«E tereis a vida eterna.»
«Quem come a minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida eterna. E Eu o ressuscitarei no último dia.»
«Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.»
«A vida eterna consiste nisto: acreditar n’Aquele que o Pai enviou».
Apenas algumas das muitas referências de Jesus à eternidade, algumas das muitas frases que se encontram no evangelho sobre este tema. Algumas delas presentes em inúmeros cânticos que recordam constantemente esta finalidade, que motivam para esta eternidade, ainda que nem sempre (ou quase nunca) os cânticos sejam entendidos na sua missão educativa e formativa e entrem nos corações dos que os cantam (ou apenas escutam…)
Mas, como falar de eternidade a uma sociedade que procura apenas o imediato, que deixou de acreditar no futuro e que vai vivendo a sequência de intermináveis minutos (se se está aborrecido) ou velozes segundos (quando o relógio deveria ser parado…)?
Eternidade parece ser uma noção com três erros crassos para estes dias: demasiado tempo, demasiado longínqua, demasiado vaga…
Demasiado tempo para assimilar que a vida não se resume ao imediato, que afinal é preciso lutar por algo mais do que vencer no momento preciso, do que as glórias ou derrotas do quotidiano… embora a eternidade não seja uma questão de tempo; aliás, a eternidade irá libertar o ser humano da tirania do tempo, uma das suas grandes conquistas de sempre…
Demasiado longínqua para se olhar para ela com olhos de ver, para se esperar por ela ou pelos seus frutos, para se ir construindo com planos de um futuro em que já não se acredita… embora a eternidade esteja já no coração de cada um, como semente que deve germinar, como planta que se vai moldando e que se ajuda a crescer…
Demasiado vaga para um mundo que procura definições exactas para tudo, que procura definir até os sentimentos (em vez de os sentir), uma ideia que foi transformada em algo demasiado impessoal e imperceptível… embora a eternidade seja a promessa pessoal feita por Deus a cada um, seja algo mais a viver do que a definir, seja mais acreditável do que algo a negar…
Jesus continua a falar de eternidade… hoje como ontem… mas talvez hoje seja difícil ouvir estas palavras…
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