Inquietos, sempre a correr de um lado para o outro, sempre preocupados com tantas coisas...
Como se o peso do próprio mundo estivesse sobre os nossos ombros... E o nosso valor se medisse pelo muito que vamos tendo, pelas coisas passageiras a que damos tanta importância, a que nos apraz chamar «nossas», quando nunca as possuímos verdadeiramente e tão rápido desaparecem...
E assim, tão ocupados e preocupados, esquecemo-nos tanto do que realmente importa... E mesmo assim, mesmo perante uma imagem que hoje é cada vez mais frequente de mães que «esquecem» os seus filhos, a promessa do Senhor, anunciada por Isaías, mantém-se: «Eu não te esquecerei»!
E, na pressa do servirmo-nos a nós próprios, na ânsia do ter sempre mais e melhor, esquecemos Aquele que nos ensina a servir, que nos veio ensinar a ser, à sua imagem, que nos dá tanto, mesmo quando nós não o notamos ou agradecemos sequer...
E é o próprio Jesus, que nos ensina a ter esta mesma atitude de desprendimento e abandono, quando nos diz, no evangelho: «procurai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais vos será dado por acréscimo»...
E, se a nossa vida tem um valor incalculável, algo a que nunca poderíamos colocar um preço, lembremos que também ela não nos pertence verdadeiramente e que um dia a entregaremos a Quem no-la deu inicialmente...
Somos, por isso, como lembra São Paulo, «administradores dos mistérios de Deus», a quem se pede «que sejam fiéis»...
Que o Senhor a todos abençoe...
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