Que melhor justiça que a de uma nova oportunidade, que a da possibilidade do arrependimento e do recomeço?
E também nós, como o povo de Israel no Antigo Testamento, dizemos «a maneira de proceder do Senhor não é justa», queixando-nos de uma salvação que é para todos, pensando que nós é que deviamos decidir quem a merece; recorrendo à imagem de um Deus vingativo, quando nos queremos queixar; ou de um Deus ausente, quando nos afastamos, pelo pecado...
E esquecemos que estamos sempre à espera de uma nova oportunidade, que na vida Deus nos vai dando sempre a possibilidade de recomeçar, de «praticar o direito e a justiça», como lembrava o profeta Ezequiel... E ainda que não estejamos à espera ou nem sempre a saibamos aproveitar, há sempre essa possibilidade de repensar e recomeçar sempre...
No evangelho, Jesus lembra-nos a força deste arrependimento na história dos dois filhos: o que diz sim, mas não o faz; e o que diz não, mas se arrepende e vai então trabalhar...
Mais do que ficarmos parados a pensar quantas vezes dissemos sim ou não, vivamos com a confiança de quem aceita essa nova oportunidade do perdão e, na vida, procura cumprir a vontade do Pai, tendo em nós «os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus», como lembrava São Paulo, começando pela humildade de quem se arrepende e recomeça...
Que o Senhor a todos abençoe...
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