sábado, 25 de agosto de 2012
Sinais da Palavra B Tempo Comum 21
Deus, que nos criou, nos quer um povo forçado, obrigado a segui-l’O, seja por que motivo for… Nem por obrigação, nem por gratidão, nem por uma aliança que se poderia tornar opressiva…
Aceitar a fé e vivê-la, procurar seguir este mesmo Deus de Amor, que nos cria e chama continuamente à salvação, é uma escolha da nossa liberdade, desta possibilidade de escolhermos, de optarmos que Ele mesmo também nos oferece…
Por isso, escolher a Deus, não apenas nas celebrações, mas em toda a nossa vida é respondermos à afirmação de Josué no seu livro, escolhendo «hoje a quem quereis servir», e à pergunta que o Senhor Jesus faz no evangelho aos seus discípulos: «Também vós quereis ir embora?» …
E responder com a mesma certeza de Simão Pedro, dizendo com a atitude de entrega e de vida: «Para quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós acreditamos e sabemos que Tu és o Santo de Deus» …
Pois, se O aceitamos como alimento de vida eterna, o Pão descido do Céu, também O aceitamos plenamente em nós, na nossa vida, optando livre e totalmente por Ele, saboreando como Ele é bom, em cada instante da nossa caminhada…
Porque, como lembrava São Paulo, é esta mesma íntima comunhão de vida com Ele, à semelhança do que os esposos devem procurar, que construímos cada vez mais…
Que o Senhor a todos abençoe...
sábado, 18 de agosto de 2012
Sinais da Palavra B Tempo Comum 20
«Vinde»… é o convite do Senhor, renovado em cada eucaristia…
«Vinde comer do meu pão e beber do vinho que vos preparei», era o convite que ouvíamos, do livro dos Provérbios…
Um convite que prefigura as palavras do Senhor Jesus: «Tomai e comei… Tomai e bebei…» que a todos nós continua a convidar para o Seu banquete de Amor, para a mesa da Ceia da nova e eterna Aliança, onde «a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida»…
Porque, não duvidemos nem ponhamos em causa que é Ele o verdadeiro alimento de Vida Eterna... Que somos participantes da verdadeira Ceia que liberta, da Mesa onde é «o Pão vivo que desceu dos céus» que nos alimenta…
Aceitemos as palavras do Senhor, que nos diz: «Se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós»…
E alimentados por tão precioso alimento, vivamos de forma coerente, como desafia São Paulo: «aproveitai bem o tempo»…
Que o Senhor a todos abençoe...
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Sinais da Palavra Assunção de Nossa Senhora
Maria é, sem dúvida, um sinal grandioso, que desde a sua Assunção aos Céus, elevada em corpo e alma, nos interpela e convida a olhar, desde já, a alegria da eternidade...
Mulher admirável, que sendo Mãe do Salvador, dá o seu Filho a todos os homens que o querem acolher, aceitando também ser Mãe de todos esses mesmos homens, protegendo-os com seu amor maternal e encaminhando-os com a sua poderosa intercessão para essa mesma glória celeste, onde ela, como «Rainha do Céu», se encontra «ornada do ouro mais fino»...
Maria elevada ao céu em corpo e alma é um dos mais sublimes anúncios da nossa própria ressurreição: Mãe de uma Humanidade que, como ela, é reconduzida por Deus a essa Vida sem fim, prometida antes do pecado humano que dela nos afastou, mas pecado esse que foi vencido por Cristo. E porque é sinal de uma nova Humanidade, que em Cristo se torna vencedora do pecado e da morte, Maria foi preservada de ambos: do pecado, desde a sua Imaculada Conceição; da morte, ao ser elevada ao Céu, na sua gloriosa Assunção, como algo em que profundamente e desde há muito acreditamos...
Por isso, com Santa Isabel, também nós a proclamamos «bendita és tu entre as mulheres», quando em tantos momentos lhe rezamos com amor e devoção. E também lhe reconhecemos a bem aventurança infinita «daquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor».
E por isso, também o cântico de Magnificat, que Maria fez seu na Visitação, é também o cântico que com ela repetimos, todos nós que queremos aprender da humildade e da vida daquela Mãe que invocamos e que também, como todas as gerações, reconhecemos como a bem-aventurada, que no Céu, para sempre intercede e espera por nós...
Que o Senhor a todos abençoe...
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Sinais da Palavra B Tempo Comum 19
Como o Céu nos parece longe… demasiado longe, demasiado indefinido…
Receber o pão que desceu do Céu, o próprio Jesus Cristo, é hoje, por vezes, um pouco difícil de aceitar, como o foi para os judeus… Porque estamos demasiado presos à terra, a esta realidade com que nos vamos confrontando no dia-a-dia, que nos faz, por vezes, sentir cansados e desanimados, aflitos com o calor dos problemas, como o profeta Elias no deserto…
Mas, é o próprio Senhor Jesus que nos lembra no evangelho: «Em verdade, em verdade vos digo: Quem acredita tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. (…) Mas este pão é o que desce do Céu, para que não morra quem dele comer».
Acreditemos, então, nessa imensa alegria de receber e acreditar no Pão da Vida, de poder saborear como o Senhor é bom… De como em cada Eucaristia é o «pão vivo que desceu do Céu» que comungamos, que nos alimenta para depois caminharmos na vida e na nossa missão, como o profeta Elias, depois de alimentado pelo Anjo do Senhor…
E alimentados na Eucaristia, aceitemos o desafio de São Paulo, à comunidade de Éfeso, «sede bondosos e compassivos uns para com os outros e perdoai-vos mutuamente, como Deus também vos perdoou em Cristo»…
Que o Senhor a todos abençoe...
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Sinais da Palavra B Tempo Comum 18
Renascer… Transformar em vida tantas coisas que na nossa vida parecem mortas e fazem morrer esta vida nova e eterna que recebemos do amor de Deus… Ser, como lembrava São Paulo, «homem novo», desta novidade que é vida, que não desaparece…
Abandonar a morte, escolher a vida… Não é uma frase publicitária ou apenas mais uma afirmação bonita… Tem de ser uma verdade em todas as opções que vamos fazendo, na forma como vamos vivendo cada momento, como em nós se vai renovando esta esperança de eternidade a que somos chamados…
Na aventura do viver, acreditar e confiar no amor de Deus que vem alimentar, não com um pão qualquer, mas com «o pão de Deus», «o que desce do Céu para dar a vida ao mundo»…
Mas, por vezes, como o povo de Israel, também nós preferimos a falsa abundância da escravidão, com medo da procura da liberdade… Preferimos os «pães» da riqueza e da abundância deste mundo, ao invés de acreditar e procurar essa «terra prometida» de alegria e abundância, onde não faltará o verdadeiro alimento, Jesus Cristo, que nos diz: «Eu sou o pão da vida: quem vem a Mim nunca mais terá fome, quem acredita em Mim nunca mais terá sede»…
Confiar neste amor sem medida, que não abandona, mas se faz força e alimento em nós mesmos…
Que o Senhor a todos abençoe...
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