«Um dia diante do Senhor é como mil anos e mil anos como um dia», lembrava São Pedro. E numa forma de viver em que o tempo nos parece fugir constantemente, em que o dia-a-dia se sucede numa velocidade incrível, pensar que o tempo é em si próprio tão relativo, e que devemos procurar alcançar a eternidade em momentos tão efémeros e fugitivos…
Mas, o próprio São Pedro lembrava: «nós esperamos, segundo a promessa do Senhor, os novos céus e a nova terra, onde habitará a justiça». E perante tão grande esperança, perante esta promessa que de certeza se cumprirá, devemos reaprender a esperar, a dar valor à vida e a aproveitar cada momento para procurar, em Cristo, a eternidade…
Afinal, como lembrava Isaías, Deus fala aos nossos corações e consola-nos com palavras de perdão, anunciando-nos a vinda de Seu Filho que, «como um pastor», «conduzirá as ovelhas ao seu descanso»…
Então, cheios dessa mesma esperança, sejamos também nós como João Baptista «a voz que clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas’». Anunciemos a todos que esperamos o Senhor que vem e ajudemos este mundo a acolhê-l’O de verdade…
Que o Senhor a todos abençoe...
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Sinais da Palavra B Advento I
Estarmos atentos e vigilantes, porque estamos à espera… Porque o Advento nos convida a este mesmo estado de quem espera a vinda do Senhor, de quem a pede como o profeta Isaías na primeira leitura, ao dizer: «oh, se rasgásseis os céus e descêsseis!»…
Porque queremos preparar-nos para essa mesma vinda e este é o tempo próprio para nos prepararmos. Porque é Advento, tempo de espera e de esperança…
Mas, prepararmo-nos é reconhecer também que tantas vezes nos afastámos, caímos pelo pecado. O profeta faz a pergunta: «porque nos deixais, Senhor, desviar dos nossos caminhos e endurecer o nosso coração, para que não Vos tema?», pergunta a que respondemos com essa mesma liberdade, dom do amor de Deus, mas que tantas vezes usamos apenas para o mal. Então pedimos, com verdade: «Senhor nosso Deus, fazei-nos voltar, mostrai-nos o vosso rosto e seremos salvos»…
Neste tempo de espera, aceitemos o conselho do Senhor Jesus, que nos diz: «acautelai-vos e vigiai, porque não sabeis quando chegará o momento». Vivamos portanto essa firmeza de quem O espera, de quem aguarda essa vinda gloriosa que nos fará entrar na plenitude do amor. É o que nos diz S. Paulo: «Ele vos tornará firmes até ao fim, para que sejais irrepreensíveis no dia de Nosso Senhor Jesus Cristo»…
Que o Senhor a todos abençoe...
Porque queremos preparar-nos para essa mesma vinda e este é o tempo próprio para nos prepararmos. Porque é Advento, tempo de espera e de esperança…
Mas, prepararmo-nos é reconhecer também que tantas vezes nos afastámos, caímos pelo pecado. O profeta faz a pergunta: «porque nos deixais, Senhor, desviar dos nossos caminhos e endurecer o nosso coração, para que não Vos tema?», pergunta a que respondemos com essa mesma liberdade, dom do amor de Deus, mas que tantas vezes usamos apenas para o mal. Então pedimos, com verdade: «Senhor nosso Deus, fazei-nos voltar, mostrai-nos o vosso rosto e seremos salvos»…
Neste tempo de espera, aceitemos o conselho do Senhor Jesus, que nos diz: «acautelai-vos e vigiai, porque não sabeis quando chegará o momento». Vivamos portanto essa firmeza de quem O espera, de quem aguarda essa vinda gloriosa que nos fará entrar na plenitude do amor. É o que nos diz S. Paulo: «Ele vos tornará firmes até ao fim, para que sejais irrepreensíveis no dia de Nosso Senhor Jesus Cristo»…
Que o Senhor a todos abençoe...
