«Deus não vê como o homem; o homem olha às aparências, o Senhor vê o coração»...
Como é importante aprendermos a ver, curarmos as cegueiras de quem apenas vê o que parece de quem não procura olhar com os olhos do coração.
E como tanto mudaria, se primeiro mudasse a forma como olhamos, como procuramos ver as coisas e os outros, se o nosso olhar fosse diferente, mais limpo, mais purificado, mais cheio de luz...
É esse o desafio que encontramos nas palavras de São Paulo, que nos dizem: «vivei como filhos da luz», essa mesma luz que em nós brilha desde o dia do nosso Baptismo, aquela chama da fé acesa que não mais se pode apagar.
E foi essa mesma fé que Jesus quis acender no cego de nascença curado, depois de uma caminhada de descoberta que ele mesmo fez sobre Aquele que lhe tinha recuperado a vista, até dizer: «Se Ele não viesse de Deus, nada podia fazer».
Mas, esta caminhada de fé, esta descoberta da verdadeira Luz que permite ao homem ver de verdade, não fica completa sem o encontro pessoal e único com Jesus. Porque Ele nos vem ensinar a abrir os olhos e ver, com esperança e fé. Porque é na Luz, que é Ele mesmo, que conseguimos ver...
E, assim, vendo de verdade, poderemos também nós dizer: «Eu creio, Senhor»...
Com Cristo, caminhemos rumo à Páscoa...
Um desafio que nos deixa a palavra, esta semana: Aprender a ver com olhos de esperança. Purificar a forma como vemos o mundo e como o vamos mostrando aos outros
quarta-feira, 30 de março de 2011
quarta-feira, 23 de março de 2011
Sinais da Palavra A Quaresma 3
Afinal, que sede sentimos nós? O que procuramos com afinco e dedicação no nosso dia-a-dia?
Por vezes, como o povo de Israel, mesmo libertos, continuamos presos ao passado, ao que já vivemos, a falsas seguranças de tempos em que parecíamos ter tudo... E revoltamo-nos com facilidade. E reclamamos com um Deus que nos faz olhar em frente e aceitar o desafio de O seguir pelos caminhos de vida, não de passado. E fechamos o nosso coração, apesar de nele estar «a esperança que não engana», «o amor de Deus... derramado... pelo Espírito Santo que nos foi dado»...
E foi a sede desta água viva, deste saciar em Deus, desta esperança que não engana e faz procurar a eternidade, que Jesus fez descobrir à samaritana, àquela mulher a quem pede «dá-Me de beber», mas a quem dá muito mais, uma fé verdadeira, uma missão de anúncio junto dos seus, a certeza de ter descoberto o Messias.
E à samaritana, como a nós hoje, Jesus lembra que é «em espírito e verdade» que procuramos Deus, que n’Ele saciamos esta sede de plenitude e de vida que existe em nós e que, tal como os samaritanos alertados por aquela mulher, também nós devemos ir ao Seu encontro, ao encontro deste Cristo que sempre caminha ao nosso lado.
E no meio de tantas inquietações e de tantas «necessidades» a que vamos prendendo a nossa vida diária, poder dizer em verdade como Jesus: «o meu Alimento é fazer a vontade d’Aquele que me enviou e realizar a sua obra»...
Com Cristo, caminhemos rumo à Páscoa...
Um desafio que nos deixa a palavra, esta semana: reaprender a conversar, verdadeiramente, em sentido de encontro, primeiro com Deus e depois com os irmãos...
Por vezes, como o povo de Israel, mesmo libertos, continuamos presos ao passado, ao que já vivemos, a falsas seguranças de tempos em que parecíamos ter tudo... E revoltamo-nos com facilidade. E reclamamos com um Deus que nos faz olhar em frente e aceitar o desafio de O seguir pelos caminhos de vida, não de passado. E fechamos o nosso coração, apesar de nele estar «a esperança que não engana», «o amor de Deus... derramado... pelo Espírito Santo que nos foi dado»...
E foi a sede desta água viva, deste saciar em Deus, desta esperança que não engana e faz procurar a eternidade, que Jesus fez descobrir à samaritana, àquela mulher a quem pede «dá-Me de beber», mas a quem dá muito mais, uma fé verdadeira, uma missão de anúncio junto dos seus, a certeza de ter descoberto o Messias.
E à samaritana, como a nós hoje, Jesus lembra que é «em espírito e verdade» que procuramos Deus, que n’Ele saciamos esta sede de plenitude e de vida que existe em nós e que, tal como os samaritanos alertados por aquela mulher, também nós devemos ir ao Seu encontro, ao encontro deste Cristo que sempre caminha ao nosso lado.
