Num mundo que mostra a sua grandeza pela força e pela guerra, em que os ricos mostram pelas posses que dominam e espezinham os outros, em que a vingança e o ódio são sinais de poder, vir o livro da sabedoria dizer: «Mas Vós, o Senhor da força, julgais com bondade e governais-nos com muita indulgência»... parece uma grande contradição...
Um Deus tão longe da imagem que d’Ele foi criada, de um tirano que põe e dispõe, que castiga com doenças e calamidades, que «brinca» com a vida humana, pelo «jogo» da morte? Perante os rumores de um Deus assim, inventado pelo mundo actual, onde encaixar com verdade o que dizemos como refrão do salmo: «Senhor, sois um Deus clemente e compassivo», convidados a sentir e a deixar crescer em nós esse mesmo perdão, esse amor que se faz sempre uma nova oportunidade?
E Deus, como o senhor da parábola do evangelho, deixa crescer sempre em conjunto no trigo e o joio, o bem e o mal, semeando em nós o bem, esperando pacientemente que ele frutifique, sem no entanto arrancar o mal que se vai infiltrando, deixando sempre que na nossa liberdade façamos a melhor escolha, a das colheitas abundantes...
E, se a semente que Ele lança em nós é boa, não a deixemos estragar, deixando a fé adormecer em nós...
Que o Senhor a todos abençoe...
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