Espanta-nos a linguagem das Bem-aventuranças. Parece tão difícil imaginar os pobres, os humildes, os que choram, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os que promovem a paz, os que são perseguidos, como os bem-aventurados, os felizes...
Sim, porque também hoje, a grande promessa feita de tantas formas e feitios, a grande procura de uma humanidade perdida em caminhos tão diferentes é a da felicidade. O ser feliz, ainda que as formas de o propor ou alcançar sejam tão díspares do resultado pretendido. Ou que essas supostas «felicidades» sejam tão breves e passageiras...
Mas, ainda assim, o mundo de hoje não tem tempo para parar e pensar numa felicidade que não é para agora, que é para um futuro que nem se sabe bem se existirá. E ainda para mais uma felicidade que é dirigida para os mais fracos, para os menos inteligentes, para os mais esquecidos.
Como São Paulo lembrava, é para esses que Deus fala com predilecção. Porque a verdadeira glória não pode estar senão no Senhor. Porque são os mais humildes que Deus protege.
Então, sim, serão também esses que mais procuram e querem escutar essa voz de felicidade, de bem-aventuranças de um Deus que lhes fala e lhes promete um Reino dos Céus, que está já no meio de nós, nos seus corações abertos para o acolher.
E serão, desde já felizes, porque sabem o que procuram, porque acolhem esse Deus de Amor, porque a Boa Nova de um evangelho feito vida é para si...
Que o Senhor a todos abençoe...
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