E no meio de tantas inquietações e de tantas «necessidades» a que vamos prendendo a nossa vida diária, poder dizer em verdade como Jesus: «o meu Alimento é fazer a vontade d’Aquele que me enviou e realizar a sua obra»...
Com Cristo, caminhemos rumo à Páscoa...
Um desafio que nos deixa a palavra, esta semana: reaprender a conversar, verdadeiramente, em sentido de encontro, primeiro com Deus e depois com os irmãos...
quarta-feira, 16 de março de 2011
Sinais da Palavra A Quaresma 2
Para encontrar a luz, para sentir a presença reconfortante e apaziguadora de Jesus transfigurado, é necessário desinstalar-se, não ficar acomodado, mas partir tantas vezes sem saber para onde, como Abraão, ou estar preparado para subir ao monte, buscando o mais alto em nós, como Pedro, Tiago e João.
E sentir a esperança que nos vem desse rosto cheio de luz, cheio de vida sem fim, que Jesus nos mostra, nos dá a conhecer, até ao ponto de dizermos como Pedro: «Senhor, como é bom estarmos aqui!»...
E procurar cumprir o convite da voz do Pai, do meio da nuvem luminosa, o convite a escutar o Filho muito amado, a fazer da escuta da sua Palavra, força que nos é dada nas caminhadas da vida, alimento, como nos era lembrado na semana passada...
Mas, não podemos ficar no cimo do monte, nem ficar sempre a olhar para o rosto transfigurado de Cristo. Porque é necessário descer para a vida, para o caminho da Cruz, dando força e transfigurando o nosso próprio rosto e o daqueles que connosco caminham. Porque é necessário caminhar, com essa mesma luz e força no coração, mas caminhar pelas missões que nos são dadas na vida...
Ainda que para isso seja necessário, como lembrava São Paulo a Timóteo, sofrer «pelo Evangelho, apoiado na força de Deus». Mas um sofrer que se faz luz, porque Cristo «destruiu a morte e fez brilhar a vida e a imortalidade»...
Com Cristo, caminhemos rumo à Páscoa...
Um desafio que nos deixa a palavra, esta semana: mostrar um rosto transfigurado, mais sereno e confiante ao longo da semana...
E sentir a esperança que nos vem desse rosto cheio de luz, cheio de vida sem fim, que Jesus nos mostra, nos dá a conhecer, até ao ponto de dizermos como Pedro: «Senhor, como é bom estarmos aqui!»...
E procurar cumprir o convite da voz do Pai, do meio da nuvem luminosa, o convite a escutar o Filho muito amado, a fazer da escuta da sua Palavra, força que nos é dada nas caminhadas da vida, alimento, como nos era lembrado na semana passada...
Mas, não podemos ficar no cimo do monte, nem ficar sempre a olhar para o rosto transfigurado de Cristo. Porque é necessário descer para a vida, para o caminho da Cruz, dando força e transfigurando o nosso próprio rosto e o daqueles que connosco caminham. Porque é necessário caminhar, com essa mesma luz e força no coração, mas caminhar pelas missões que nos são dadas na vida...
Ainda que para isso seja necessário, como lembrava São Paulo a Timóteo, sofrer «pelo Evangelho, apoiado na força de Deus». Mas um sofrer que se faz luz, porque Cristo «destruiu a morte e fez brilhar a vida e a imortalidade»...
Com Cristo, caminhemos rumo à Páscoa...
Um desafio que nos deixa a palavra, esta semana: mostrar um rosto transfigurado, mais sereno e confiante ao longo da semana...
sexta-feira, 11 de março de 2011
Sinais da Palavra A Quaresma 1
Como é importante aceitar e viver a vinda do Filho de Deus, que se faz Homem, para que os homens se tornem filhos de Deus...
Por um só Homem, Jesus Cristo, como a ingratidão humana foi vencida, como o pecado foi perdoado, como a criação foi restabelecida na sua amizade com o Criador. Por um só... para todos e por todos. Um que Se oferece e dá a vida, para que todos regressem à vida...
E reconhecer que também hoje, tantas vezes, vence a tentação do pecado e, como Adão e Eva, nos sentimos nus e envergonhados perante as nossas próprias vidas... E «cobrir» esse pecado, não retira essa vergonha, essa sensação de falha e pequenez perante o imenso amor de nos sentirmos criados para tanto mais do que para a desobediência... E a verdade do dizer e sentir: «pecámos, Senhor, tende compaixão de nós».
Mas, para que sintamos que a tentação humana pode ser vencida, também Jesus, no evangelho, nos mostra que a nossa vida é tanto mais do que os «alimentos» deste mundo, nem só os do corpo, é tanto mais do que o estar à espera de «milagres» e espectáculos, em nosso benefício, é tanto mais do que o desejo de poder ou do que os «falsos deuses» que vamos criando e adorando...
