A paz, a verdadeira paz interior, aquela que nos acalma e nos deixa mais tranquilos, capazes de olhar a vida com esperança, vem de Deus, diz-nos São Paulo. E o Apóstolo aconselha-nos mesmo a abrir o coração a essa paz, que nos guardará em Cristo Jesus...
Mas, uma paz que nos leva a produzir frutos, frutos verdadeiros de vida sem fim...
Porque, como vinha do Senhor que somos, aquela vinha cuidada e protegida de que falava o profeta Isaías, de cepas escolhidas e protegidas, não podemos continuar a produzir «agraços», mas a nossa vida tem de produzir frutos e frutos que permaneçam...
Mas, na parábola do evangelho, em que Jesus nos fala da vinha arrendada pelo proprietário aos vinhateiros que não lhe entregam o fruto, que nem respeitam os seus servos, nem o seu próprio filho, vemos não só a história da salvação, de Deus que envia os seus servos e o seu próprio Filho para que os homens Lhe entreguem os frutos da vida, mas também um convite de Deus:
Olhando para uma história em que o Homem se esquece tantas vezes da verdadeira produtividade de que a sua vida se deve revestir, saibamos nós ser esse «povo que produza os seus frutos» de que falava Jesus no final da parábola; saibamos entregar a Deus frutos verdadeiros de eternidade; saibamos ser não só terreno fértil onde a Palavra produz em abundância, mas trabalhadores incansáveis nessa vinha de Deus, que lhe entregam cada vez mais uma vida cheio de bons frutos, uma vida plena...
Que o Senhor a todos abençoe...
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 26
Que melhor justiça que a de uma nova oportunidade, que a da possibilidade do arrependimento e do recomeço?
E também nós, como o povo de Israel no Antigo Testamento, dizemos «a maneira de proceder do Senhor não é justa», queixando-nos de uma salvação que é para todos, pensando que nós é que deviamos decidir quem a merece; recorrendo à imagem de um Deus vingativo, quando nos queremos queixar; ou de um Deus ausente, quando nos afastamos, pelo pecado...
E esquecemos que estamos sempre à espera de uma nova oportunidade, que na vida Deus nos vai dando sempre a possibilidade de recomeçar, de «praticar o direito e a justiça», como lembrava o profeta Ezequiel... E ainda que não estejamos à espera ou nem sempre a saibamos aproveitar, há sempre essa possibilidade de repensar e recomeçar sempre...
No evangelho, Jesus lembra-nos a força deste arrependimento na história dos dois filhos: o que diz sim, mas não o faz; e o que diz não, mas se arrepende e vai então trabalhar...
Mais do que ficarmos parados a pensar quantas vezes dissemos sim ou não, vivamos com a confiança de quem aceita essa nova oportunidade do perdão e, na vida, procura cumprir a vontade do Pai, tendo em nós «os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus», como lembrava São Paulo, começando pela humildade de quem se arrepende e recomeça...
Que o Senhor a todos abençoe...
E também nós, como o povo de Israel no Antigo Testamento, dizemos «a maneira de proceder do Senhor não é justa», queixando-nos de uma salvação que é para todos, pensando que nós é que deviamos decidir quem a merece; recorrendo à imagem de um Deus vingativo, quando nos queremos queixar; ou de um Deus ausente, quando nos afastamos, pelo pecado...
E esquecemos que estamos sempre à espera de uma nova oportunidade, que na vida Deus nos vai dando sempre a possibilidade de recomeçar, de «praticar o direito e a justiça», como lembrava o profeta Ezequiel... E ainda que não estejamos à espera ou nem sempre a saibamos aproveitar, há sempre essa possibilidade de repensar e recomeçar sempre...
No evangelho, Jesus lembra-nos a força deste arrependimento na história dos dois filhos: o que diz sim, mas não o faz; e o que diz não, mas se arrepende e vai então trabalhar...
Mais do que ficarmos parados a pensar quantas vezes dissemos sim ou não, vivamos com a confiança de quem aceita essa nova oportunidade do perdão e, na vida, procura cumprir a vontade do Pai, tendo em nós «os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus», como lembrava São Paulo, começando pela humildade de quem se arrepende e recomeça...
