Como nos aborrecemos com facilidade perante os pedidos dos outros… Mesmo quando eles vêm daqueles que consideramos os nossos maiores amigos… Quando são os outros a pedir, e então se o fazem com insistência, olhamos com desconfiança esse pedido… Mas, não pensamos do mesmo modo quando somos nós a pedir…
Mas, é o próprio Jesus que nos diz no evangelho «pedi e dar-se-vos-á; procurai e encontrareis; batei à porta e abrir-se-vos-á. Porque quem pede recebe; quem procura encontra e a quem bate à porta abrir-se-á.» Ensina-nos a não desistir quando o nosso pedido é legítimo e verdadeiro. Ainda que sejamos tão insistentes que pareçamos «chatos» como Abraão pedindo a Deus que não destrua as cidades de Sodoma e Gomorra».
Temos todos tanto a aprender nesta arte do saber pedir, do saber rezar… Mesmo quando dizemos «Pai nosso», será que sentimos que é ao Pai que nos ama, ao Pai que nos atende quando o invocamos, ao Pai que nos dá o Espírito Santo para que em nós reze, que nos dirigimos, a Quem entregamos os nossos sentidos pedidos? E tantas vezes rezamos o Pai Nosso, não com a insistência de quem se sabe escutado, de quem acredita no amor que retribui, mas com a distracção de quem reza, só porque está já habituado a fazê-lo…
Só que nós, na nossa forma habitual de ver as coisas, continuamos mais predispostos a receber do que a dar, a reclamar do que a saber pedir, a repetir do que a aprender a rezar…
Que o Senhor a todos abençoe.
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