«Damos graças a Deus Pai, que nos fez dignos de tomar parte na herança dos santos, na luz divina. Ele... nos transferiu para o Reino do seu Filho»... dizia São Paulo aos Colossences.
E se, no final de mais um ano litúrgico a nossa atitude natural deve ser a de agradecimento, a de quem louva o Pai pelo amor de todas as pequenas coisas, olhamos para o expoente máximo desse amor, Jesus Cristo, Rei do Universo, Senhor do tempo e da história, por quem nos é dada a entrada nesse Reino que há-de vir, «reino eterno e universal, reino de verdade e de vida, reino de santidade e de graça, reino de justiça, de amor e de paz», como lembra o prefácio deste domingo.
E cada ano, cada dia que passa, cada momento vivido é um passo mais nesta caminhada de quem, com alegria, se vai dirigindo para a casa do Senhor, para esse mesmo Reino, onde em Cristo, a eternidade será uma realidade, cumprindo a promessa feita na cruz ao ladrão arrependido: «hoje estarás comigo no Paraíso».
Mas, na nossa mentalidade muito humana, muito presa a este mundo, custa-nos olhar para um Rei que faz da Cruz o seu trono e do Amor que se dá na própria vida a maior autoridade. Olhar a Cruz e ver o sofrimento de Alguém que morre para salvar, dificulta a imagem de realeza, de Cristo Senhor da própria Vida Eterna, no momento em que perde a sua vida humana, para que todos nós nos salvemos.
Onde está o ouro, o esplendor, o brilho, a autoridade, o reconhecimento dessa mesma realeza? Não é um Rei como os da história, ou os que ainda hoje são notícia...
Mas, que melhor forma de reinar se não unir em si e para todo o sempre os que ama, os que conduz, aqueles por quem deu a vida, abrindo-lhes a porta do seu Reino de Eternidade?
Que o Senhor a todos abençoe...
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