quarta-feira, 9 de junho de 2010

Sinais da Palavra Tempo Comum 11

Quantas vezes também nós olhamos com desconfiança os outros que recebem perdão. Desconfiamos, porque como somos incapazes de perdoar, não gostamos que os outros recebam o perdão, que julgamos erradamente só existente para nós, só nosso...
A nós, ao olharmos as nossas vidas, tudo nos parece tão relativo, tão sem gravidade. Apenas nos outros está a maldade, as más intenções, os maus desejos. Em nós, o mal é tão pequeno, ao passo que nos outros ele cresce sempre até ser imperdoável...
A pergunta de Jesus deixa-nos a pensar: não pergunta qual dos dois foi mais perdoado, mas sim, «qual deles ficará mais seu amigo?». Porque do perdão nasce não o medo da condenação, não o terror do castigo, como poderia fazer supor a história de David, mas sim essa gratidão feita amizade, feita relação para com Aquele que perdoa, gratidão feita amor, pela nova oportunidade que nos é dada, esse «vai em paz» de Jesus àquela mulher e a cada um de nós...
E a certeza de que a fé salva é dada pelo Senhor, mas também por São Paulo que nos apresenta um bom objectivo: «vivo animado pela fé no Filho de Deus, que me amou e Se entregou por mim».
E que bom seria se, com toda a verdade, não apenas das palavras, mas sim de toda uma forma de viver o dia-a-dia, também nós disséssemos como o Apóstolo: «Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim.» Isso sim, é verdadeiramente ser cristão...

Que o Senhor a todos abençoe...

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