Quantas tempestades, quantos ventos contrários, não enfrentámos já... quantas vezes não nos sentimos também a «afundar», sem qualquer réstea de esperança, apenas ainda mais curvados pelo peso da dúvida e da descrença...
Afinal, continuamos à procura de Deus nos grandes momentos, naquilo que é demasiado extraordinário, no que espanta e nos derruba... Olhando para a profecia de Isaías, na primeira leitura, procuramos Deus nos ventos tempestuosos, nos terramotos e nos fogos desta vida... E esquecemos que Ele sempre está presente na nossa vida como brisa suave, que refresca e dá alento... E esquecemo-nos de sentir essa mesma brisa, essa mesma presença...
E, como Pedro, até nos assustamos com essa mesma presença, e sentimos a necessidade de provar que é mesmo Ele, Jesus, que vem até nós, para acalmar tempestades e acompanhar-nos a cada instante...
E quando precisamos de acreditar para nos mantermos «à superfície», para não nos afundarmos no pessimismo, começamos a duvidar e a deixar-nos engolir pelas águas revoltas que à nossa volta vão crescendo, perdendo rumos e forças na caminhada do dia-a-dia...
Mas, Jesus, estende-nos sempre a «mão» que não nos deixa afogar... E, acreditando, também nós sentimos a sua força que não nos deixa «ir ao fundo», mas nos faz regressar ao barco que é a Igreja, que segue o seu rumo para a eternidade...
E também hoje Ele nos diz: «Tende confiança. Sou eu. Não temais»...
Que o Senhor a todos abençoe...
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