Na sabedoria popular, cedo se consagrou a afirmação: «muito bem prega Frei Tomás; olhem ao que ele diz e não ao que ele faz»...
E, num contexto em que cada vez mais se dá importância às aparências, à imagem social que se transmite, ainda que não corresponda em nada à vivência concreta, em que a vida de «glamour» e o «socialmente correcto» ofuscam e distraem da vida em concreto, o parecer torna-se tão mais importante, tão mais uma necessidade que o «ser»...
E a crítica que Jesus faz aos fariseus e aos escribas no evangelho aplica-se mesmo à nossa sociedade de hoje e a tantos que parecem cristãos, porque até fazem o mínimo, «estando na missa» ao domingo e pouco mais...
Ou aplica-se também a tantos que se prendem a títulos, ao parecer mais importantes, a uma atitude de superioridade de quem gosta de ser visto, aplaudido e bem tratado. A tantos que na sua «grandeza» exagerada não compreendem o verdadeiro sentido da humildade e da entrega desinteressada... Como estão longe das palavras de São Paulo: «fizemo-nos pequenos no meio de vós»...
E é necessário combater a tendência a fazer acepção, a rodear-nos daqueles de quem gostamos, dos que nos interessam mais, mesmo que seja só pela amizade. A palavra e a entrega da nossa vida tem de ser para todos, como lembrava o profeta Malaquias: «não temos todos nós um só Pai?»...
Que o Senhor a todos abençoe...
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