Somos um povo de «duras cervis», que com tanta facilidade se afasta do caminho traçado e procura acreditar mais em fantasias e imagens «de ouro» que vamos criando, do que no próprio Deus...
Hoje, não é um bezerro de metal fundido, mas tantas tecnologias e criações humanas em quem vamos depositando a nossa total confiança, sem necessitar de mais nada; até que essas esperanças falhem ou a tribulação seja maior; então voltamo-nos para Deus, a quem desconhecemos um pouco, porque nunca O procurámos ou quisemos conhecer.
Mas, mesmo assim, Deus procura-nos, acolhendo-nos apesar das nossas infidelidades: procura-nos como o homem que perde uma das cem ovelhas, colocando-nos aos ombros e anunciando a alegria do reencontro; procura-nos como a mulher que, com preocupação, procura em casa a dracma perdida, partilhando com os outros a alegria de a ter encontrado; espera-nos como o pai que ansioso, aguarda o regresso do filho a casa, mesmo depois de uma vida menos conseguida, acolhendo-o com um abraço e fazendo uma festa pelo filho ter voltado «à vida»...
Deus quer fazer a festa do perdão e do acolhimento, em cada Eucaristia, fazendo-nos sentir filhos amados e perdoados, à volta da mesma mesa onde, com alegria, todos podem participar, justos e pecadores.
Mas, nós somos filhos teimosos, tão preocupados em seguir os nossos caprichos e vontades, que não queremos reconhecer a bondade e o amor do Pai, que continua à nossa espera; tão fechados no nosso próprio mundo, que não queremos aceitar os irmãos perdoados e recusamos participar na festa da reconciliação...
E sem esse tomar consciência das nossas falhas, continuamos «mortos» no nosso pecado...
Que o Senhor a todos abençoe...
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