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 34 – Cristo Rei
Porque, afinal, será por aquilo que fizemos em prol dos outros, por mais pequeno que seja, que um dia seremos julgados…
Porque, afinal, amar o próximo, o irmão, até nas mais pequenas coisas que lhe fizermos, conscientes da verdade que nos lembra Jesus, «quantas vezes o fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes», é ter a certeza de um caminho correcto para entrar nesse reino celeste, de sermos súbditos do amor para toda a eternidade…
Porque, afinal, sentimo-nos o rebanho do Senhor, protegido e amado, cuidado por este Senhor que olha por cada um de nós, como lembrava o profeta Ezequiel: «hei-de procurar a que anda perdida e reconduzir a que anda tresmalhada. Tratarei a que estiver ferida, darei vigor à que andar enfraquecida e velarei pela gorda e vigorosa»…
Porque, afinal, em Cristo também nós ressuscitaremos e seremos entregues com o Seu reino ao Pai, como lembrava S. Paulo. Porque «é necessário que Ele reine» e que nós o deixemos ser Rei e Senhor, centro da nossa vida neste mundo, para n’Ele alcançarmos a vida sem fim…
Porque, afinal, acreditamos e esperamos um «reino eterno e universal, reino de verdade e de vida, reino de santidade e de graça, reino de justiça, de amor e de paz»… Basta acolher e viver este Rei, Cristo Jesus…
Que o Senhor a todos abençoe...
Porque, afinal, amar o próximo, o irmão, até nas mais pequenas coisas que lhe fizermos, conscientes da verdade que nos lembra Jesus, «quantas vezes o fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes», é ter a certeza de um caminho correcto para entrar nesse reino celeste, de sermos súbditos do amor para toda a eternidade…
Porque, afinal, sentimo-nos o rebanho do Senhor, protegido e amado, cuidado por este Senhor que olha por cada um de nós, como lembrava o profeta Ezequiel: «hei-de procurar a que anda perdida e reconduzir a que anda tresmalhada. Tratarei a que estiver ferida, darei vigor à que andar enfraquecida e velarei pela gorda e vigorosa»…
Porque, afinal, em Cristo também nós ressuscitaremos e seremos entregues com o Seu reino ao Pai, como lembrava S. Paulo. Porque «é necessário que Ele reine» e que nós o deixemos ser Rei e Senhor, centro da nossa vida neste mundo, para n’Ele alcançarmos a vida sem fim…
Porque, afinal, acreditamos e esperamos um «reino eterno e universal, reino de verdade e de vida, reino de santidade e de graça, reino de justiça, de amor e de paz»… Basta acolher e viver este Rei, Cristo Jesus…
Que o Senhor a todos abençoe...
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 33
Recebemos, não para enterrar e não deixar crescer, mas para fazer render, para multiplicar, para dar uso ao recebido…
Uma vida que é enterrada e fechada em si mesma, com medo de se perder, não pode render, porque acaba por não ser vivida… É como aquele objecto precioso, frágil, de que gostamos muito e por isso nem deixamos ninguém tocar… acaba por ficar sempre guardado, em exposição, mas sem poder ser tocado, sem ser usado, para que não se parta ou estrague, mas sem uso algum…
Algumas vidas acabam, elas próprias, por ser assim… tão valiosas, que na sua intocabilidade acabam por não ser tocadas, usadas, vividas… E quando se entregarem, nada renderam, como o escondido «talento na terra»…
E, tal como aquele servo da parábola, até pensamos que cumprimos: pelo menos não «perdemos» a vida como tantos; mas também não a arriscámos viver… e nada de novo podemos apresentar ao Senhor que no-la confiou…
E vamos deixando que a nossa fé, a nossa vida, escondidas, vão adormecendo em rotinas e hábitos, que já nos parecem tanto, mas que nada rendem. Esquecemos o alerta de São Paulo: «não durmamos como os outros, mas permaneçamos vigilantes e sóbrios».
Afinal, imersos na luz a que pertencemos, é tão mais fácil fazer a nossa vida render eternidade…
Que o Senhor a todos abençoe...