Ao vencer as tentações, o Senhor diz-nos que também nós as podemos vencer, pela Palavra e pela força de Deus em nós. Basta acreditar, aceitar essa força e vivê-la...
Com Cristo, caminhemos rumo à Páscoa...
Um desafio que nos deixa a palavra, esta semana: descobrir também, em nós, as tentações que sentimos no dia-a-dia e procurar a forma de as vencer...
Por um só Homem, Jesus Cristo, como a ingratidão humana foi vencida, como o pecado foi perdoado, como a criação foi restabelecida na sua amizade com o Criador. Por um só... para todos e por todos. Um que Se oferece e dá a vida, para que todos regressem à vida...
E reconhecer que também hoje, tantas vezes, vence a tentação do pecado e, como Adão e Eva, nos sentimos nus e envergonhados perante as nossas próprias vidas... E «cobrir» esse pecado, não retira essa vergonha, essa sensação de falha e pequenez perante o imenso amor de nos sentirmos criados para tanto mais do que para a desobediência... E a verdade do dizer e sentir: «pecámos, Senhor, tende compaixão de nós».
Mas, para que sintamos que a tentação humana pode ser vencida, também Jesus, no evangelho, nos mostra que a nossa vida é tanto mais do que os «alimentos» deste mundo, nem só os do corpo, é tanto mais do que o estar à espera de «milagres» e espectáculos, em nosso benefício, é tanto mais do que o desejo de poder ou do que os «falsos deuses» que vamos criando e adorando...
Ao vencer as tentações, o Senhor diz-nos que também nós as podemos vencer, pela Palavra e pela força de Deus em nós. Basta acreditar, aceitar essa força e vivê-la...
Com Cristo, caminhemos rumo à Páscoa...
Um desafio que nos deixa a palavra, esta semana: descobrir também, em nós, as tentações que sentimos no dia-a-dia e procurar a forma de as vencer...
quarta-feira, 2 de março de 2011
Sinais da Palavra A Tempo Comum 9
Não basta conhecer, é preciso praticar...
Não basta dizer: «Senhor, Senhor», reconhecendo em Jesus a Salvação, mas é preciso segui-Lo, viver essa mesma salvação no dia-a-dia, construir a vida sobre alicerces fortes de quem olha e percorre o caminho da eternidade...
Essa mesma certeza nos é lembrada pelo Senhor Jesus no evangelho, na imagem das duas casas construídas, uma sobre a areia e outra sobre a rocha.
Porque o importante aqui é a tranquilidade e a segurança com que vamos fundamentando a nossa caminhada, sobre atitudes firmes e uma forma de viver baseada numa palavra que liberta, mas que fazemos nossa vida concreta.
E porque há um princípio que não se perde, uma linha condutora que não se deixa abater, mas que se faz caminho de bênção, nas palavras do Deuteronómio, podem vir todas as tempestades, todas as crises e incertezas, todas as dificuldades e contrariedades, que a vontade de seguir Jesus, de viver a novidade da Sua Palavra, de com Ele percorrer nesta vida o caminho de eternidade não se perderá, não cairá...
E a nossa vida permanecerá firme, não de uma firmeza oscilante e sempre em mudança deste mundo, ao sabor de ventos e marés, mas da força de uma mensagem, de uma salvação que não perde o seu vigor, porque Cristo é o nosso verdadeiro refúgio...
Que o Senhor a todos abençoe...
Não basta dizer: «Senhor, Senhor», reconhecendo em Jesus a Salvação, mas é preciso segui-Lo, viver essa mesma salvação no dia-a-dia, construir a vida sobre alicerces fortes de quem olha e percorre o caminho da eternidade...
Essa mesma certeza nos é lembrada pelo Senhor Jesus no evangelho, na imagem das duas casas construídas, uma sobre a areia e outra sobre a rocha.
Porque o importante aqui é a tranquilidade e a segurança com que vamos fundamentando a nossa caminhada, sobre atitudes firmes e uma forma de viver baseada numa palavra que liberta, mas que fazemos nossa vida concreta.
E porque há um princípio que não se perde, uma linha condutora que não se deixa abater, mas que se faz caminho de bênção, nas palavras do Deuteronómio, podem vir todas as tempestades, todas as crises e incertezas, todas as dificuldades e contrariedades, que a vontade de seguir Jesus, de viver a novidade da Sua Palavra, de com Ele percorrer nesta vida o caminho de eternidade não se perderá, não cairá...
E a nossa vida permanecerá firme, não de uma firmeza oscilante e sempre em mudança deste mundo, ao sabor de ventos e marés, mas da força de uma mensagem, de uma salvação que não perde o seu vigor, porque Cristo é o nosso verdadeiro refúgio...
Que o Senhor a todos abençoe...
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