Que o Senhor a todos abençoe...
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 25
Continuando a imagem da total união e pertença a Cristo, São Paulo eleva a fasquia à sua própria experiência, ao testemunho da sua vida, ao escrever aos Filipenses: «para mim, viver é Cristo»...
Não é viver como, ou à maneira de... Não é contentar-se com pouco, nem lembrar de vez em quando os princípios do evangelho... É aceitar de tal modo este pertencer a Cristo, que Ele próprio se torna a nossa vida...
Já o profeta Isaías convidava a sentir esta proximidade de Deus, que está perto de quantos O invocam, ao dizer: «Procurai o Senhor, enquanto se pode encontrar, invocai-O enquanto está perto». Uma proximidade de perdão para os que se convertem e O procuram de todo o coração...
E o Senhor que nos convida a ir trabalhar para a sua vinha, mas que não quer que ninguém passe sem fazer nada. Por isso, renova continuamente o seu convite, ao longo do dia e da vida, prometendo dar-nos «o que for justo» como salário...
Um salário que não se rege pelas justas leis do trabalho e remuneração do mundo humano, mas pela vontade de Deus de que todos se salvem, quer aceitem trabalhar nesta vinha logo no princípio da vida, quer lá mais para o fim... desde que o faça de todo o coração e com todo o afinco...
Desde que não se recuse o convite e se fique a ver a vida passar, «sentados na praça»...
Que o Senhor a todos abençoe...
Não é viver como, ou à maneira de... Não é contentar-se com pouco, nem lembrar de vez em quando os princípios do evangelho... É aceitar de tal modo este pertencer a Cristo, que Ele próprio se torna a nossa vida...
Já o profeta Isaías convidava a sentir esta proximidade de Deus, que está perto de quantos O invocam, ao dizer: «Procurai o Senhor, enquanto se pode encontrar, invocai-O enquanto está perto». Uma proximidade de perdão para os que se convertem e O procuram de todo o coração...
E o Senhor que nos convida a ir trabalhar para a sua vinha, mas que não quer que ninguém passe sem fazer nada. Por isso, renova continuamente o seu convite, ao longo do dia e da vida, prometendo dar-nos «o que for justo» como salário...
Um salário que não se rege pelas justas leis do trabalho e remuneração do mundo humano, mas pela vontade de Deus de que todos se salvem, quer aceitem trabalhar nesta vinha logo no princípio da vida, quer lá mais para o fim... desde que o faça de todo o coração e com todo o afinco...
Desde que não se recuse o convite e se fique a ver a vida passar, «sentados na praça»...
Que o Senhor a todos abençoe...
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 24
Confunde-nos sempre a ideia de que vivemos não apenas para nós próprios, mas também para os outros... E confunde-nos, porque vem mudar tantas das nossas ideias, das birras quando não alcançamos o que queremos, dos nossos egoísmos e prioridades... E deixamos de olhar apenas para «o nosso umbigo»...
E como estamos longe de entender e viver o que nos diz São Paulo: «se vivemos, vivemos para o Senhor e se morremos, morremos para o Senhor. Portanto, quer vivamos quer morramos, pertencemos ao Senhor». Como tantos entendem isto como uma perda de liberdade, como um viver iludido...
E até chegamos a «criar» um Deus vingativo e cruel, à nossa imagem, porque se é assim que pensamos e agimos, é isso também que esperamos de Deus. Contudo, continuamos a rezar: «perdoai-nos... assim como nós perdoamos»...
Mas, o salmo vem lembrar-nos que Deus é clemente e compassivo, como já o livro de Ben-Sirá aconselhava o perdão, em vez da vingança e do rancor. Porque como pode o homem esperar perdão, se não o sabe dar? E dizia-nos: «não tem compaixão do seu semelhante e pede perdão para os seus próprios pecados?».
Em vez de termos avançado perante as sete vezes de perdão propostas por Pedro, talvez tenhamos voltado à lei do «olho por olho», tão incapazes de perdoar que nos consumimos em ódios e vinganças. E parecemos cada vez mais aquele servo da história de Jesus, que pede perdão para tanto, sendo incapaz de perdoar tão pouco...
