Afinal, são os humildes que são exaltados? São louvados os que passam despercebidos e não se procuram engrandecer ou fazer notar? Os que não se valem dos seus «pergaminhos e títulos», mas se assumem quase numa sombra silenciadora?
Das duas, uma: ou o evangelho deste Domingo, secundado pela primeira leitura, do livro da Sabedoria, está completamente errado e as palavras de Jesus perdem a sua força; ou o mundo de hoje e os pseudo «famosos» e os jet-sets e seus patrocinadores (leia-se a chamada imprensa «cor-de-rosa») têm razão e afinal o verdadeiro louvor e a verdadeira força está num reconhecimento e fama humanos, por mais artificiais que sejam...
Mas, ainda que a actualidade e a sua forma de pensar e se expressar pareçam impor a sua lógica de busca de fama e de enaltecimento pessoal, o exemplo concreto e tão possível de Jesus dá que pensar... A ideia de ser convidado a dar o lugar a uma outra pessoa mais importante, em pleno jantar e à frente de todos os olhares, e passar pela humilhação de ter de passar para o fundo da mesa, dá que pensar...
E, ajudando este pensamento evangélico, a efemeridade mundana da própria fama e do reconhecimento global: quantas pessoas outrora quotidianamente faladas e «conhecidas», hoje são «ilustres» desconhecidos... Mas, mesmo assim, quantos e quantas não continuam a procurar essa mesma «fama»,,,
Aproximemo-nos dessas realidades mais humildes, mais invisíveis, mais duradouras, que só na vivência humilde e sincera da fé serão em nós esperança de eternidade...
Que o Senhor a todos abençoe,,,
Nenhum comentário:
Postar um comentário