Uma vida que é enterrada e fechada em si mesma, com medo de se perder, não pode render, porque acaba por não ser vivida… É como aquele objecto precioso, frágil, de que gostamos muito e por isso nem deixamos ninguém tocar… acaba por ficar sempre guardado, em exposição, mas sem poder ser tocado, sem ser usado, para que não se parta ou estrague, mas sem uso algum…
Algumas vidas acabam, elas próprias, por ser assim… tão valiosas, que na sua intocabilidade acabam por não ser tocadas, usadas, vividas… E quando se entregarem, nada renderam, como o escondido «talento na terra»…
E, tal como aquele servo da parábola, até pensamos que cumprimos: pelo menos não «perdemos» a vida como tantos; mas também não a arriscámos viver… e nada de novo podemos apresentar ao Senhor que no-la confiou…
E vamos deixando que a nossa fé, a nossa vida, escondidas, vão adormecendo em rotinas e hábitos, que já nos parecem tanto, mas que nada rendem. Esquecemos o alerta de São Paulo: «não durmamos como os outros, mas permaneçamos vigilantes e sóbrios».
Afinal, imersos na luz a que pertencemos, é tão mais fácil fazer a nossa vida render eternidade…
Que o Senhor a todos abençoe...
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 32
O estar atentos e vigilantes não pode ser viver no medo constante de que a morte nos surpreenda…
Onde colocamos a nossa esperança cristã, aquela de que nos falava São Paulo, ao dizer: «se acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou, do mesmo modo, Deus levará com Jesus os que em Jesus tiverem morrido?» Tudo se perde perante o medo da morte?
O mesmo apóstolo convidava-nos à consolação, uns aos outros, com esta mesma esperança, de quem acolhe a Palavra da Vida e a procura viver na constância e no conforto de acreditar. De quem como as virgens prudentes do evangelho vai alimentando a candeia da sua fé para que esta não se apague e continue a brilhar sempre, ainda mais forte nos momentos difíceis da espera «pelo esposo» que vem para salvar…
Afinal, como no salmo, a nossa alma tem sede de Deus, deste Deus que vem ao nosso encontro, que Se nos dá a conhecer, como a Sabedoria da primeira leitura; mas é preciso procurá-la com atenção e atitude vigilante, com todo o coração…
E não deixar adormecer o nosso coração com tantas falsas e surrealistas promessas de felicidade que o mundo de hoje propõe, para que a luz da fé, acesa desde o nosso baptismo, se não apague como «as candeias» da insensatez…
Afinal, Deus é a única resposta de vida eterna! É o motivo pelo qual, também nós, ao longo de toda a vida, fomos ao seu encontro, para com Ele entrarmos na eternidade…
Que o Senhor a todos abençoe...
Onde colocamos a nossa esperança cristã, aquela de que nos falava São Paulo, ao dizer: «se acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou, do mesmo modo, Deus levará com Jesus os que em Jesus tiverem morrido?» Tudo se perde perante o medo da morte?
O mesmo apóstolo convidava-nos à consolação, uns aos outros, com esta mesma esperança, de quem acolhe a Palavra da Vida e a procura viver na constância e no conforto de acreditar. De quem como as virgens prudentes do evangelho vai alimentando a candeia da sua fé para que esta não se apague e continue a brilhar sempre, ainda mais forte nos momentos difíceis da espera «pelo esposo» que vem para salvar…
Afinal, como no salmo, a nossa alma tem sede de Deus, deste Deus que vem ao nosso encontro, que Se nos dá a conhecer, como a Sabedoria da primeira leitura; mas é preciso procurá-la com atenção e atitude vigilante, com todo o coração…
E não deixar adormecer o nosso coração com tantas falsas e surrealistas promessas de felicidade que o mundo de hoje propõe, para que a luz da fé, acesa desde o nosso baptismo, se não apague como «as candeias» da insensatez…
Afinal, Deus é a única resposta de vida eterna! É o motivo pelo qual, também nós, ao longo de toda a vida, fomos ao seu encontro, para com Ele entrarmos na eternidade…
Que o Senhor a todos abençoe...
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