para nos salvar? Não foi no mesmo Senhor Jesus que recebemos todos o Baptismo? Ouçamos São Paulo que nos diz: «que faleis todos a mesma linguagem e que não haja divisões entre vós».
Então, onde o Senhor quer unir, não criemos nós divisões...
Que o Senhor a todos abençoe...
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 2
Quantas palavras ouvimos repetidamente sem lhe dar a devida atenção, sem se tentar percebê-las, fazê-las verdadeiramente nossas, porque a nós dirigidas...
Sentir que é para nós a bênção que São Paulo escrevia na carta aos cristãos de Corinto e que tantas vezes, por palavras semelhantes escutamos no início de cada celebração: «a graça e a paz de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo estejam convosco».
Porque são para nós, para cada um que abre o seu coração e a sua vida, essa mesma graça e a paz. Porque é uma saudação que tem mais significado se for sentida, por cada um que a acolhe. E que a paz e a graça de Deus, Pai que ama e Filho que está no meio de nós, surjam em nós, nas nossas casas, nas nossas comunidades...
Também as palavras de João, ao apresentar Jesus aos que o escutavam, nas margens do Jordão, são já tão conhecidas, tão repetidas em cada Eucaristia: «Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo».
Mas, acolhemos essa mesma presença do Senhor que se oferece por nós, Alimento de Vida Eterna, Pão dos Céus, quando no altar Ele nos é apresentado, oferecido, sentindo e vivendo essas mesmas palavras?
Olhamos esse mesmo Cordeiro de Deus, aceitamo-Lo em nós e para nós?
Sentir as palavras, para que também em nós seja verdade o que diremos: «Eu venho, Senhor, para fazer a vossa vontade»...
Que o Senhor a todos abençoe...
Sentir que é para nós a bênção que São Paulo escrevia na carta aos cristãos de Corinto e que tantas vezes, por palavras semelhantes escutamos no início de cada celebração: «a graça e a paz de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo estejam convosco».
Porque são para nós, para cada um que abre o seu coração e a sua vida, essa mesma graça e a paz. Porque é uma saudação que tem mais significado se for sentida, por cada um que a acolhe. E que a paz e a graça de Deus, Pai que ama e Filho que está no meio de nós, surjam em nós, nas nossas casas, nas nossas comunidades...
Também as palavras de João, ao apresentar Jesus aos que o escutavam, nas margens do Jordão, são já tão conhecidas, tão repetidas em cada Eucaristia: «Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo».
Mas, acolhemos essa mesma presença do Senhor que se oferece por nós, Alimento de Vida Eterna, Pão dos Céus, quando no altar Ele nos é apresentado, oferecido, sentindo e vivendo essas mesmas palavras?
Olhamos esse mesmo Cordeiro de Deus, aceitamo-Lo em nós e para nós?
Sentir as palavras, para que também em nós seja verdade o que diremos: «Eu venho, Senhor, para fazer a vossa vontade»...
Que o Senhor a todos abençoe...
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Sinais da Palavra Baptismo do Senhor
«Ungiu com a força do Espírito Santo»...
Nestas palavras, com que São Pedro apresenta a Jesus de Nazaré, «que passou fazendo o bem (...), porque Deus estava com Ele», revemos a urgência de viver o nosso próprio Baptismo...
Porque esse mesmo Baptismo, hoje não apenas o da água, que João Baptista ministrava nas águas do Jordão e que Jesus recebeu no início da sua vida pública, mas essa mesma imersão no Amor de Deus, no Espírito Santo que nos torna filhos e nos faz caminhar para o Pai, sob a sua inspiração, nos passa tantas vezes ao lado, como se em nós nada transformasse além de um nome que nos identifica, nem tanto o de cristãos, porque esse implica seguir a Cristo, mas o de baptizados...
E o nosso Baptismo fica tantas vezes esquecido nas fotografias e relatos de um acontecimento que sabemos realidade, mas que nada nos diz hoje, à distância de quem vai perdendo o significado do acreditar, do se deixar irromper por essa mesma imensa força que unge, desse Espírito de Deus recebido...
Porque, no Baptismo, também nós nos tornamos filhos amados, no «Filho muito amado» e Unigénito, Jesus Cristo.
E, nem sempre pensamos, agimos, vivemos e nos sentimos, de verdade, filhos de Deus, abençoados na paz, caminhando para o Pai, juntos com o Filho, animados pela unção num mesmo Espírito.
Que o Senhor, o Deus que nasce, a todos abençoe...
Nestas palavras, com que São Pedro apresenta a Jesus de Nazaré, «que passou fazendo o bem (...), porque Deus estava com Ele», revemos a urgência de viver o nosso próprio Baptismo...
Porque esse mesmo Baptismo, hoje não apenas o da água, que João Baptista ministrava nas águas do Jordão e que Jesus recebeu no início da sua vida pública, mas essa mesma imersão no Amor de Deus, no Espírito Santo que nos torna filhos e nos faz caminhar para o Pai, sob a sua inspiração, nos passa tantas vezes ao lado, como se em nós nada transformasse além de um nome que nos identifica, nem tanto o de cristãos, porque esse implica seguir a Cristo, mas o de baptizados...
E o nosso Baptismo fica tantas vezes esquecido nas fotografias e relatos de um acontecimento que sabemos realidade, mas que nada nos diz hoje, à distância de quem vai perdendo o significado do acreditar, do se deixar irromper por essa mesma imensa força que unge, desse Espírito de Deus recebido...
Porque, no Baptismo, também nós nos tornamos filhos amados, no «Filho muito amado» e Unigénito, Jesus Cristo.
E, nem sempre pensamos, agimos, vivemos e nos sentimos, de verdade, filhos de Deus, abençoados na paz, caminhando para o Pai, juntos com o Filho, animados pela unção num mesmo Espírito.
Que o Senhor, o Deus que nasce, a todos abençoe...
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