São Paulo alertava os coríntios, um alerta também para nós hoje: «portanto, quem julga estar de pé tome cuidado para não cair».
Pode parecer quase uma ameaça, mas não é esse o intuito da expressão. Até porque podemos pensar em sentido contrário, ou seja, «para cair, basta estar de pé»... E a vida é sempre feita de quedas e levantar, desta vontade de seguir em frente, mesmo que pelo caminho, tantas vezes se vá tropeçando...
E quando caminhamos sozinhos, no deserto do nosso orgulho, não há nada que nos ampare, em que nos possamos apoiar, quando tropeçamos, quando caímos... Nem nada que nos ajude a aliviar as feridas dessas mesmas quedas... E sentimos que caímos ainda mais desamparados, com todo o peso do nosso próprio mundo a desabar...
E acompanhamos os clamores de «injustiça» de um mundo cada vez mais fechado na sua própria desorganização... E prostrado e cansado, grita por uma ajuda que, tantas vezes procurando apenas em si próprio, não encontra...
Moisés surge para o povo de Israel, no Êxodo, como aquele que Deus lhe envia para o levantar da escravidão do Egipto, para o conduzir pelo deserto, rumo à terra prometida.
Uma promessa de presença e de ajuda que não tem tempo, como Aquele que a faz e Se chama a si mesmo «Eu sou ‘Aquele que sou’», um Deus clemente e cheio de compaixão, mesmo para com «as figueiras», que após, não apenas três, mas tantos anos da sua vida, continuam a não dar frutos, apesar dos muitos cuidados que lhe são dedicados...
E nós, poderemos apresentar frutos?
Ajuda para esta semana: procurar um tempo de paragem, de reflexão pessoal. Ver em que nos apoiamos habitualmente, como vivemos a nossa fé, como confiamos em Deus, mesmo «nos desertos» das contrariedades. Analisar os frutos dados no dia-a-dia... e porque não, dar frutos de perdão concreto, perdoando algo ou alguém em verdade...
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