quarta-feira, 21 de julho de 2010

Sinais da Palavra Tempo Comum 17

Como nos aborrecemos com facilidade perante os pedidos dos outros… Mesmo quando eles vêm daqueles que consideramos os nossos maiores amigos… Quando são os outros a pedir, e então se o fazem com insistência, olhamos com desconfiança esse pedido… Mas, não pensamos do mesmo modo quando somos nós a pedir…
Mas, é o próprio Jesus que nos diz no evangelho «pedi e dar-se-vos-á; procurai e encontrareis; batei à porta e abrir-se-vos-á. Porque quem pede recebe; quem procura encontra e a quem bate à porta abrir-se-á.» Ensina-nos a não desistir quando o nosso pedido é legítimo e verdadeiro. Ainda que sejamos tão insistentes que pareçamos «chatos» como Abraão pedindo a Deus que não destrua as cidades de Sodoma e Gomorra».
Temos todos tanto a aprender nesta arte do saber pedir, do saber rezar… Mesmo quando dizemos «Pai nosso», será que sentimos que é ao Pai que nos ama, ao Pai que nos atende quando o invocamos, ao Pai que nos dá o Espírito Santo para que em nós reze, que nos dirigimos, a Quem entregamos os nossos sentidos pedidos? E tantas vezes rezamos o Pai Nosso, não com a insistência de quem se sabe escutado, de quem acredita no amor que retribui, mas com a distracção de quem reza, só porque está já habituado a fazê-lo…
Só que nós, na nossa forma habitual de ver as coisas, continuamos mais predispostos a receber do que a dar, a reclamar do que a saber pedir, a repetir do que a aprender a rezar…

Que o Senhor a todos abençoe.

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