Aprendamos a perdoar «de todo o coração»...
Que o Senhor a todos abençoe...
E como estamos longe de entender e viver o que nos diz São Paulo: «se vivemos, vivemos para o Senhor e se morremos, morremos para o Senhor. Portanto, quer vivamos quer morramos, pertencemos ao Senhor». Como tantos entendem isto como uma perda de liberdade, como um viver iludido...
E até chegamos a «criar» um Deus vingativo e cruel, à nossa imagem, porque se é assim que pensamos e agimos, é isso também que esperamos de Deus. Contudo, continuamos a rezar: «perdoai-nos... assim como nós perdoamos»...
Mas, o salmo vem lembrar-nos que Deus é clemente e compassivo, como já o livro de Ben-Sirá aconselhava o perdão, em vez da vingança e do rancor. Porque como pode o homem esperar perdão, se não o sabe dar? E dizia-nos: «não tem compaixão do seu semelhante e pede perdão para os seus próprios pecados?».
Em vez de termos avançado perante as sete vezes de perdão propostas por Pedro, talvez tenhamos voltado à lei do «olho por olho», tão incapazes de perdoar que nos consumimos em ódios e vinganças. E parecemos cada vez mais aquele servo da história de Jesus, que pede perdão para tanto, sendo incapaz de perdoar tão pouco...
Aprendamos a perdoar «de todo o coração»...
Que o Senhor a todos abençoe...
sábado, 3 de setembro de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 23
Ser sentinela atenta, nos nossos dias... Mas, uma sentinela atenta não apenas à sua vida, mas também ao mundo que o rodeia. Com a consciência de uma responsabilidade que não fica fechada até em si próprio, mas que se faz sentir também sobre os irmãos, sobre o chamá-los ao caminho correcto, se necessário, que passa pelo corrigir a desresponsabilização moral que se expande por toda a parte...
Porque, quando se afirma que cada um vive como quer e ninguém tem nada que ver com isso, O Senhor vem lembrar pelo profeta Ezequiel: «e tu não falares ao ímpio para o afastar do seu caminho, o ímpio morrerá por causa da sua iniquidade, mas Eu pedir-te-ei contas da sua morte».
Porque, quando hoje cada um se afasta das suas próprias responsabilidades e ninguém pensa sequer em reparar ofensas feitas, não se importando com quem vai pisando e maltratando pelo caminho, Jesus vem lembrar que somos um conjunto, onde todos nos ligamos pela misericórdia e pelo perdão de que todos precisamos, já que todos erramos, mas todos, reconhecendo esses mesmos erros, nos sentimos ligados por Deus ao Seu Amor. E diz-nos: «onde estão dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles»...
Assim, cumpriremos a verdadeira caridade, como lembrava São Paulo, aquela que é o verdadeiro cumprimento da lei...
Por isso, não fechemos os nossos corações: à nossa própria vida... à dos irmãos... à voz do perdão e do Amor de Deus...
Que o Senhor a todos abençoe...
Porque, quando se afirma que cada um vive como quer e ninguém tem nada que ver com isso, O Senhor vem lembrar pelo profeta Ezequiel: «e tu não falares ao ímpio para o afastar do seu caminho, o ímpio morrerá por causa da sua iniquidade, mas Eu pedir-te-ei contas da sua morte».
Porque, quando hoje cada um se afasta das suas próprias responsabilidades e ninguém pensa sequer em reparar ofensas feitas, não se importando com quem vai pisando e maltratando pelo caminho, Jesus vem lembrar que somos um conjunto, onde todos nos ligamos pela misericórdia e pelo perdão de que todos precisamos, já que todos erramos, mas todos, reconhecendo esses mesmos erros, nos sentimos ligados por Deus ao Seu Amor. E diz-nos: «onde estão dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles»...
Assim, cumpriremos a verdadeira caridade, como lembrava São Paulo, aquela que é o verdadeiro cumprimento da lei...
Por isso, não fechemos os nossos corações: à nossa própria vida... à dos irmãos... à voz do perdão e do Amor de Deus...
Que o Senhor a todos abençoe...
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